quarta-feira, 4 de maio de 2022

Remodelação da ala de cuidados intensivos CHUSJ

Marta Temido inaugura novas instalações no Hospital de S. João.

A unidade funcional do piso 6 do Serviço de Medicina Intensiva do CHUSJ (SMI CHUSJ) – uma das três unidades do Serviço – completou o processo de renovação estrutural, inaugurando, esta segunda-feira, dia 2 de maio, a totalidade das suas novas instalações com maior capacidade e melhores condições de internamento para os utentes.

A inauguração foi presidida pela Ministra da Saúde, Marta Temido, que afirmou que, já antes da pandemia da Covid-19, estava identificada a necessidade de intervenção em 25 serviços de Medicina Intensiva em todo o país, sendo que, desses, 17 foram intervencionados e “há outros serviços em processo de requalificação”. De acordo com a Ministra, as obras identificadas nesta área rondam os 35 e 40 milhões de euros.

Marta Temido acrescentou ainda, que, além de ventiladores ou de infraestruturas, “é necessário dotar os hospitais de capacidade de recursos humanos”, o que é, sublinhou, “sempre o mais difícil”. “Constatamos com angústia que a parte mais fácil, que é a infraestrutural, está quase feita. A mais difícil são as pessoas que precisam de uma formação muito rigorosa. Há um longo caminho a fazer”, concluiu.

Na ocasião, o Presidente do Conselho de Administração do CHUSJ, Fernando Araújo, destacou que esta obra também melhora as condições do centro de ECMO (Oxigenação por membrana extracorporal), “um centro de referência nacional”, aproveitando a ocasião para dirigir “uma palavra especial” aos profissionais do serviço lembrando que “a obra foi complexa, feita em duas fases e várias etapas de modo a nunca parar o serviço, até porque a empreitada decorreu em momentos de pico, nomeadamente devido à pandemia de Covid-19”.

O aumento do número de quartos de isolamento reverso dá resposta à carência nacional destas estruturas, essenciais para acolher doentes críticos com necessidades especiais, nomeadamente imunodeprimidos e doentes com infeções respiratórias (ex: Covid-19, tuberculose), reduzindo o risco de transmissão e de aquisição de infeções hospitalares e de microrganismos resistentes, emergentes ou difíceis de tratar, aumentando a segurança do doente e de profissionais.

A obra que agora se conclui esteve incluída no programa de capacitação nacional da Medicina Intensiva conforme previsto na lei. Este permitiu a realização de investimentos infraestruturais em serviços de medicina intensiva do SNS, com vista ao reforço da Rede Nacional de Especialidade Hospitalar e de Referenciação em Medicina Intensiva.

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