quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

Um grande jesuíta que combateu a Pseudo-reforma protestante de Lutero


Pintura de São Pedro Canísio na Igreja da Santíssima Trindade, da Universidade de Innsbruck
Pintura de São Pedro Canísio na Igreja da Santíssima Trindade, da Universidade  dos Jesuítas em Innsbruck (Alemanha)
Nesses dias em que, a  pretexto do 500º aniversário da Pseudo-reforma protestante, surgem notícias que promovem uma espécie de reabilitação de Lutero, convém muito conhecer a vida de São Pedro Canísio, cuja festividade é celebrada no dia 21 de dezembro.  
Esse grande santo, consultado por Papas, Reis e Bispos, combateu os erros de Lutero que contagiavam o clero e a sociedade da época. Ele reconduziu tantos alemães à verdadeira fé, que mereceu do Papa Leão XIII o título de “segundo apóstolo da Alemanha.”1

SÃO PEDRO CANÍSIO

      Plinio Maria Solimeo (*)
         SÃO PEDRO CANÍSIO
Pedro Canísio nasceu em Nimega, atual Holanda, então parte da Alemanha, no dia 8 de maio de 1521. Seu pai, Jacó Canísio, foi várias vezes prefeito da cidade e incumbido de importantes missões em diversas cortes. Sua mãe faleceu quando ele era ainda pequeno. Naquele mesmo ano Lutero rompia definitivamente com Roma, e Inácio de Loyola, ferido no cerco de Pamplona, renunciava as coisas mundanas.

Um quartel mais tarde, após estudar artes, direito e teologia nas universidades de Colônia e Louvain, era a vez de Pedro Canísio fazer o mesmo…
Na primavera de 1543, ao saber que São Pedro Fabro, primeiro discípulo de Santo Inácio e cofundador da Companhia de Jesus, se encontrava em Mainz, fez com ele os Exercícios Espirituais. Saiu tão transformado que ingressou no Noviciado da Companhia de Jesus, tornando-se o seu primeiro apóstolo na Alemanha. Na semana anterior a Pentecostes de 1546 recebeu a ordenação sacerdotal.

Combate o arcebispo herege de Colônia

Com alguns colaboradores, São Pedro fundou em Colônia a primeira casa dos jesuítas na Alemanha. O arcebispo dessa cidade, Herman de Wied, era partidário das novas ideias e vivia cercado de protestantes. Canísio não só pregou contra ele como obteve do Imperador Carlos V que o herege fosse deposto.
Tendo ido em fevereiro de 1547 ao Concílio de Trento como teólogo de D. Oto von Truchess, Bispo de Augsburg, ali conheceu Laínez, Salmerón e Le Jay, três baluartes da Companhia fundada por Santo Inácio de Loiola. O primeiro teve influência decisiva em sua vida.

Precursor da devoção ao Sagrado Coração
Santo Inácio de Loiola
Santo Inácio de Loiola
No ano seguinte Pedro Canísio foi a Roma, onde conheceu Santo Inácio [pintura ao lado], que viu nele um precioso auxiliar. Por isso, o fundador o conservou alguns meses sob a sua direção, enviando-o depois para lecionar retórica em Messina. No dia 4 de setembro de 1549, Canísio fez em Roma sua profissão solene nas mãos de Santo Inácio.
Num dos dias em que rezava diante do sepulcro dos santos Apóstolos na capital da Cristandade, apareceu-lhe o divino Salvador, mostrando-lhe seu Sagrado Coração. Essa visão marcou-o profundamente por toda a vida. É de se notar que o fato se deu mais de cem anos antes das grandes revelações do Sagrado Coração de Jesus a Santa Margarida Maria Alacoque. O que torna São Pedro Canísio um precursor dessa devoção.

