O Encontro “+ Sucesso Sem Fronteiras: entre mitos e factos - conhecer para desmistificar” juntou cerca de uma centena de pessoas, esta segunda-feira, 8 de abril, no Auditório da Resinagem, na Marinha Grande, para estimular o diálogo e a relação entre culturas e sensibilizar os cidadãos para a necessidade de uma sociedade intercultural, num concelho onde, num passado recente, chegaram cidadãos de mais de 30 nacionalidades.
O evento integrou-se na Semana da Interculturalidade, promovido pelo Município da Marinha Grande e pela Rede Europeia Anti-Pobreza (EAPN) Portugal.
Na ocasião, o presidente da Câmara, Aurélio Ferreira, referiu que, “na Marinha Grande, as migrações têm sido uma parte intrínseca da nossa história e identidade. Desde os primeiros marinhenses que chegaram de outras regiões do país em busca de trabalho, e de uma nova vida, até aos imigrantes chegadas recentemente de outras paragens, algumas muito longínquas, que hoje chamam a nossa cidade de casa, somos uma comunidade moldada pela diversidade e pelo intercâmbio cultural. No entanto, sabemos que as migrações também trazem consigo desafios e questões complexas que merecem ser discutidas e compreendidas”.
A vereadora dos assuntos sociais, Ana Alves Monteiro, lembrou que “estamos a fazer todo um percurso estruturado de integração, nas dimensões escolares e culturais. Estamos a preparar o processo de criação de um CLAIM com a AIM – Agência para a integração, Migração e Asilo. Num ano em que assinalamos os 50 anos de abril, os valores da liberdade no processo de integração de cidadãos migrantes, assume cada vez mais relevância na dignificação da pessoa humana”.
O diretor do Centro Distrital de Leiria do Instituto de Segurança Social, I.P., João Paulo Pedrosa, destacou a importância de “conhecer a realidade das comunidades migrantes e de regular, acolher e integrar”, sendo fundamental “acolhermos bem, termos condições para que as pessoas se organizem com um projeto de vida e fomentar o associativismo imigrante”.
A presidente da Mesa do Conselho Geral do Núcleo Distrital de Leiria da EAPN Portugal, Carolina Cravo, defendeu “o respeito pela diferença, pela partilha e pela inclusão”, numa prática “multicultural e intercultural, para promover sociedades mais inclusivas para que as pessoas se sintam mais respeitadas”.
O encontro pretendeu ser um momento de reflexão e partilha sobre as migrações. Foram partilhadas experiências locais e nacionais de processos que trabalham a inclusão das pessoas migrantes, com o intuito de analisar preocupações e objetivos comuns de um desenvolvimento local, assente em lógicas e práticas de parceria intersetorial, de centralidade da cultura, de valorização e incentivo da interculturalidade, de dinamização da cooperação e dos intercâmbios internacionais.
Ao longo do dia, foram escutados testemunhos de especialistas e de todos aqueles que diariamente trabalham no terreno, contribuindo para uma melhor compreensão das migrações e para o desenvolvimento de políticas mais inclusivas e solidárias.
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