O relatório estatístico anual da Associação Portuguesa de Apoio à Vítima, referente a 2017, mostra que houve 40.928 atendimentos, onde foi possível identificar 9.176 vítimas e 21.161 crimes e outras formas de violência, como 113 casos de bullying e 25 de cibercrime.
A Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV) registou 16.741 crimes violência doméstica em Portugal só no ano passado, corresponde a 75,7% das ocorrências assinaladas. O relatório estatístico anual da organização referente a 2017, divulgado esta terça-feira, mostra que houve 40.928 atendimentos na APAV, onde foi possível identificar 9.176 vítimas e 21.161 crimes e outras formas de violência.
Entre 2015 e 2017, o número de atendimentos teve um aumento de 19,2%. Segundo a APAV, 20% das pessoas que procuraram apoio junto dos profissionais da organização advieram de recomendações por parte dos órgãos de polícia criminal (PSP, GNR, PJ – 19,8%), seguindo-se de amigos (14,8%) e de publicidade (13,7%).
Entre os casos registados em 2017 estão ainda 113 de bullying e 25 de cibercrime. Na categoria de crimes contra as pessoas, no segmento de vida ou integridade física sobressai a violência doméstica, no da liberdade pessoal destaca-se a ameaça/coação (778 casos registados, o equivalente a 3,7% do total), nos sexuais ressalta o abuso sexual de crianças (175 casos registados, o equivalente a 0,8% do total) e nos de honra foi a difamação/injúrias que assinalou mais vítimas (334 casos registados, o equivalente a 1,6% do total).
Quanto aos crimes contra o Estado, o abuso de poder/autoridade somou o maior número de ocorrências (seis – 0,03%). Já nos crimes contra a vida em sociedade, foi a violação da obrigação de alimentos que se destacou: 44 casos registados (0,2%). No que diz respeito aos crimes contra o património, a maior parte deveu-se ao dano (212 – 1%), sendo que a ofensa à integridade física registou 12 casos (0,1%) e destacou-se no parâmetro de crimes rodoviário.
Perfil geral da vítima consoante os atendimentos na APAV (9.176)
- Sexo feminino (82,5%)
- Idade média (42 anos)
- Casado/a (28,2%) | Solteiro/a (23,1%)
- Família nuclear com filhos/as (33,4%)
- Ensino superior (8,4%) | secundário (5,1%) | 3.º ciclo (4,6%)
- Empregado/a (31,4%) | Desempregado/a (15,8%)
- Relação autor/a crime: Cônjuge (25,2%) | Companheiro/a (13,3%)
- Ex-companheiro/a (9,4%) | Pai/mãe (8,3%) | Filho/a (7,6%)
Fonte: Jornal Económico
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