A Queima das Fitas de Coimbra é só em maio, mas na Associação de Paralisia Cerebral de Coimbra (APCC) já há quem esteja a tratar de tudo para que o cortejo corra pelo melhor. Os utentes do Centro de Atividades Ocupacionais da instituição começaram já a fazer as famosas flores de papel para os carros, repetindo uma iniciativa iniciada em 2003.
Tendo já chegado as primeiras encomendas, na Quinta da Conraria as cores ligadas à Academia já se veem um pouco por todo o lado e o entusiasmo por poder participar nesta enorme tradição da cidade de Coimbra é notório entre os utentes, mas também os colaboradores que apoiam a produção das flores.
Trata-se de uma iniciativa em que todos saem a ganhar: os estudantes conseguem uma preciosa ajuda numa altura do ano em que todos os minutos contam e os utentes da Associação são justamente compensados pelo seu esforço, repartindo entre si os lucros desta atividade, além de realizarem um trabalho com visibilidade pública e alargada. E, todos juntos, ajudam a combater os estigmas que ainda possam existir sobre as pessoas com deficiência.
Esta é, portanto, mais uma forma de a APCC cumprir a sua missão de promover a inclusão social de pessoas em situação de desvantagem – com especial incidência nas que têm deficiência ou incapacidade – mostrando que se tratam de pessoas com capacidade para realizar trabalho social e até economicamente útil.
Até ao dia 20 de abril, a instituição está a receber encomendas, bastando ligar para os números 239 792 120 ou 239 802 820 (através deste último, são ainda prestadas informações sobre preços e esclarecida qualquer dúvida). As flores encomendadas poderão posteriormente ser levantadas na própria Quinta da Conraria ou no Centro de Reabilitação de Paralisia Cerebral (Vale das Flores).
Só no ano passado, os utentes da APCC fizeram mais de 30 mil flores, que ‘desfilaram’ em 25 carros, justificando assim plenamente o mote ‘Tu fazes a festa, nós fazemos as flores!’
Associação de Paralisia Cerebral de Coimbra
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