domingo, 24 de junho de 2018

Malta, vai um bacalhau da Noruega?

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Fugas
 
 
  Sandra Silva Costa  
Já se passaram 11 anos, mas tenho ainda na memória umas das férias de Verão mais divertidas de sempre. Era Julho, o calor estava em níveis históricos, mas aqueles dias em Malta foram o máximo. Recordo-me sobretudo dos fins de tarde na praia, quando milhares de malteses, saídos do trabalho, se armavam de fogareiros e peixe para grelhar e montavam o estendal na areia até a noite já ser alta. Festas animadas, bem regadas, com banda sonora estival, que se esticavam até quando as vontades quisessem. E claro que me lembrei disto tudo a propósito da recente visita da Andreia Marques Pereira ao arquipélago. Malta é sempre bom, arrisco dizer, mas este ano tem mais uma razão a justificar a viagem: La Valetta é Capital Europeia da Cultura, animação não lhe falta. E, escreve a Andreia, “ninguém lhe consegue tirar o traje de gala”. “Está nos seus genes, cultiva-se no seu modo de vida. Barroca a fazer-se smart, é a anfitriã perfeita de um país em miniatura, que corporiza uma ideia de mare nostrum — uma encruzilhada cultural, um camaleão do Mediterrâneo.” Siga para Malta e não se fala mais nisso.
E quem diz Malta, diz Noruega, já agora. Eu e o Paulo Pimenta andámos por Ålesund, a capital norueguesa do bacalhau. Acompanhámos uma delegação de seis cozinheiros portugueses, candidatos ao título de Chefe Cozinheiro do Ano, que lá foram cumprir uma etapa especial da competição, e provámos bacalhau norueguês cozinhado por mãos lusas em várias declinações. O menu serve-se aqui, bom apetite.
Seguimos à roda da mesa para irmos conhecer a Oficina, projecto gastronómico de Marco Gomes na artística Rua de Miguel Bombarda, no Porto. O José Augusto Moreira andou por lá e explica que a cozinha de base tradicional que aqui se pratica “acrescenta sabor ao ambiente elegante do Bairro das Artes”. Vamos lá tirar a prova dos nove?
E já que estamos pelo Porto, atravesse-se a Ponte Luiz I e faça-se mira à Sandeman, que tem um centro de visitas renovado. Mas a cereja no topo do bolo é o hostel que acabou de estrear – e que permite experiências como dormir numa pipa de vinho do Porto. A Linda Melo já passou lá uma noite e conta-nos aqui como foi.
Para o fim, a história do protagonista da semana. Chama-se Alexandre Correia e especializou-se a fazer detalhados road books de caminhos que habitualmente ninguém usa. Agora, com uma nova colecção de rotas todo-o-terreno à volta dos grandes rios, quer ajudar a recuperar o prestígio do turismo automóvel. A Carla B. Ribeiro esteve com ele à procura do que está para lá do fim da estrada.
Tudo dito por hoje. Com a sua licença, tiro uma semaninha de férias e, por isso, no próximo sábado, mais ou menos à mesma hora, contará com a companhia da Alexandra Prado Coelho. Nós marcamos encontro no dia 7 de Julho. Até lá, boas viagens!

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