sexta-feira, 5 de abril de 2019

Barcelos | IPCA apresenta melhores resultados no retorno do investimento público, que multiplica por 5 cada euro investido pelo Estado


No estudo apresentado esta quinta-feira, 4 de abril, sobre "O impacto económico dos institutos superiores politécnicos em Portugal", do Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos (CCISP), que analisa os impactos diretos e indiretos da presença de 12 institutos nas regiões onde se inserem, o Instituto Politécnico do Cávado e do Ave (IPCA) é o que apresenta melhores resultados no retorno do investimento público, que multiplica por 5 cada euro investido pelo Estado.

Foi possível apurar-se o impacto económico gerado pela localização do IPCA na região verificando-se um impacto direto e indireto superior a 30 milhões de euros, o que corresponde a um retorno de mais de 5 euros por cada euro investido pelo Estado no financiamento do IPCA e a um peso de 2,02% no PIB de Barcelos. Este impacto económico está associado à criação de 1020 empregos, que representam 1,77% da população ativa no concelho em que o IPCA se localiza.

Este estudo pretende medir o impacto económico de um conjunto de Institutos Politécnicos, situados em diferentes regiões do país, com contextos socioeconómicos diversos e distinta capacidade de atracão de estudantes. Desta forma, este estudo procura contribuir, ainda que de forma modesta, para melhorar a compreensão sobre o impacto económico das Instituições de Ensino Superior (IES).

A medição do impacto económico aborda a avaliação de como os gastos da própria instituição, dos funcionários docentes, dos funcionários não docentes e dos estudantes afetam a região onde a Instituição está inserida, através de efeitos diretos e indiretos sobre o nível de atividade económica local.

Os gastos dos estudantes, sobretudo em alojamento, representam em média 80% do impacto económico direto dos institutos politécnicos nas regiões onde estão inseridos, de acordo com um estudo hoje divulgado pelo conselho coordenador destas instituições.

Para Maria José Fernandes, Presidente do IPCA, estes resultados "representam o impacto positivo dos politécnicos nas regiões onde se inserem e a forma como dinamizam a economia do local. No caso do IPCA, estes são resultados de que nos podemos orgulhar; o IPCA é a instituição politécnica com maior retorno do investimento público. Este retorno é determinado pelo reduzido financiamento do Orçamento de Estado, comparado com outras Instituições de Ensino Superior; o IPCA tem hoje mais de 4.500 estudantes, recebendo do Estado menos de 1400 euros por estudante (um valor inferior a 50% da média nacional). Apesar do impacto positivo em termos do retorno do investimento público esta situação tornar-se-á insustentável a médio e longo prazo, sendo que também sairá prejudicada a região. O IPCA precisa de mais investimento público para melhor servir os estudantes, as empresas e a sociedade em geral”.

Para além dos benefícios de cariz económico, deve ser reconhecido que existe, simultaneamente, uma ampla gama de impactos não monetários na economia local (por exemplo, melhor saúde, baixas taxas de criminalidade, maior estabilidade familiar e menor dependência de programas de assistência social) que devem ser levados em consideração quando se analisa o impacto do IPCA na região.

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