quarta-feira, 9 de junho de 2021

Cantanhede | No âmbito do Dia Europeu do Mar e Dia Mundial dos Oceanos

 Eco-Escolas do concelho assinalam efeméride com pinturas de sarjetas e sumidouros

Inserido no Programa Eco-Escolas, o Município de Cantanhede apoiou a EB Cantanhede-Sul, do Agrupamento de Escolas Marquês de Marialva e a EB 2,3 João Garcia Bacelar, do Agrupamento de Escolas Gândara-Mar, na Tocha, particularmente o JI da Sanguinheira e Tocha e EB Gesteira, na iniciativa “O mar começa aqui”.

Na atividade que decorreu ontem, 8 de junho, Dia Mundial dos Oceanos, coube aos alunos da escola EB Cantanhede Sul, a pintura de sarjetas e sumidouros das ruas Prof. Mota Pinto, Rua da Alegria e Rua Padre Américo, de forma a sensibilizar a população para o problema da deposição de lixo na via pública, designadamente em sumidouros e sarjetas. Estes sistemas de retenção impedem, numa primeira instância, que grande parte do lixo depositado nas ruas, vá parar ao mar, poluindo este ecossistema tão importante para o futuro do nosso planeta e cada vez mais ameaçado.

O vice-presidente da Câmara Municipal, Pedro Cardoso, deu os parabéns a estes alunos e destacou a importância desta iniciativa como “uma forma de alertar e sensibilizar a população em geral e a comunidade escolar em particular, para as consequências, quer nos ecossistemas terrestres, quer nos ecossistemas marinhos, da incorreta deposição dos resíduos”.

Mantendo bem presente a necessidade de preservação dos ecossistemas e da biodiversidade em geral e da qualidade da água doce e salgada em particular, o autarca responsável pelo pelouro da Educação, referiu a propósito que “este desafio insere-se no vasto plano de ação das Eco-Escolas e constitui uma forma de educação para uma cidadania ativa incitando os jovens a passar a mensagem de que “Tudo o que cai no chão, vai parar ao mar” a toda a comunidade educativa”, e prosseguiu salientando que são iniciativas como esta que nos motivam, enquanto agentes autárquicos, a fomentar o apoio a ações de sensibilização ao cidadão, alertando-o para uma mudança de paradigmas que vão desde a sustentabilidade das comunidades, à adoção de estratégias que nos permitam atenuar os efeitos das alterações climáticas, em ações básicas do nosso dia-a-dia”, concluiu.

Após a ocorrência de fenómenos de precipitação, o percurso das águas pluviais é inicialmente feito à superfície, através de áreas impermeáveis, como por exemplo, telhados, pátios e valetas de arruamentos, mas rapidamente é conduzida para os coletores instalados subterraneamente, através das sarjetas e sumidouros, onde flui até ser devolvida aos cursos naturais de água, lagos, lagoas, baías ou no mar.

As sarjetas de passeio e sumidouros são por isso importantes dispositivos de entrada de fluxos de água, dado que garantem o acesso das águas pluviais às redes de drenagem, contudo, são frequentemente objeto de deposição de resíduos, quer decorrentes do arrastamento das águas da chuva, quer decorrentes da atividade humana, como óleos alimentares, garrafas, beatas, entre outros.

A ação integra um conjunto de estratégias de cooperação escolas-autarquias, que promove a sustentabilidade no âmbito da educação ambiental, tendo sempre como pano de fundo a preservação dos ecossistemas, a sua biodiversidade e a qualidade da água. Este desafio surge como uma atividade que a própria escola, e particularmente os seus alunos, se propuseram fazer dentro do seu contexto académico e de cidadania ativa, um trabalho que assenta em pilares mundiais dos quais se destacam os objetivos do desenvolvimento sustentável (ODS) e as diretrizes, quer da estratégia nacional de educação ambiental (ENEA), quer da estratégia nacional de educação para a cidadania (ENEC).

De destacar ainda a importante missão das ETAR no tratamento das águas residuais, cuja função será tão ou mais bem-sucedida como a promoção do processo de tratamento e a sensibilização para a adoção de comportamentos e atitudes sustentáveis por parte do cidadão comum, com vista a uma gestão eficiente ao nível quer do saneamento básico, quer dos resíduos sólidos urbanos, em especial da via pública.

O desafio “O mar começa aqui” conta com as sinergias de vários parceiros nacionais, a destacar, a Associação Bandeira Azul da Europa e a Sotinco, que, enquanto parceiro forneceu gratuitamente uma parte das tintas, que o Município de Cantanhede em conjunto com as EB 2,3 João Garcia Bacelar, da Tocha e com a EB de Cantanhede-Sul, utilizou nas ações de pintura de sarjetas e sumidouros nos dias 20 de Maio, Dia Europeu do Mar, no largo da feira da Tocha e no dia 8 de junho, Dia Mundial dos Oceanos, em Cantanhede, nas ruas Prof. Mota Pinto, Rua da Alegria e Rua Padre Américo.

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