“Restaurador do catolicismo alemão”

Atendendo ao pedido do Papa Paulo III e do Duque Guilherme IV, da Baviera, Inácio enviou Canísio, Cláudio Le Jay e Alfonso Salmerón para a Universidade de Ingolstadt, na Alemanha.
Mas antes, como queria que seus filhos estivessem à altura dos seus oponentes da Pseudo-reforma chefiada pelo heresiarca Lutero, Santo Inácio determinou que, no caminho para a Alemanha, os três apóstolos recebessem em Bolonha o doutorado em Teologia. Desse modo, eles só chegaram a Ingolstadt em novembro desse ano de 1549.
         “Começa então a carreira do restaurador do catolicismo alemão. [...] Um dos pontos-chave de sua obra foi o ensino, já que o maior mal da Alemanha era a ignorância religiosa. A Baviera estava em grave perigo de abandonar a fé católica. Sua Universidade de Ingolstadt era, para os católicos, o que Wittenberg era para os protestantes. Se Ingolstadt caísse nas mãos dos luteranos, a instrução do clero perdia”2 o seu maior baluarte. Donde a importância que representa o trabalho dos jesuítas nessa universidade.
Como não podia deixar de ocorrer, os luteranos haviam movido guerra sem quartel contra a filosofia escolástica, o que provocou o enfraquecimento dos estudos teológicos. Coube a Canísio e a seus companheiros o ônus de fazê-los reviver, não só em Ingolstadt, mas em todas as universidades católicas em que lecionaram.
Sob a direção dos jesuítas, em pouco tempo a Universidade de Ingolstadt alcançou notável florescimento, tornando-se um esteio da Religião católica no decorrer da Contra-Reforma.

Uma verdadeira e salutar reforma religiosa

SÃO PEDRO CANÍSIO
“Esses trinta anos [que se seguiram, ou seja, de 1549 a 1580] marcam o ponto culminante na vida do santo; eles compreendem todo o tempo em que ele passou na Alemanha desde sua chegada a Ingolstadt em novembro de 1549, até sua partida para a Suíça, no fim de 1580. Anos cheios em que Canísio aparece ao mesmo tempo como educador da juventude, pregador e missionário, organizador e sustentador de sua Ordem, conselheiro e diretor de príncipes, campeão do catolicismo nas dietas do Império, núncio de Papas, publicista. Mas, nessa vida tão variada, uma ideia domina e lhe dá alma e unidade: opor à pretendida reforma dos luteranos um movimento de verdadeira e salutar reforma religiosa, para consolidar a fé católica nos territórios que permaneceram fiéis a Roma, e fazer desses países uma muralha contra o protestantismo que ameaçava invadir toda a Alemanha.”3


Os males da época vistos pelo Santo

Desde o fim da Idade Média e o surgimento do Renascimento, a acentuada decadência da fé e dos costumes preparara o terreno, sobretudo na Alemanha, para o surgimento do protestantismo e de outras heresias. As igrejas ficaram vazias, conventos inteiros abandonaram a fé, e o povo entregou-se a todos os desmandos na nova religião. Mesmo na parte da Alemanha em que ainda a fé católica subsistia, ela estava tão débil que agonizava.
São Pedro Canísio, em cartas à Companhia ou aos dois campeões do catolicismo na época, os cardeais Othon von Truchess e Estanislau Osius, descreve com cores vivas o estado de calamidade em que se encontrava a Religião nesses estados. Eis um resumo: “Nas universidades e nas escolas, uma juventude licenciosa e sem gosto pelo estudo; mestres frequentemente impregnados de luteranismo ou deixando livre curso à difusão de livros heréticos; no povo, negligência nas práticas mais vitais do catolicismo, desprezo pela autoridade dos pastores e da Igreja e, como consequência, uma ignorância profunda das tendências anticatólicas, que se traduziam por pedidos imperiosos, como o da comunhão sob duas espécies. No clero, nenhuma disciplina nem respeito pela lei do celibato eclesiástico, e a ignorância atingindo também nele proporções incríveis. [...] Nos soberanos católicos, ameaçados por seus inimigos protestantes e pouco sustentados pela nobreza de seus próprios Estados, muita timidez e indecisão. [...] Mais ou menos a mesma atitude [nota-se] com relação aos príncipes eclesiásticos, desigualmente zelosos, mas sempre perturbados em seus bons desejos pelo elemento heterodoxo de suas dioceses, e a resistência que encontravam em seu clero, sobretudo em seus capítulos.”4
Compreende-se que, neste quadro terrível, a heresia encontrasse campo propício para suas investidas.

