segunda-feira, 28 de novembro de 2016

360º - 360º - Caixa já vai em sete demissões: o curtíssimo mandato que foi uma longuíssima novela


360º

Por Miguel Pinheiro, Diretor Executivo
Bom dia!
Enquanto dormia...
... aconteceu o que tinha que acontecer: António Domingues demitiu-se da Caixa Geral de Depósitos. Segundo Marques Mendes (que começou o caso há várias semanas e agora o ajudou a matar), Domingues sentiu-se "ofendido" depois da Santa Aliança entre PSD, CDS e BE no final da semana passada para obrigar a administração do banco a apresentar a declaração de rendimentos - o presidente da Caixa ter-se-à sentido indignado com o facto de a norma aprovada no Parlamento ser uma "lei ad hominem" (o que é curioso, tendo em conta que tudo isto começou, precisamente, com uma lei ad hominem a favor de Domingues).


Já hoje de manhã, soube-se que, além de António Domingues, há mais seis renúncias. Saem três administradores executivos: Emídio José Bebiano e Moura da Costa Pinheiro, Henrique Cabral de Noronha e Menezes, Paulo Jorge Gonçalves Pereira Rodrigues da Silva. E saem três não executivos: Pedro Norton, Angel Corcóstegui Guraya e Herbert Walter.



A esquerda, que estava a sentir-se encostada a um canto por toda a polémica, deitou mais foguetes do que uma noite de festa na aldeia: o BE disse que a demissão "peca por tardia" e o PCP criticou as "opções erradas" do Governo. CDS e PSD deverão falar hoje, sendo que os social-democratas vão pedir já explicações a António Costa, ao Banco de Portugal e à CMVM.



A nomeação de António Domingues pode definir-se assim: foi um curtíssimo mandato e uma longuíssima novela. O Edgar Caetano escreve sobre estes 15 minutos de fama; e a Rita Dinis sobre as suas seis maiores polémicas.



No Observador, Paulo Trigo Pereira, deputado independente eleito pelo PS, toca num nervo sensível no artigo de opinião "Terrorismo político e ingenuidade (?)": "Não estou surpreendido com a demissão de António Domingues. Fiquei sim surpreendido e preocupado com a votação do Bloco de Esquerda. A única dúvida é se foi ingenuidade ou se é mesmo táctica política".



François Fillon será o candidato do centro-direita nas eleições presidenciais. A vitória nas primárias de ontem foi clara: 66,5% contra os 33,5% de Alain Juppé. Sobre a presidência de Hollande, Fillon foi definitivo: “Estes cinco anos que agora terminam foram patéticos". Conservador em temas sociais, liberal na economia e pró-Putin na política externa, é ele quem tem agora que derrotar Marine Le Pen. Uma sondagem divulgada ontem diz que ele ficaria à frente na primeira volta (26%-24%) e na segunda (67%-33%).



O Benfica recuperou da Liga dos Campeões com um 3-0 sobre o Moreirense. Na crónica do jogo, o Rui Miguel Tovar escreve sobre o homem que marcou dois golos, Luís Miguel Afonso Fernandes, que talvez conheçam por Pizzi. 



Informação relevante
Os reis de Espanha chegam hoje a Portugal. Depois de terem desmarcado várias visitas de Estado por causa da crise política em Espanha, Felipe VI e Letizia aterram esta segunda-feira no Porto. Há ruas na cidade que vão estar cortadas ou com trânsito condicionado.



As cerimónias fúnebres de Fidel começam hoje cedo com o disparo de 21 salvas e só terminam no domingo, quando o corpo é enterrado. Ainda não se sabe quem representará Portugal, mas, segundo o Correio da Manhã, não será Marcelo.



