terça-feira, 2 de maio de 2017

Alitalia: Companhia aérea italiana abre falência

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Decisão foi aprovada com unanimidade pela administração e já era esperada depois da rejeição dos termos da reestruturação pelos trabalhadores da empresa.
A companhia aérea italiana Alitalia iniciou um processo formal de insolvência, depois da decisão ter sido aprovada com unanimidade pela administração da empresa, noticia a Bloomberg. Criada em 1947, a Alitalia tem tido um percurso difícil, repleto de crises financeiras e de dívidas acumuladas. É a segunda vez que a companhia aérea de bandeira abre falência em dez anos.
A decisão já era esperada depois de, na semana passada, grande maioria dos trabalhadores sindicalizados da Alitalia ter recusado os termos do plano de reestruturação proposto pela administração da empresa que estavam associados a um processo de recapitalização de dois mil milhões de euros.
A administração queria reduzir os salários em 30% e despedir cerca de dois mil de um total de cerca de 12 mil trabalhadores. No entanto, as condições foram recusadas, o que fez com que a administração da Alitalia marcasse uma assembleia geral extraordinária.
Além desta questão, a Alitalia ainda não tinha conseguido apresentar qualquer lucro durante o presente século e acumulava dívidas, pressionada pela concorrência das outras companhias de bandeiras e pelas low cost.
Os voos da Alitalia vão continuar a funcionar já que o Governo italiano irá financiar as operações. De acordo com a lei do país, serão nomeados supervisores para lidar com a situação, enquanto os administradores vão apresentar uma nova estratégia de negócio.
Na semana passada, a Etihad, companhia aérea do Abu Dhabi, que detém 49% da Alitalia, tinha referido que estava cansada de tentar opções para manter a companhia aérea solvente. Os restantes acionistas são os bancos italianos Unicredit e Intesa SanPaolo, cada um com 15%, além da própria Alitalia e outros (em representação do Estado italiano).
O ministro das Finanças de Itália, Pier Carlo Padoan, também tinha garantido que o Governo não vai injetar capital na Alitalia.

Fonte: Jornal Económico

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