quarta-feira, 15 de novembro de 2017

PSP mata mulher por engano durante perseguição policial em Lisboa

O assalto a um multibanco em Almada acabou na segunda circular. IGAI abriu inquérito
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Um assalto a um multibanco em Almada deu origem a uma perseguição policial e a um tiroteio em plena Segunda Circular, em Lisboa, o qual resultou na morte de uma mulher que circulava naquela via e que nada tinha a ver com a situação, confirmou o Diário de Notícias. As autoridades terão confundido a viatura da fuga. A Inspeção-Geral da Administração Interna (IGAI) abriu um inquérito.
Dois homens assaltaram a caixa multibanco situada na Avenida Bento Gonçalves, em Almada, cerca das 4:00 de hoje. As autoridades iniciaram uma perseguição, que atravessou a ponte 25 de Abril, chegou à Rotunda do Relógio, junto ao aeroporto de Lisboa, e prosseguiu na Segunda Circular, onde se registou uma troca de tiros entre os assaltantes e a polícia, descreve o Correio da Manhã.
Segundo disse ao DN fonte policial, durante a fuga, num Seat, os dois suspeitos lançaram pó do extintor para a faixa de rodagem e depois os próprios extintores, impedindo a visibilidade aos perseguidores e conseguindo escapar. Em condições ainda por apurar, a PSP terá depois mandado parar um outro veículo, alegadamente com as mesmas características que a viatura dos assaltantes, mas um Renault Megane. O condutor terá ignorado a ordem de paragem e terá sido neste momento que os agentes dispararam, atingindo mortalmente a mulher.
Fonte do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) disse à Lusa que o óbito foi declarado no local, próximo das bombas de combustível da Encarnação.
O caso passou para a alçada da Polícia Judiciária, informou o Comando Distrital da PSP de Setúbal.
A Inspeção-Geral da Administração Interna (IGAI) instaurou um inquérito e já está no terreno a investigar as condições em que ocorreu este caso, apurou o DN. No seu relatório de 2016 este organismo, dirigido pela desembargadora Margarida Blasco, manifestava "preocupação" com o aumento de mortes em perseguições policiais. No ano passado foram quatro, o número mais elevado dos últimos seis anos.
Lusa / DN

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