De acordo com um estudo norte-americano, há uma “epidemia escondida” na carne de frango há várias décadas. Ao que tudo indica, este tipo de carne tem sido contagiada por suplementos antibióticos que perdem efeito na proteção de bactérias que infetam o organismo.
O estudo revela que a utilização de antibióticos em demasia na produção de carnes que se destinam ao consumo humano retira as propriedades para combater, de forma eficaz, as bactérias que se tornam “resistentes”.
Quem lançou o alerta foi a jornalista norte-americana Maryn McKenna no seu livro intitulado “Plucked! The Truth About Chicken”, que foi publicado há cerca de um ano, sendo que o livro resulta de uma investigação sobre a utilização de antibióticos na indústria agro-alimentar. O estudo diz respeito ao frango que é produzido nos Estados Unidos e no Reino Unido, mas ainda assim o alerta serve para todo o mundo.
No livro, a autora explica que as bactérias se tornam resistentes ao tratamento antibiótico e continuam a multiplicar-se dentro do organismo do ser humano que consome este tipo de carne.
Em algumas partes do livro, publicadas no jornal britânico The Guardian, pode ler-se que em 2017, “quase todos os animais, em muitas partes do globo, são criados com recurso a doses diárias de antibióticos, num total de 63.151 toneladas de antibióticos por ano”.
Portanto, em consequência disso, o preço dos frangos diminuiu drasticamente, tornando-se no tipo de carne mais consumido nos Estados Unidos.
Segundo vários dados investigados pela jornalista, a resistência a antibióticos é responsável por cerca de 700.000 mortes todos os anos em todo o mundo, uma vez que cerca de 25.000 europeus, 23.000 norte-americanos e cerca de 63.000 bebés na Índia morrem, todos os anos, devido a esta mesma “epidemia escondida”.
Além disso, a autora do livro refere ainda na sua publicação que a resistência a antibióticos causa inúmeras doenças, que até 2050 poderão custar à economia mundial cerca de 100 biliões de dólares.
Fonte: ionline
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