sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

Na banca: Marcelo contra PSD; CGD a meio gás (& o Ípsilon de hoje)

Enquanto dormia
 
David Dinis, Director do Público

Bom dia!
O Facebook anunciou que vai sinalizar notícias falsas. A rede social aliou-se a uma rede de fact-checking para sinalizar peças de propaganda e fechar a torneira à indústria dos boatos.
Não é notícia falsa, mas era bom que fosse: Pelo menos 368 ginastas queixam-se de abuso sexual nos EUA. Uma investigação jornalística analisou centenas de arquivos policiais e casos judiciais referentes aos últimos 20 anos e chegou a esta triste conclusão.
E mais uma: de Alepo sai "gente exausta e em mau estado" - enquanto Assad diz que se "fez história". A Clara Barata fez-nos a síntese das últimas horas da maior tragédia humana dos últimos tempos. E aqui tem o território sírio ainda na mão dos rebeldes.
Pelo caminho, a Europa prolongou as sanções à RússiaPor seis meses.
No futebol, o Porto venceu o Marítimo com a inspiração de Brahimi (e um susto no final). Enquanto o Braga já escolheu o sucessor de Peseiro (que ainda não estará no banco no jogo de domingo contra o Sporting). 

As notícias do dia (são da banca)

Marcelo contra o PSD. Lembra-se que ontem que falei aqui da entrevista de Maria Luís Albuquerque ao Negócios? Pois bem, quase adivinho que o Presidente da República também a leu. E ontem, numa entrevista à TSF, respondeu ponto a ponto aos argumentos da vice-presidente do PSD, para concluir que o Governo tem ido bem na banca (e a ex-ministra não tem razão). Anote isto antes de ler: Marcelo nunca se refere a Maria Luís. Mas não há dúvida que pelo menos em três pontos a resposta é directa. Ora leia. (Ah! E se quiser saber as notas que o Presidente deu ao Governo, perdão, ao país, é ver aqui).
Na CGD, Paulo Macedo arrisca-se a começar a meio gás. É a nossa manchete desta manhã. O Governo optou, desta por vez, por testar os nomes dos novos administradores da Caixa em Frankfurt, para evitar os erros da Primavera passada. Mas ainda nem todos foram indicados - sendo que nenhum foi formalmente enviado para o BCE. Resultado? É possível que a nova administração entre em funções a 1 de Janeiro incompleta.
Já que falamos da banca, anote ainda a manchete do Negóciosa venda do Novo Banco pode voltar a derrapar para Janeiro. É que o China Minsheng, um dos candidatos mais bem posicionados, precisa de mais tempo para conseguir as garantias financeiras. O Jornal Económico acrescenta um ponto: o Haitong Bank era o financiador e saiu do processo. Mas ainda pode voltar.

Outras notícias a reter

Passos Coelho chamou "pirómano" a Costa. Num jantar de Natal, disse estar à espera da visita, não do diabo, mas dos três Reis Magos. Assim mesmo
Noutro jantar do PSD, Passos foi desafiado a candidatar-se à Câmara de Lisboa. O jornal i conta como foi o desafio e quem estava a ouvir (e eram muitos). E já esta manhã, na TSF, o vice-presidente da concelhia já assumiu que vai tentar falar com Passos "hoje mesmo". Num par de minutos, terá a notícia aqui.
Um assunto de que vamos ouvir Passos falar: a taxa de pobreza em 2015 recuou para 19% da população. Diminui nas crianças, aumentou nos idosos. As possíveis explicações, para o melhor e o pior, estão aqui
Um assunto de que nós vamos ouvir falar: o presidente da PT assume o interesse na compra de uma televisão. Embora negue que já existam contactos com a Media Capital para ficar com a TVI. Paulo Neves, em entrevista ao PÚBLICO. 
Um caso (quase) novo: a escritora Inês Pedrosa foi acusada de abuso de poder quando dirigia a Casa Fernando Pessoa. Digo "quase nova" porque a acusação nasce de uma notícia do José António Cerejo, aqui mesmo, quase há três anos.
Boas leituras
O Ípsilon de hoje entra com o pé direito em 2017. A capa antecipa-nos o novo álbum dos The xx, com um piscar de olho aos Velvet Undergroud. Aqui está a entrevista a Romy Madley-Croft: “No novo disco resolvemos abrir as janelas e deixar entrar luz”.
"Em 2074, as empresas controlam de perto a vida dos cidadãos". Não se assuste: o título desta notícia antecipa-nos a chegada de uma série nova, que hoje estreia, e promete desafiar-nos.  
Com os pés ainda assentes em 2016, há perguntas que valem bons textos: no Brasil, que futuro terá o Governo Temer?E na Grécia, onde falhou Tsipras? 
Hoje acontece
  • O líder do PSD fala numa conferência sobre o pós-Trump (e pós-Brexit), promovida pelo eurodeputado Paulo Rangel (no Porto). E talvez responda ao desafio público de que lhe falei acima.
  • O Parlamento discute o salário mínimo para 2017, chumbando a proposta do PCP para que chegasse já aos 600 euros.
  • Continua a ser ouvido o ex-presidente do INEM, Cunha Ribeiro - que ontem esteve cinco horas a responder à juíza. 

Só mais um minuto

Lembra-se do veterinário que causou polémica com uma fotografia de leão que caçou num safari? Acredite ou não, o homem morreu a caçar pássaros. O Miguel Esteves Cardoso até ficou com vergonha do que ele próprio pensou ao ler a notícia, não foi Miguel?
O que não oferece polémica, ou sequer alguma dúvida, é este novo prémio para um português: parabéns Joelo melhor fotógrafo de viagens do ano.
E agora, peço-lhe silêncio: é que Scorsese quer mostrar-nos o filme da sua vidaPalavra ao nosso Jorge Mourinha.
Por hoje termino assim, com estas sugestões de leitura. Como é sexta-feira, despeço-me com as minhas Notas da semana e com desejos de um excelente fim-de-semana, na companhia dos seus. Na segunda aqui estarei de volta à sua companhia (mas até lá, vá-nos fazendo também umas visitas).
Dia bom!
Até já!

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