segunda-feira, 2 de julho de 2018

Doente oncológica sem apoios é obrigada a trabalhar com risco de morrer em Portimão

Maria Filomena, uma mulher de 55 anos de Portimão, teve cancro da mama e foi-lhe retirada uma mama e feito uma raspagem ao útero.
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Há cerca de três meses a doente foi operada, e pelo facto de não ter atualizado a morada na Segurança Social, não recebeu a convocatória para uma junta médica, e perdeu o subsídio de doença que só chegou a receber durante 2 meses.
Para voltar a ter direito ao apoio de 320€ mensais, terá de trabalhar pelo menos meio ano e fazer os respetivos descontos.
Maria Filomena disse que atualizou a morada logo no mês seguinte, depois de ser aperceber da falta do subsídio. Por falta de respostas, “enviei duas reclamações, em maio, juntamente com as cinco baixas médicas, notas de alta, e histórico clínico de forma a que fosse remarcada uma segunda junta médica” contou.
Segundo a lei, se o utente falhar a primeira junta médica não terá direito a nova data, de maneira a que o subsídio é cessado e o processo arquivado. Maria Filomena teria que voltar a trabalhar para poder contar com o subsídio de novo, mas não pode, pois o certificados de incapacidade temporária que lhe passaram refere que só pode sair de casa para os tratamentos, e a médica alertou para que corre grandes riscos de vida caso volte a trabalhar. “Já pedi dinheiro emprestado para comer, não consigo pagar a casa, não sei como sobreviverei”, diz Maria Filomena.
A Segurança Social exige ainda a devolução de 180,69 euros, referentes ao período de 21 de março a 4 de abril. Maria Filomena diz que não percebe “como é pedido dinheiro referente a abril”, quando nesse mês nada recebeu.
O CM tentou apurar junto da Segurança Social como foi calculado o valor de 180,69 €, cuja devolução é exigida à utente, tendo em conta que são pedidos quatro dias do mês de abril, altura em que o subsídio já tinha sido suspenso. A entidade alega que os dados são confidenciais.
Utente recebeu apenas 100 € do mês de fevereiro, e 320 € relativos ao mês de março. Após 30 anos de descontos para a Segurança Social, o apoio foi cessado e a entidade patronal já disse que não pode aceitá-la com os riscos descritos nas cinco baixas médicas.
Utente que faz quimioterapia e sofre de problemas de tiroide, tensão e apneia do sono vai ser operada a uma hérnia no estômago durante os próximos meses, uma condição que , segundo os médicos, reforça o impedimento de trabalhar.
Fonte: CM

Ainda existem vagas! Site: www.adasca.pt

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