terça-feira, 19 de junho de 2018

A falácia sobre a imigração. A crise no SNS. E a tensão na Educação

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Enquanto Dormia
David Dinis, Director
Bom dia! 

Vamos às últimas notícias?

Trump ameaçou a China com (mais) taxas aduaneiras. A Casa Branca respondeu à ameaça de represálias de Pekin com avisos de que duplicará as taxas já anunciadas.
O Pentágono suspendeu os exercícios militares com a Coreia do Sul. Depois da cimeira com Kim, Trump classifica-os de "dispendiosos e provocadores". O líder norte-coreano, entretanto, está a caminho da China (pela terceira vez em poucas semanas).
Pedro Sanchéz só quer convocar eleições em 2020Na sua primeira entrevista como chefe de Governo, o socialista admitiu também transferir os independentistas para uma prisão na Catalunha.
Um bis de Harry Kane salvou a estreia da Inglaterra. A Tunísia resistiu a uma primeira parte caótica, mas claudicou em tempo de compensações.

Os títulos do dia

Na Educação também não está fácil: ontem, mais de 90% das reuniões não se realizaram devido à greve dos professores. Mas com a requisição de serviços mínimos o Governo arrisca-se a perder de vez os docentes.
Ainda na Educação, há este estudo com uma conclusão interessante: os melhores alunos estudam uma hora por dia depois das aulas.
Sobre a concertação social, registe o apelo do ministro ao "diálogo e compromisso", num artigo de opinião que hoje publicamos. Ainda a dúvida que Marcelo parece ter (segundo o Negócios de hoje). E também a opinião dos especialistas: a revisão laboral arrisca resultados modestos no combate à precariedade. Já agora, deixo-lhe este guia sobre o que muda no Código do Trabalho, para saber melhor do que vamos estar a falar.
Entretanto, o crédito às empresas parece estar a voltar, diz o Negócios.
O Governo pondera antecipar o período crítico de incêndios, conta o jornal i.

Ler com atenção

1. A falácia sobre a imigração pôs a Alemanha em suspenso. A disputa entre Angela Merkel e o seu ministro do Interior ficou em suspenso até ao fim do mês, enquanto a chanceler procura acordos bilaterais e um quadro europeu para a política de imigração, conta-nos a Maria João Guimarães, numa actualização de dados sobre a perigosa crise política alemã. A verdade é que o crescendo político contra a imigração se revela cheio de falácias: acontece no momento em que a pressão migratória abrandou muito sobre a Europa (como explica a Rita Siza); e, ao contrário do que disse ontem Trump, com as taxas de criminalidade a bater mínimos de décadas. Sobre tudo isto escreve também o Paulo Rangel, neste artigo sobre a crise política alemã. É bom ler, para ficar com os factos certos. E sobre isto, dizer o quê?
2. No novo Partido Republicano, quem se mete com Trump leva. A derrota do congressista Mark Sanford nas primárias na Carolina do Sul mostra que os eleitores republicanos estão cada vez mais ao lado do Presidente. E penalizam os seus opositores internos, por mais experientes que eles sejam. O Alexandre Martins prepara-nos para uma fase que não vai desaparecer tão cedo.
3. “Fui eu que inventei o design democrático. Ganhei essa luta”. Philippe Starck, um dos mais importantes designers de sempre, vive em Portugal por ser “um país que não se baseia em materialidade ou dinheiro”. Continua a falar como um céptico do design e, numa altura em que desenha para o espaço, prefere “utilizar mal o plástico do que matar animais”. A Joana Amaral Cardoso esteve à conversa com ele em Cascais, onde agora vive. E parece ter-se divertido.
4. Concursos de beleza: e depois do biquíni? Há pelo menos 50 anos que as feministas lutam contra os concursos de beleza. Mas agora, com o movimento #metoo, parecem ter ganho uma parte da batalha: o Miss América vai perder, este ano, a competição de biquíni. A pergunta, agora, parece ser esta: se não é sobre beleza, estes concursos perderam sentido?

Hoje na agenda 

Por cá, Rui Rio vai ao encerramento das jornadas parlamentares do PSD, Jerónimo de Sousa estará numa sessão pública sobre habitação. Já Marcelo, ruma à Rússia para um encontro com Putin, antes de se juntar à selecção no seu segundo jogo do Mundial. Hoje é também dia de exame de Português e de reuniões com os sindicatos sobre serviços mínimos na greve às avaliações.
Lá por fora, Kim Jong Un vai até à China (outra vez), Trump estará a negociar com os republicanos nova legislação sobre imigração. Enquanto Merkel e Macron se encontram (sim, outra vez) para tentar chegar a um acordo sobre imigração (isso mesmo) e também sobre a reforma do euro. Por sua vez, os governadores dos bancos centrais juntam-se em Sintra para avaliar como vão as economias mundiais. 
Despeço-me com um conselho: se gostar e conseguir bilhete, passe pelo Coliseu de Lisboa para ouvir o regresso dos LCD Soundsystem. O concerto é sobre o "American Dream" que nos resta - e o Vítor Belanciano diz que, neste caso, é "triunfal" 
Um dia bom!

Até amanhã!

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