quarta-feira, 16 de janeiro de 2019

Brexit: Governo da Madeira preocupado com efeitos ao nível dos emigrantes e do turismo

O presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque, manifestou-se hoje preocupado com os efeitos do Brexit na vida da comunidade madeirense residente no Reino Unido e no turismo na região autónoma.

"Temos de pensar que temos uma grande comunidade no Reino Unido e temos de pensar no fluxo de turismo para a Madeira e para o Algarve, que são os dois principais destinos nacionais do turismo inglês", advertiu.
O chefe do governo madeirense considerou também que o Brexit é um "processo suicidário", sublinhando que a saída do Reino Unido da União Europeia será "catastrófica", sobretudo para o próprio Reino Unido.
"O que se está a discutir neste momento já nem sequer é a saída, mas uma questão de poder. Há disputas de poder entre as diversas forças do Partido Conservador e do Partido Trabalhista", afirmou, no decurso de uma visita a Câmara de Lobos, na zona oeste da Madeira.
O parlamento britânico reprovou na terça-feira de forma expressiva o acordo de saída do Reino Unido da União Europeia negociado pelo Governo da primeira-ministra, Theresa May, com Bruxelas, com 432 votos contra e 202 a favor.
Registou-se, assim, uma desvantagem de 230 votos, sendo que 118 dos votos contra foram de deputados do próprio Partido Conservador da primeira-ministra.
Após ser conhecida a derrota do Governo conservador de Theresa May, o líder do Partido Trabalhista britânico, Jeremy Corbyn, apresentou na câmara baixa do Parlamento uma moção de censura contra o executivo, para ser debatida e votada hoje, e que, a ser aprovada, poderá desencadear a convocação de eleições legislativas antecipadas.
Para ser bem-sucedida, uma moção de censura precisa de pelo menos 320 votos a favor, mas a oposição ocupa apenas 308 lugares dos 650 da Câmara dos Comuns, pelo que terá de conseguir o apoio de outros deputados.
Com o chumbo de terça-feira, a dois meses e meio da data (29 de Março) prevista para a saída, já esperado por políticos, imprensa e analistas, o processo fica com um futuro incerto.
Lusa

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