Graxistas, lacaios, bajuladores, capachos, os sabujos sempre existiram e estão por toda a parte. Mas como é que os podemos distinguir entre si, no meio político, no trabalho ou nas escolas? O que pensam? Como agem? Em O Elogio da Sabujice, o cronista e animador de rádio Rui Teixeira da Mota apresenta-nos um retrato satírico e despretensioso das sanguessugas que proliferam na nossa sociedade, em busca de um lugar ao sol. O Elogio da Sabujice chega à rede livreira nacional no próximo dia 27 de Setembro, numa edição Guerra e Paz prefaciada pelo professor João Paulo Feijoo.
Ciente da importância dessa nobre actividade no nosso quotidiano, Rui Teixeira da Mota, cronista e animador de rádio, constatou que a sabujice ainda não tinha merecido o tratamento que lhe seria devido. É então que nasce O Elogio da Sabujice, um guia inédito que nos ajuda a analisar várias manifestações e contextos deste modo de agir.
Quem é que nunca se cruzou com um faz‑tudo? Esse mesmo, o indivíduo que, na presença das chefias, está sempre disponível, porém, quando é necessário ajudar um colega, está sempre «demasiado ocupado». Ou com um «Zé das Dúvidas»? Colega da escola que, em todas as aulas, apresenta, pelo menos, três dúvidas para demonstrar ao professor a sua atenção e diligência? E com um «tretas», que finge que faz, mas não faz? No livro, estas e outras subcategorias de sabujos, entre as quais constam ainda «os pavões», «os papagaios», «os assoberbados», «os pródigos», «os sofisticados» ou «os acomodados servis», entre outros, são elencadas de forma abrangente e inclusiva.
Ninguém escapa, neste livro, à voz satírica de Teixeira da Mota que confessa: «Até me assustei!» «Quando, para a elaboração deste ensaio, […] pesquisei as palavras sinónimas do vocábulo “sabujo”.» A lista é vasta e vai dos comuns «lambe-botas» e «graxista» até ao menos comum «manteigueiro», passando pelos pouco ortodoxos «lambe-cus» e «chupa-pilas».
No entanto, este não é apenas um manual da sabujice. Na opinião do professor João Paulo Feijoo, que assina o prefácio do livro, «esta obra vai muito além de uma simples intenção prescritiva ou operativa. Com efeito, o autor brinda-nos com uma análise crítica profunda e exaustiva, profusamente documentada, do fenómeno em apreço, apelando a um vasto conhecimento que vai da História à Filosofia, da Literatura à Psicologia e da Ciência política ao Comportamento organizacional.»
E porque onde há um bajulador, há sempre um bajulado, o autor leva-nos a reflectir sobre as condições de sucesso e potenciais consequências – positivas ou não – para engraxadores e engraxados. Há ainda espaço para um inventário histórico da sabujice, desde a Antiguidade, passando pela Idade Média até ao nosso tempo, e para uma análise aprofundada das especificidades da bajulação no meio político.
Uma edição Guerra e Paz, disponível na rede livreira nacional a partir do próximo dia 27 de Setembro, O Elogio da Sabujice poderá ainda ser adquirido através do site da editora
O Elogio da Sabujice
Rui Teixeira da Mota
Não-Ficção / Sociologia
160 páginas · 15x23 · 15 €
Nas livrarias a 27 de Setembro
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