quinta-feira, 11 de outubro de 2018

360º - Jornalista saudita desaparecido falou com o Observador há meses e foi premonitório. RTP perde diretor de Informação por causa do caso Ronaldo

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360º

Por Miguel Pinheiro, Diretor Executivo
Bom dia!
Enquanto dormia...
A RTP está à procura de um novo diretor de Informação por causa do escândalo Ronaldo. Paulo Dentinho tinha posto o seu lugar à disposição depois de ter escrito um post no Facebook sobre o caso e ontem à noite a administração aceitou.

O novo advogado de Ronaldo falou sobre o caso: Peter S. Christiansen diz que os documentos divulgados pelos media são "puras invenções" e que foram “alterados e/ou completamente fabricados”. Segundo a defesa, a relação entre o jogador e Kathryn Mayorga foi “completamente consensual”.

Ronaldo está disponível para falar sobre o caso com a justiça americana, mas apenas por videoconferência, escreve hoje o CM.

Se o caso da alegada violação tivesse acontecido em Portugal, como é que tudo se passaria? Ronaldo iria a tribunal? Que penas estariam em causa? As respostas estão aqui.


Mais informação importante

O Ministério da Educação continua a investigar de onde veio o inquérito sobre orientação sexual entregue a alunos do 5.º ano. E reconhece que a pergunta “Sinto-me atraído por homens, mulheres ou ambos?” é "desadequada".

A pergunta é uma “violação dos direitos da criança” e uma “recolha abusiva de informação”, afirma a especialista em psicologia educacional Isabel Abreu-Lima. E isso só piora pelo facto de ter acontecido numa sala de aula.

O ex-chefe de gabinete do ministro da Defesa admitiu finalmente que recebeu um memorando sobre a recuperação de armas roubadas em Tancos. O assunto não tinha ficado claro na primeira vez que falou sobre o tema. Agora, levou ao Ministério Público o documento que lhe entregaram.

No memorando não existe timbre das Forças Armadas ou da Polícia Judiciária Militar, não há data, carimbo ou assinatura. Mas, segundo a Sábado e o Expresso, está lá explicada a operação de encobrimento. O caso continua muito nebuloso.

O tema dominou o debate quinzenal, ontem no Parlamento. A direita não largou o caso de Tancos e António Costa continuou a segurar o ministro da Defesa (mas com um aparente recuo). O primeiro-ministro quis debater economia, mas só a esquerda lhe tocou — e para exigir medidas no Orçamento.

Do debate ficam dois Fact Checks que vale a pena ler com atenção:
  • 2016 foi o ano em que começou a diminuir a saída de emigrantes, como defendeu António Costa? Errado.
  • Houve mesmo sete alterações à lei laboral no mandato deste Governo, como argumentou Tiago Barbosa Ribeiro em resposta a Assunção Cristas? Errado.

Miguel Barreto, antigo diretor-geral da Energia, foi ouvido no Parlamento e garantiu estar fora da "porta giratória", o movimento de circulação de quadros entre o Governo, as consultoras e as empresas de energia. “O conceito não se aplica a mim”, assegurou Miguel Barreto, que criou uma empresa e a vendeu à EDP.

Para se defender da acusação de que teria dado uma licença grátis e sem prazo da central de Sines à EDP, Miguel Barreto usou um parecer da PGR e argumentou: "Não foi o diretor-geral, foi a lei".

A filha do ditador da Guiné Equatorial (e nosso excelso parceiro na CPLP) tem duas empresas sediadas na Zona Franca da Madeira e já terá tido benefícios fiscais de 1,5 milhões de euros desde 2013. A notícia é do Público.

O novo aeroporto do Montijo pode exigir um radar só para as aves. Os pilotos alertam que as aves podem ter implicações sérias no tráfego e recomendam que se reavalie o projeto, avança a TSF.

No Brasil, a campanha está em alta rotação:

O furacão Michael matou duas pessoas na Flórida, agravando assim o registo de 13 mortes causadas antes pela sua passagem pela América Central. Houve estradas inundadas, negócios destruídos e casas transformadas em destroços. O furacão deixou um rasto de devastação ao longo de 320 quilómetros, como pode ver nestas imagens.


Os nossos Especiais

O jornalista saudita crítico do regime que desapareceu sem deixar rasto falou com o Observador há menos de um ano. A Cátia Bruno conta a história de Jamal Khashoggi e relembra essa conversa, em que ele disse, premonitório: “O príncipe saudita quer pessoas como eu fora do seu caminho”.


A nossa Opinião

José Manuel Fernandes escreve "Esperar que caia de podre. E que não seja tarde de mais": "O caso da ERSE, depois do caso de Tancos, depois do caso do Infarmed, indica que quem governa acha que pode fazer o que entender sem seguir regras ou sofrer consequências. Um dia a paciência esgota-se".

Helena Garrido escreve "A máscara que caiu com Ronaldo": "Vivemos num país profundamente machista mascarado de defensor da igualdade de género. Gastam-se energias a procurar o feminino das palavras enquanto se encontram desculpas para uma violação".

Filomena Martins escreve "Reguladora ou agência de emprego partidário?": "E o pior é que tudo é feito já à descarada, sem qualquer pingo de vergonha. Num dia é a escolha para a ERSE, no dia seguinte é o deputado municipal de Lisboa que rompeu com o Bloco que acaba na EMEL".

Paulo Tunhas escreve "Substituir as mediocridades: Marcelo, Costa, Rio": "Tirando isto, que sobra? No vazio, o ridículo com possibilidades grotescas, como aquele com que o ministro da Defesa, Dr. Azeredo Lopes, resolveu com notável persistência transgredir os limites comuns".


Notícias surpreendentes

Hoje estreia “Assim Nasce Uma Estrela”, com Bradley Cooper e Lady Gaga. O nosso crítico Eurico de Barros acha a história gasta de tão contada e dá-lhe apenas 2 estrelas.

Há mais dois filmes para ver esta semana: “O Caderno Negro” é a continuação de "Os Mistérios de Lisboa", do falecido Raúl Ruiz; “A Aparição” é um "thriller" religioso francês
 
“Quando acabarem de ler isto, pelo menos seis pessoas ter-se-ão suicidado em todo mundo.” Lady Gaga escreveu uma carta emotiva, juntamente com o diretor-geral da Organização Mundial de Saúde, no Dia Internacional da Saúde Mental.

A coleção da Moschino para a H&M chega dia 8 de novembro e é o espelho da extravagância do seu criador, Jeremy Scott. Pode ver as peças aqui.

“Tudo o que se faz hoje nas startups, nós já fazíamos em 1991”. Eduarda Abbondanza, a mulher que construiu a ModaLisboa, dá uma entrevista ao Mauro Gonçalves na véspera de mais uma edição.

Já sabe que foi lançado o Observador Premium, o novo programa de assinaturas do Observador. Pode saber aqui tudo sobre a forma de funcionamento das subscrições.
Até já!
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