sábado, 21 de março de 2020

Postal Ilustrado | Todos dependemos uns dos outros

Todos nós vemos, em toda a parte, a miséria que alastra em todas as nações. Mas não devemos incendiar mais as chagas da triste humanidade sofredora. Respeitemos o homem e aquilo que tem de mais sagrado. Resolva-se o problema social - todos os homens, todos sem excepção precisam de ter o essencial - mas não lancemos mais a humanidade para a fogueira tremenda da guerra biológica.
Sejamos tolerantes, respeitemos o pensamento de todos, mas que desse pensamento não haja maiores entrechoques que se repercutam na vida de milhões e milhões de seres inocentes.
A humanidade tem fome, sede de justiça, e as nossas almas encontram-se desorientadas, debatem-se no desespero,  o nevoeiro denso da confusão mal deixa ainda avistar as luzes salvadoras.
A tragédia do homem dos nossos dias sangra desespero, agonia e tristeza.
Salvemos a humanidade do abismo em que se encontra. Freud afirmou que «o homem civilizado traz sempre dentro de si, como um quisto, os seus instintos de animal».
Vivemos uma imensa tensão psíquica. Mais, a civilização europeia é um amontoado de ruínas e as almas caíram num mar de confusão. A vida desaba, enquanto ficamos a olhar uns para os outros paralisados pelo sentimento do medo. Os espíritos envolvem-se em densas trevas de cepticismo e sofrimento. ainda que tentem disfarçar.
Os partidos políticos, longe contribuírem para a grandeza das nações, semearam  lutas intestinas e ódios entre indivíduos e classes. O homem olha com desconfiança o próprio homem e, na sombra, as nações rangem os dentes embora façam tratados de amizade e de defesa mútua sem qualquer significado. Vivemos numa atmosfera de ar saturado, de intranquilidade, de desconfiança constante.
O homem perdeu Deus e encontrou a dúvida atroz que lhe atormenta a existência. O que é um facto, assistimos à decadência da nossa civilização e o homem não sabe para onde caminha.
Eleva as mãos à cabeça e murmura: estou perdido, o que vai ser de mim?
Pois é, todos dependemos uns dos outros. Neste espaço, o Litoral Centro pretende ser útil a quem se encontra em casa, nesse sentido, divulga o contacto da Telepizza através do qual pode fazer a sua encomenda, sendo posteriormente entregue no domicilio.
Vamos vencer esta guerra que se está a transformar numa neurose.

Joaquim Carlos
Director

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