terça-feira, 12 de junho de 2018

Kim-Trump: o "acordo histórico" deixa tudo em aberto



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Enquanto Dormia
 
David Dinis, Director
 
Bom dia! 
Aqui vão as últimas notícias:

Trump e Kim assinaram um documento “histórico” - mas muito pouco concreto. A cimeira de Singapura trouxe muitas fotografias com sorrisos e apertos de mão. Trouxe também três reuniões entre o Presidente dos EUA e Kim Jong-un de onde saiu "bastante progresso" e uma promessa de "desnuclearização rápida". A equipa do PÚBLICO acompanhou os detalhes ao minuto e já lhe fez uma primeira análise sobre um documento que deixa (quase) tudo em aberto. Já daqui a nada também lhe contaremos em directo a conferência de imprensa, onde os dois líderes devem aparecer juntos.
A América reabriu uma 'embaixada' em Taiwan. Discretamente, apenas com a presença de um embaixador, os EUA inauguraram com promessa de um relacionamento "forte" as novas instalações do Instituto Americano em Taiwan - a embaixada 'de facto' na região que a China não reconhece como nação. A obra custou 250 milhões de dólares.
Os migrantes do Aquarius vão mesmo para ValênciaE com a ajuda de barcos militares italianos. A solução para o impasse é descrita pelo El Pais, que também tem um jornalista a bordo. Triste é como Itália clamou vitória ainda com 629 resgatados em alto-mar, mostrando, se dúvidas houvesse, que é Salvini quem manda.
Bruno de Carvalho admitiu pela 1ª vez convocar eleições, mas fixou as suas condições: é preciso que os seis jogadores que já rescindiram por justa causa escrevam uma carta a prometer ficar no Sporting, mesmo que ele se recandidate e volte a ganhar. A conferência de imprensa de ontem à noite deu isto e mais algumas contas à vida do clube. Hoje, o CM diz que o Benfica está de olho em Gelson e Bruno Fernandes.

Os títulos do dia

Para a OCDE o sucesso faz-se com professores bem avaliados e formados à medida. Portugal está fora
O Ministério da Educação esvaziou os efeitos da greve dos professores: os alunos podem ir a exame mesmo sem avaliação concluída. A Fenprof diz que as medidas são ilegais.
Em Pedrógão, o Estado já recuperou 60% das casas destruídas (quase um ano depois da catástrofe). Entretanto, já são 10 os arguidos do inquérito, com acusações muito diversas.
A nova lei das rendas pode aumentar a prestação das casas, alerta a associação de bancos no DN.

Ler com atenção

1. Como Sánchez percebeu a revolução feminista espanhola. Numa democracia consolidada com dezenas de mulheres assassinadas por homens todos os anos, o novo Governo, com onze mulheres na liderança de 17 ministérios , “é o da vitória do sofrimento e do fim do silêncio”. Um silêncio quebrado nos últimos anos e transformado há apenas três meses em revolta, lembra a Sofia Lorena.
2. “Na Galiza instalou-se uma narcocultura”. É a história do narcotráfico galego a que Nacho Carretero descreve ao longo de 295 páginas em Farinha, um livro que depois de dez edições e 30 mil exemplares vendidos está apreendido em Espanha. O livro que conta como se passou da ostentação à discrição - a uma quase opacidade de costumes. Mas o tráfico de droga continua. Agora, a Justiça aposta na pista do dinheiro para acabar com a lavagem. O Nuno Ribeiro conversou com o autore conta como até Portugal está na rota da investigação.
3. As salas de “chuto” estão a chegar para “abrir a porta da cidadania”. Quem são os utilizadores de drogas de alto risco em Portugal? E na Europa? O que são as salas de consumo assistido? Que localizações estão já escolhidas? Para que servem? Que recursos técnicos serão alocados a cada sala? Que exemplos se seguem? A Cláudia Carvalho Silva aproveitou os dados do último Relatório Europeu sobre Drogas para nos fazer um roteiro interactivo pelas salas de chuto. É um documento didáctico, que vale muito a pena conhecer.
4. Sim, a Expo ’98 nasceu aqui. Antes de ser um exemplo urbanístico, a zona onde se ergueu a Exposição Internacional de Lisboa era uma parcela da cidade escondida na sucata. 20 anos depois da Expo ’98, o repórter Bruno Portela lembra esse lugar inóspito através de um conjunto de fotografias espalhadas pelo Parque das Nações. Pronto para uma viagem de regresso?

Hoje na agenda 

Por cá, é dia de desfile das marchas populares, em Lisboa. Mas antes há alunos a fazer contas à vida, na prova de aferição de matemática do 8º ano. Com António Costa ainda nos EUA, o ministro Pedro Marques vai até Pedrógão, para ver como está a avançar a reconstrução; e a secretária de Estado da Habitação é ouvida no Parlamento por causa das alterações à lei do Alojamento Local. Mas nenhum pode ir de comboio, porque hoje começa a greve de trabalhadores ferroviários.
Lá por fora, o parlamento do Reino Unido lança-se numa sessão de 12 horas em torno da legislação sobre o Brexit, com muitas emendas propostas e sem maioria conservadora que controle o resultado final. Em Estrasburgo, debate-se o acordo nuclear com o Irão, um mês depois da saída dos EUA.
Um dia bom. Dito isto, amanhã é feriado por Lisboa. E nem só do pimba e da sardinha se faz o arraial. Viva o Santo António! (e até quinta-feira)

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