segunda-feira, 20 de novembro de 2017

360º - Mais avisos à economia portuguesa. A resposta de Ricardo Araújo Pereira a Fernanda Câncio. Morreu Charles Manson, o assassino mais infame

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360º

Por Miguel Pinheiro, Diretor Executivo
Bom dia!
Enquanto dormia
Charles Manson, o assassino mais infame do mundo, morreu na prisão. O ex-líder de uma seita que aterrorizou os Estados Unidos na década de 70 tinha 83 anos e passou 46 na cadeia. Foi responsável por várias mortes, incluindo a da atriz Sharon Tate, então com apenas 26 anos, casada com o realizador Roman Polanski e grávida de oito meses e meio.

CNN está a noticiar esta manhã que Robert Mugabe aceitou sair do poder. Uma fonte garantiu à estação que o ditador e a mulher terão direito a imunidade total (isto deve ter ajudado) e poderão manter os seus bens (isto deve ter ajudadomuito). No discurso que fez ontem ao país, Mugabe limitou-se a dizer que era preciso "voltar à normalidade".

Foi encontrado durante a madrugada o bebé de dois anos que tinha desaparecido em Sintra. Estava numa zona de mato, bem de saúde.


Mais informação importante
“Os mercados podem voltar a evitar os países mais endividados, já em 2018.” Atenção, não sei se perceberam, mas isto é connosco. Além do aviso, o economista-chefe da gestora de ativos britânica Schroders deixa um conselho para Portugal: as poupanças com juros devem ser aproveitadas para reduzir a dívida, não para aumentar a despesa.

Ricardo Araújo Pereira já respondeu a Fernanda Câncio e lembrou que a jornalista “não é conhecida pela perspicácia”. A história começou com uma crónica de RAP sobre o caso do blogger "Miguel Abrantes", renomado e anónimo defensor de José Sócrates. Câncio sentiu que estava a ser criticada e acusou-o de fazer parte de um grupo de “cobardes, sonsos e caluniadores”. Ao Observador, Araújo Pereira diz que "para Fernanda Câncio, tudo é sobre Fernanda Câncio". A resposta completa está aqui.

Nos últimos dias, o Governo andou aos ziguezagues por causa dos professores. Foi uma semana de greves e de reuniões à porta fechada que duraram até de madrugada. E houvesete momentos com mal entendidos e reposições "em abstrato", como explica a Ana Pimentel.

Aliás, as hesitações continuam. Ontem à noite, na SIC, a secretária de Estado da Educação não garantiu que os professores recuperem a totalidade da carreira congelada. Já na RTP, a secretária de Estado do Emprego Público assegurou que o Governo “vai iniciar a discussão” com mais carreiras sobre o mesmo assunto. (Também ontem, Marques Mendes falou em"crise séria de autoridade dentro do Governo".)

Para o Bloco de Esquerda é que não há dúvidas. Catarina Martins disse ontem que o descongelamento das carreiras da Função Pública terá de ser feito até ao final de 2019 (embora, pelo meio, reconheça que esta é, digamos, uma "questão complicada").

Já agora: não são só os trabalhadores que querem dinheiro - os patrões também. As associações patronais admitem que haja um aumento do salário mínimo (que começa a ser discutido esta semana), mas apenas se pagarem menos impostos. A notícia é do DN.

O Ministério da Saúde vai lutar pelo “imposto batata frita” e está disponível para estudar propostas. A taxa sobre produtos com elevado teor de sal vai ser chumbada no Parlamento por PCP, PSD e CDS, mas o ministério não quer desistir. 

No próximo ano, o Estado vai poupar três mil euros por cada doente com VIH/sida. É o resultado da queda do preço dos tratamentos, diz o Público.

Vem aí um “recorde turístico”. Nos feriados e passagem de ano, muitos hotéis no Porto, Lisboa e Açores esperam esgotar, escreve o JN

Manuel Alegre era para ter morrido há 40 anos. Mas não embarcou no voo 425 da TAP, que se despenhou na Madeira a 19 de novembro de 1977, naquele que foi o maior acidente aéreo da história portuguesa. Alegre lembra ao Observador que já estava no aeroporto quando decidiu que não lhe apetecia viajar com mau tempo e voltou para casa.

Angela Merkel falhou mais uma ronda negocial com os liberais e os Verdes para a formação de Governo. Se tudo continuar assim, uma de duas: ou governa sozinha, ou há novas eleições.

O submarino argentino San Juan está desaparecido desde quarta-feira e o tempo não conta a favor dos marinheiros. Sete dias é o prazo para um salvamento. O que é que eles têm de fazer para sobreviver? Poupar água, energia e oxigénio e deitarem-se para produzir o mínimo de dióxido de carbono. Um especialista do Centro de Instrução de Submarinos dá os detalhes.


Os nossos Especiais

São divórcios a prestações: "Contentamo-nos nas relações, com medo que não venha mais ninguém".O psicólogo clínico Eduardo Sá está a lançar um novo livro (Quem nunca morreu de amor) e deu uma entrevista à Ana Cristina Marques sobre como somos preguiçosos nas relações e não sabemos amar.


A nossa Opinião

Alexandre Homem Cristo escreve sobre os professores:"O descongelamento de carreiras dos professores pode vir a ser concretizável. Mas tem um preço: vai adiar reformas, vai sacrificar o desenvolvimento de programas educativos, vai fazer do sistema refém".

João Carlos Espada escreve "Recordando Isaiah Berlin":"Liberdade é liberdade, não é igualdade, ou equidade, ou justiça, ou cultura, ou felicidade humana, ou uma consciência tranquila”.

Helena Matos escreve "É difícil comer cabrito vivo":"Estava a perceber quando terão os trabalhadores do sector privado as suas 35 horas e eis que constato que a Nação se mobiliza contra uma ignomínia: a morte de um cabrito num congresso de cozinheiros".

João Marques de Almeida escreve "António Costa: o eterno número dois": "Costa está a substituir o líder porque não há outro e porque Sócrates não pode liderar o PS. O PS socrático não tem hoje alternativa. Mas eles sabem que o PM não é o verdadeiro líder do seu partido".

Gonçalo Portocarrero de Almada escreve "O sacrossanto panteão de Santa Engrácia": "Se a república é laica, porque se apropriou de uma antiga igreja católica para seu panteão nacional? O laicismo não é capaz de arranjar um espaço próprio, onde sepultar os seus próceres?"


Notícias surpreendentes

A “Origem”, de Dan Brown, é o quinto volume da série protagonizada pelo perito em simbologia Robert Langdon. José Carlos Fernandes já leu o livro e diz que o volume contém postais ilustrados de uma Espanha postiça, futurologia de pacotilha e nem sombras de "thrill".

A história de Malcolm Young confunde-se com a dos AC/DC. Luís Freitas Branco escreve que, sem Malcolm, não há estrada para o inferno.

É mais uma baixa na sequência de acusações de assédio sexual. O ator Jeffrey Tambor anunciou que vai abandonar a série "Transparent", sobre uma transexual, depois das denúncias de duas mulheres.

Os óculos de sol são feitos com desperdícios de madeira recolhidos em fábricas e empresas. Mas já andam nas passerelles e, agora, nas ruas. Têm um grande nome: Cuscuz.

De qualquer forma, desculpem o trocadilho fácil, não são precisos óculos escuros para enfrentar esta nova semana - basta estar sempre atento ao Observador.
Até já!
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