Colégios e universidades para combater o protestantismo

Entre os meios para consolidar ou despertar a fé dos católicos, além da pregação da sã doutrina, Canísio colocava em primeiro lugar a formação da juventude. De onde seu empenho na fundação de universidades e colégios católicos — e, sobretudo, de seminários eclesiásticos para a boa formação do clero —, o que foi primordial na luta da Contra-reforma católica nos países em que atuou.
Como é impossível abordar nos limites de um só artigo toda a atividade de São Pedro Canísio, não só na Alemanha, mas em todos os países europeus onde sua benéfica ação preservou o que restava de catolicismo, vejamos apenas alguns fatos. Também — o que aconselhamos vivamente aos leitores — a leitura de sua PROFISSÃO DE FÉ [transcrita no final]
Em 1552, por mandato do Papa Júlio III e ordem de Santo Inácio, São Pedro Canísio partiu para o novo colégio dos jesuítas em Viena. Na capital imperial ele advertiu verbalmente e por escrito Ferdinando I, irmão do Imperador Carlos V e então Rei dos Romanos, que seu filho mais velho, futuro Imperador Maximiliano II, nomeara como pregador da Corte um padre casado — Fauser — que difundia a doutrina luterana. Canísio enfrentou o herege em público e por escrito, obrigando Maximiliano a demiti-lo. Por isso o imperador, que simpatizava com as novas ideias, sempre guardou rancor do santo.

Preservando as partes não atingidas pela heresia protestante

São Pedro Canísio pregando para representantes da sociedade espiritual e temporal
A pedido de Ferdinando I, Canísio abriu um colégio católico em Praga, o qual foi depois transformado em universidade. Também pregou na catedral dessa cidade contra os erros de João Huss, precursor de Lutero, que seduzia muitos. Igual zelo demonstrou na renovação das universidades da Polônia, de Friburgo e de Brisgau.

Em 1549, o bispo e depois cardeal Otto Truchess von Waldburg fundou em Dillingen um seminário para formar sacerdotes. E em 1554 obteve do Papa um decreto elevando tal seminário a universidade, cuja direção confiou em 1564 aos jesuítas dirigidos por São Pedro Canísio. Foi devido ao incansável labor desse prelado e do santo que grandes parcelas da diocese não foram perdidas para a heresia protestante.5

Recebe Santo Estanislau Kostka na Companhia de Jesus

Atendendo ao pedido de São Pedro Canísio, Santo Inácio ordenou que todos os jesuítas rezassem mensalmente uma Missa pela Igreja na Alemanha e no norte da Europa. E em 7 de junho de 1556 nomeou-o Provincial dos Jesuítas da Alemanha Superior, Áustria e Boêmia. Nessa qualidade ele recebeu na Companhia, em 1567, Santo Estanislau Kostka (1550-1568), encaminhando-o depois para a Casa Mãe em Roma, dirigida por São Francisco de Borja.
No Tirol, em 1564, “suas pregações na Corte do arquiduque Ferdinando II tiveram felizes frutos, e contribuíram muito para a santificação das cinco arquiduquesas, irmãs desse príncipe.”6 Uma delas, Madalena, foi declarada Venerável por São Pio X.

Refutação dos teólogos protestantes – Mariologia

Para anular os efeitos perniciosos da propaganda protestante, São Pedro Canísio publicou em 1571, a pedido de São Pio V, os Comentários às alterações da palavra de Deus, que foram as primeiras refutações às Centúrias de Magdeburgo, dos protestantes. Nessa obra o santo demonstrou um profundo domínio da Sagrada Escritura, além de grande conhecimento da literatura protestante. “No segundo tomo, dedicado à Virgem, é o primeiro teólogo que trata a mariologia de uma maneira ampla e sistemática. [...] [sendo esse trabalho] uma apologia clássica de toda a doutrina católica sobre Maria.”7
Em louvor da Mãe de Deus ele fundou várias Congregações Marianas, tanto para estudantes quanto para o povo em geral.

