O filme "Epopeia Gandareza", do realizador Vasco Espinhal Otero e com produção de Cabra Cor de Rosa / Cineclub Bairrada, foi o grande vencedor nas categorias de "Melhor Longa-metragem” e “Melhor Banda Sonora” na competição oficial do ”Rohip International Film Festival”.
Este festival de cinema decorreu a 7 de fevereiro passado em Indra Nagar Kallal, província de Tamil Nadu, na Índia, mas só agora a organização divulgou os resultados oficiais.
Recorde-se que esta obra já tinha sido premiada naquele país na competição oficial do “Sittannavasal International Film Festival”, na categoria de "Melhor Longa-metragem Internacional - Best International feature film" em Karaiyur, em janeiro deste ano.
Mais recentemente recebeu também o galardão de “Melhor Longa-metragem Internacional - Best International feature film” na competição oficial do “Indo – Malaysia Film Festival”, festival de cinema realizado em Kualla Lumpur, capital da Malásia, em fevereiro deste ano.
A conceção de “Epopeia Gandareza” foi iniciada em 2016, de forma independente, comportando elementos de vários géneros cinematográficos: filme manifesto, artístico, experimental, musical, ambiental, documental e ficção científica. Contém excertos de poemas do escritor Carlos de Oliveira, tendo sido já traduzida para 11 línguas diferentes. A edição esteve a cargo de Paulo Fajardo, Samuel Filipe e Vanessa Rodrigues.
Nesta epopeia, o espectador é convidado a adotar a visão de um narrador divino ou extraterrestre, vindo dos confins do Cosmos e do início microscópico da vida, que chega ao nosso planeta até chegar à região da Gândara, em Portugal.
No entanto, segundo o realizador Vasco Espinhal Otero, “o filme não se fecha nesta região geográfica, ela é apenas uma referência, um ponto de passagem, uma cultura própria e única, mas entre muitas desta aldeia global. Daí também o adotar do conceito de epopeia, um pouco como Camões fez com “Os Lusíadas”. Os desafios ambientais também são abordados, a ameaça de oblívio da humanidade, mas há também um apontar de soluções na diversidade cultural, partilha emocional e arte científica”.
Ainda segundo o cineasta de Cantanhede, “trata-se no fundo de experiência sensorial e intuitiva, uma viagem guiada ao longo dos vários capítulos, embalada pela música. É este o seu propósito principal. Pausar, sentir, incomodar, deliciar, confrontar, refletir e transpor para um plano de meta-análise. O seu ritmo e tom são estabelecidos pela justaposição intencional de imagens e som, é esta a sua linguagem, provavelmente universal”.
“Epopeia Gandareza” continuará em exibição noutros festivais, salas e cineteatros do país e além-fronteiras. Em junho terá início a digressão com exibição em formato de cine-concerto com a interpretação ao vivo da banda sonora, com o filme, pelo projeto “Cabra Cor de Rosa” composto pelos músicos Sylvain Barreto, João Toscano, Vasco Faim, Gabriel Salvador, Vasco Carvalho, Francisco Saldanha, Carolina Pessoa, Paulo Viegas, José Miguel Pires, Carlos Pilu, Vasco Espinhal Otero, entre outros. Sabe-se já Cantanhede e Anadia acolherão as primeiras atuações, ainda sem datas oficiais confirmadas.
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