segunda-feira, 5 de março de 2018

Em Cantanhede | Semana da Proteção Civil encerrou com debate sobre competências das autarquias nesse campo


A Semana da Proteção Civil que a Câmara Municipal de Cantanhede organizou para assinalar o Dia Internacional da Proteção Civil (1 de março) encerrou no dia 3 de março com a realização de um workshop sobre “Competências e Atribuições das Autarquias Locais em Matéria de Proteção Civil”. Perante uma assistência constituída por presidentes de junta e outros autarcas, abriu a sessão a presidente da Câmara Municipal, Helena Teodósio, que esteve acompanhada pelo vice-presidente da autarquia, Pedro Cardoso, e pelo vereador Adérito Machado, este na qualidade de presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários. Na mesa estiveram ainda o Comandante Operacional Municipal, Hugo Oliveira, que fez o enquadramento do painel de debate com uma apresentação sobre o tema do workshop, bem como o segundo-comandante da corporação, Nuno Carvalho, Emanuel Oliveira, que falou sobre a experiência da Unidade Local de Proteção Civil da Freguesia de Covas, do Concelho de Vila Nova de Cerveira.


Na intervenção de abertura, a presidente da Câmara Municipal começou por destacar o facto de a autarquia promover, todos os anos, “a Semana da Proteção Civil, que é o corolário das ações de sensibilização e informação desenvolvidas pelo Serviço Municipal de Proteção Civil, no âmbito de uma parceria com os Bombeiros Voluntários, a GNR e a equipa de sapadores florestais da Freguesia da Tocha”.
Segundo Helena Teodósio, “a prevenção também se faz por esta via, pela preparação das novas gerações sobre como devem proceder para acionar os meios de proteção e socorro adequados e sobre qual deve ser o seu papel nas situações que de algum modo podem afetar a segurança de pessoas e bens”.
Referindo-se ao tema do workshop, a autarca reconheceu “a necessidade de se avançar rapidamente com o reforço das medidas preventivas para evitar que a situação de calamidade vivida em 2017 se volte a repetir”, mas considerou que, face Decreto-Lei n.º 10/2018, de 14 de fevereiro, “não há como não constatar que falta tempo, faltam recursos e faltam empresas vocacionadas para tudo o que há a fazer, pois já se viu que estas são em número insuficiente para dar resposta cabal às operações de limpeza que é necessário realizar de norte a sul do País, em todo o território nacional”.
A líder do executivo camarário cantanhedense garante que o Município de Cantanhede vai fazer tudo o que está ao seu alcance para que a lei seja cumprida, mas sempre em colaboração com os proprietários, nunca contra eles. Estamos a investir o melhor do nosso esforço na consciencialização das pessoas e vamos procurar resolver as situações sem constrangimentos, recorrendo aos mecanismos que a lei prevê só e apenas em situações extremas, situações que estejam para além daquilo que é razoável, quando manifestamente não houver outra solução”, sublinhou.
No âmbito do painel sobre “Competências e Atribuições das Autarquias Locais em Matéria de Proteção Civil”, o Comandante Operacional Municipal, Hugo Oliveira, relevou “a importância e atualidade do tema, considerando que às Freguesias, pela sua implantação na quadrícula do território e maior proximidade aos cidadãos, cabe um papel decisivo no envolvimento e participação, ativa e empenhada, das suas comunidades nas questões da proteção civil. Atendendo ao conhecimento profundo da realidade geográfica e social e das estruturas existentes a nível local, elas são na verdade uma importante mais-valia para a concretização das ações de proteção civil, bem como na minimização ou mitigação dos efeitos das ocorrências”, afirmou aquele responsável.
A sessão prosseguiu depois com uma apresentação da “Unidade Local de Proteção Civil” da Freguesia de Covas, no concelho de Vila Nova de Cerveira, na qual Emanuel Oliveira, especialista internacional, formador e consultor de reconhecido mérito em incêndios florestais, abordou vantagens e algumas dificuldades na implementação daquele tipo de estrutura de base comunitária.
A terminar os participantes assistiram ainda a uma demonstração do novo kit de primeira intervenção destinado a apoiar o combate e rescaldo de incêndios florestais, de modo a garantir uma rápida às ocorrências. Adquirido pela Junta de Freguesia de Murtede, o referido kit tem capacidade para 1000 litros de água e foi idealizado e montado pela Associação Humanitária Bombeiros Voluntários de Cantanhede, estando aberta a possibilidade de instalação em outras Juntas de Freguesia do concelho, dependo das suas necessidades. A este propósito, Helena Teodósio felicitou o presidente da Junta de Freguesia de Murtede, Carlos Fernandes, “pelo investimento que optou por fazer neste dispositivo de prevenção. O nosso desejo é que não seja necessário testá-lo nunca, mas ainda assim creio que é uma experiência que pode e deve ser replicada noutras freguesias”, concluiu.



Apresentação do Mapa de Sessões de Colheitas de Sangue a realizar no ano de 2018 no Posto Fixo da ADASCA em Aveiro



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