Caso tenha passado o fim de semana ocupado, estes são os textos do Observador que deve mesmo ler sobre a morte de Fidel:


E há ainda três bons artigos de opinião para ler sobre Fidel:



"Terramotourism" é o nome de um documentário sobre aquilo que os autores consideram ser o excesso de turismo em Lisboa. Foi lançado pelo grupo Left Hand Rotation, que prefere manter o anonimato dos seus membros com o argumento de que quer dar destaque ao colectivo. O João Pedro Pincha falou com eles sobre as suas críticas.



Também sobre Lisboa, uma chamada de atenção para a entrevista que Fernando Medina dá hoje ao Público. O presidente da Câmara garante que as obras na cidade começam a ficar prontas em janeiro.



Hillary Clinton venceu o voto popular nas eleições? Isso era o que nós pensávamos. Trump usou ontem o seu meio oficial de comunicação com o mundo - o Twitter - para explicar que as coisas se passaram de forma um pouco diferente: “Além de uma vitória esmagadora no colégio eleitoral, ganhei o voto popular caso se anulem as milhões de pessoas que votaram ilegalmente”. Quais são as provas de Trump para esta acusação de uma fraude em larga escala? Parece que nenhuma.



Entretanto, uma assessora do Presidente eleito revelou que Trump e Obama têm falado bastante. Só este fim de semana, foram 45 minutos a conversar sobre Cuba.



José Mourinho continua com problemas. Ontem , somaram-se três: o Manchester United empatou com o West Ham, Drogba recebeu um cartão amarelo e Mourinho foi expulso.



Ainda no desporto: Nico Rosberg tornou-se ontem campeão mundial de Fórmula 1. O Rui Miguel Tovar dá-lhe todos os detalhes aqui.




Os nossos Especiais

Há mais um livro de Elena Ferrante no dia 29 de novembro. Escombros, que reúne várias memórias pessoais da escritora, foi editado em 2003 mas só agora tem uma tradução portuguesa. O Observador faz a pré-publicação de um dos capítulos aqui.


Foi o dia em que o golfe (com estilo) chegou ao Algarve. Há 50 anos abriu o Penina, o primeiro campo relvado com hotel no Algarve, e tudo mudou. A história é contada pela Catarina Moura.




Notícias surpreendentes


Foi um dos textos mais lidos no Observador durante o fim de semana. A brasileira Ruth Manus deu o título "Coisas que o mundo inteiro deveria aprender com Portugal" à sua crónica habitual e depois explicou: "Portugal é um país muito mais equilibrado do que a média e é muito maior do que parece. Acho que o mundo seria melhor se fosse um pouquinho mais parecido com Portugal". Leia e perceba porquê.



O fim de semana esteve cheio de música em Lisboa, com o Vodafone Mexefest, e o Observador ouviu tudo. Leia aqui o melhor do primeiro dia e aqui o melhor do segundo.



O mundo pode ser um lugar estranho, não há dúvidas sobre isso. E a Marta Leite Ferreira reuniu vinte factos que o provam. Ora veja aqui.



Mas o mundo também pode ser um lugar divertido. A Time Out de Londres elegeu as cidades do mundo onde se está melhor e nós mostramos a lista. Vá lá ver tudo, mas de certeza que quer saber isto já: Lisboa ficou em 3.º lugar.



E pronto: já tem toda a informação de que precisa para começar mais uma semana (ânimo: há um feriado). Aqui no Observador, como sempre, vamos ter todas as notícias, contadas e explicadas.
Até já!
Mais pessoas vão gostar da 360º. Partilhe:
no Facebook no Twitter por e-mail
Leia as últimas
em observador.pt
Observador
©2016 Observador On Time, S.A.
Rua Luz Soriano, n. 67, Lisboa


Comentário: estão reunidas as condições consideradas necessárias para que a PJ e as Finanças investiguem a origem do património que os sujeitos não quiseram declarar no Tribunal Constitucional.

Já me dia o meu avo que, quem não deve não teme. Estes cidadãos entendem que sõ seres celestiais, estão acima das leis, só assim se compreende como foi possível conduzirem o País à situação que se encontra.

J. Carlos

Nenhum comentário:

Postar um comentário