terça-feira, 4 de outubro de 2016

Sporting diz que há patrões a pressionar os árbitros no trabalho

É mais uma acha para a fogueira da arbitragem nacional. O Departamento de Comunicação do Sporting denunciou, via Facebook, que os árbitros têm sofrido pressão das entidades patronais e têm sido ameaçados com despedimentos.Resultado de imagem para Sporting diz que há patrões a pressionar os árbitros no trabalho
Porém, a Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol (APAF) nega ter conhecimento de qualquer caso e fontes contactadas pelo JN desmentiram a versão dos leões.
"Temos recebido relatos de que elementos ligados à arbitragem começam a ser "ameaçados" de poder perder os seus trabalhos fora do futebol se "as coisas não voltarem ao que eram". Estas "pressões" estarão a ser feitas pelos próprios patrões e/ou superiores hierárquicos", escreveu, ontem, o clube naquela rede social.
Contactado pelo JN, o presidente da APAF, Luciano Gonçalves, esclareceu que o organismo "não tem conhecimento de qualquer tipo de ameaça ou pressão". "Nada poderá tirar a tranquilidade. Este assunto não mexe em nada com os árbitros", disse ao JN, acrescentando, porém, que estará vigilante: "Se tivermos conhecimento, iremos tomar medidas para defender os árbitros, recorrendo aos meios legais à nossa disposição".
Luciano Gonçalves deixou ainda um apelo: "Que todos os agentes desportivos possam elevar o futebol português à condição de excelência. Queremos que os árbitros possam ter condições para melhorar". Já o Conselho de Arbitragem da FPF não comentou o caso.
O JN contactou várias fontes do setor da arbitragem e só obteve desmentidos à revelação do Sporting. O pior cenário possível prende-se com a conjugação de horários entre a vida profissional e a carreira de árbitro. Devido aos jogos internacionais e aos três dias de treino semanais, alguns juízes têm trabalhado pouco fora dos relvados, um a dois dias por semana. Uma situação que pode originar desconforto nas entidades patronais.
JN

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