Catecismo ou Súmula da Doutrina Cristã

Catecismo
Entretanto, seu trabalho mais popular e de maior repercussão no país foi o Catecismo ou Súmula da Doutrina Cristã [capa ao lado], dirigido às classes intelectuais, o qual foi seguido de outro catecismo mais breve para o povo; e, finalmente, de um ulterior, para as crianças das escolas médias. Esses catecismos se tornaram de tal maneira populares, que até o século XIX Canísio, na Europa, era sinônimo de catecismo. Afirma-se que, na época, nenhuma outra obra, exceto a Bíblia, teve mais reimpressões e traduções em todas as línguas da Europa. Lendo seu catecismo, São Luís Gonzaga decidiu ingressar na Companhia de Jesus.




Fortalece Friburgo na fé católica

Em 1580 Canísio fundou um colégio jesuíta em Friburgo, na Suíça, que estava ameaçada pelo protestantismo. Sua atuação na cidade e região foi crucial para que o cantão permanecesse no redil católico até os nossos dias. Numa peregrinação que realizou ao santuário da milagrosa imagem da Santíssima Virgem, em Einsiedeln, apareceu-lhe São Nicolau, Padroeiro de Friburgo, suplicando-lhe que não deixasse o cantão.8
Desse modo ele passou os últimos anos de sua vida em Friburgo, devotando-se a instruir os conversos, dar direção espiritual aos membros de sua Companhia, e a escrever e reeditar livros católicos contra a seita protestante. Nesse sentido, ele incitou o governo da cidade a fundar uma tipografia para esse trabalho, concedendo privilégios especiais aos impressores.
Enfim, cheio de méritos, o incansável batalhador entregou sua alma a Deus no dia 21 de dezembro de 1597, sendo beatificado pelo imortal Pio IX em 1864 e canonizado por Pio XI em 1925, que também o declarou Doutor da Igreja.

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Notas:
  1. Para este artigo, baseamo-nos sobretudo no excelente estudo de X. Le Bachelet no Dictionnaire de Théologie Catholique, Letouzey et Ané, Éditeurs, Paris, 1903, tomo II, artigo “Canisius”. Citaremos a coluna em que aparece cada citação.
  2. Quintin Aldea, San Pedro Canisio, Gran Enciclopedia Rialp, Ediciones Rialp, S.A., Madri, 1974, tomo XVIII, p. 171.
  3. Bachelet, 1509.
  4. Bachelet, 1509-1510.
  5. Cfr. Joseph Linz, Augsburg, The Catholic Encyclopedia, CD Rom edition.
  6. Bachelet 1519.
  7. Id. ib., p. 172.
  8. Cfr. Otto Braunsberger, Blessed Peter Canisius,The Catholic Encyclopedia, CD Rom edition.
(*) Fonte: Revista Catolicismo, Nº 792, dezembro/2016.
São Pedro Canísio pregando para representantes da sociedade espiritual e temporal
São Pedro Canísio pregando para representantes da sociedade espiritual e temporal

A profissão de Fé de

São Pedro Canísio

Professo diante de Vós minha fé, Pai e Senhor do Céu e da Terra, Criador e Redentor meu, minha força e minha salvação, que desde os meus mais tenros anos não cessastes de nutrir-me com o pão sagrado da vossa Palavra e de confortar meu coração.
A fim de que eu não vagasse, errando como as ovelhas transviadas que não têm pastor, Vós me congregastes no seio de vossa Igreja; colhido, me educastes; educado, continuastes a me ensinar com a voz daqueles Pastores nos quais Vós quereis ser ouvido e obedecido como em pessoa pelos vossos fiéis.
Confesso em alta voz, para a minha salvação, tudo aquilo que os católicos sempre acreditaram de bom direito em seus corações.
Abomino Lutero, detesto Calvino, amaldiçoo todos os hereges; não quero ter nada em comum com eles, porque não falam nem ouvem retamente, nem possuem a única regra da verdadeira Fé proposta pela Igreja una santa católica apostólica e romana.
Uno-me, em vez disso, na comunhão, abraço a fé, sigo a religião e aprovo a doutrina daqueles que ouvem e seguem a Cristo, não apenas quando ensina nas Escrituras, mas também quando julga pela boca dos Concílios Ecumênicos e define pela boca da Cátedra de Pedro, testemunhando-a com a autoridade dos Padres.
Professo-me também filho daquela Igreja romana que os ímpios blasfemos desprezam, perseguem e abominam como se fosse anticristã; não me afasto de nenhum ponto de sua autoridade, nem me recuso a dar a vida e derramar meu sangue em sua defesa, e creio que os méritos de Cristo podem obter minha salvação e a de outros somente na unidade desta mesma Igreja.
Professo francamente, com São Jerônimo, de ser unido com quem é unido à Cátedra de Pedro, e protesto, com Santo Ambrósio, seguir em todas as coisas aquela Igreja romana que reconheço respeitosamente, com São Cipriano, como raiz e mãe da Igreja universal.
Confesso essa Fé e doutrina que aprendi ainda criança, confirmei na juventude, ensinei como adulto, e que agora, com minha força débil, defendi.
Ao fazer esta profissão, não me move outro motivo senão a glória e a honra de Deus, a consciência da verdade, a autoridade das Sagradas Escrituras, o sentimento e o consenso dos Padres da Igreja, o testemunho de fé que devo dar aos meus irmãos e, finalmente, a salvação eterna que espero no Céu e a felicidade prometida aos verdadeiros fiéis.
Se acontecer de eu vir a ser desprezado, maltratado e perseguido por causa desta minha profissão, considerá-lo-ei uma graça e um favor extraordinários, porque isso significará que Vós, meu Deus, me destes a ocasião de sofrer pela justiça e não quereis que me sejam benevolentes aqueles que, como inimigos declarados da Igreja e da verdade católica, não podem ser vossos amigos.
No entanto, perdoai-os, Senhor, porque, instigados pelo diabo e cegados pelo brilho de uma falsa doutrina, não sabem o que fazem, ou não querem saber.
Concedei-me, contudo, esta graça: de que na vida e na morte eu renda sempre um testemunho autêntico da sinceridade e fidelidade que devo a Vós, à Igreja e à verdade, que não me afaste jamais do vosso santo amor, e que esteja em comunhão com aqueles que Vos temem e guardam os vossos preceitos na Santa Igreja romana, a cujo juízo, com ânimo pronto e respeitoso, eu me submeto e toda a minha obra.
Todos os santos, triunfantes no Céu ou militantes na Terra, que estais indissoluvelmente unidos no vínculo da paz na Igreja Católica, mostrai vossa imensa bondade e rezai por mim.
Vós sois o princípio e o fim de todos os meus bens; a Vós sejam dados, em tudo e por tudo, louvor, honra e glória sempiterna. Amém.
Fonte: ABIM

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(Fonte: Pe. Benigno Hernández Montes, S.J. (1936-1996), San Pedro Canisio, autobiografía y otros escritos, Editorial Sal Terrae, Santander, 2004, 366 páginas. Cfr. páginas 121 e 122. Link: CLIQUE AQUI)
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Nota do Autor: Esta profissão de fé foi impressa por Canísio em vários de seus livros a partir de 1571, ano em que a publicou por primeira vez em sua Summa doctrinae christianae. As principais razões desta pública profissão da fé foram que em 1568 espalhou-se em algumas regiões que Canísio tinha se tornado protestante e que alguns de seus adversários (como Felipe Melanchton, João Marbach e João Gnyphaeus) afirmavam em seus livros que Canísio defendia a doutrina católica malgrado saber que era falsa. Nesta belíssima página Canísio manifesta sua firmeza na fé católica, sua adesão inquebrantável à Igreja de Roma e ao Sumo Pontífice, seu rechaço frontal do protestantismo e a disposição a dar sua vida pela Fé católica. (id. ibid., p. 121).

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