quinta-feira, 20 de abril de 2017

Estarreja: Pai em greve de fome contra adoção da filha de 8 anos

NB: importa esclarecer este assunto ao máximo, porque ficamos com o sentimento de que se usa e abusa com os direitos das crianças, sabe-se-lá com que interesses.
Confesso que, tenho alguma dificuldade em compreender qual é o superior interesse da criança, como se define, como se forma uma decisão ao ponto mais grave: retirar a criança aos seus progenitores.
Aos leitores do Litoral Centro peço, caso tenham mais informações adicionais sobre este caso, incluindo imagens, podem enviar para editorlitoralcentro@gmail.com para as tornarmos públicas.
A noticia foi ontem lida por mais de 15000 mil leitores. Os comentários estão todos disponíveis. Estamos perante um caso de interesse público e não deve passar para prateleira do esquecimento à semelhança de outros.
O que não é connosco hoje, pode bater-nos à porta amanhã.

J. Carlos
Director



Paulo Fernandes, um empresário estabelecido em Felgueiras, iniciou esta manhã uma greve "de fome e sede", junto ao tribunal de Estarreja, em protesto pela decisão da secção de Família e Menores daquele tribunal de mandar para adoção a filha de 8 anos.
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Segundo Aníbal Pinto, o advogado que o empresário procurou há dias para "tentar reverter a situação", "já não há nada a fazer porque o processo já transitou em julgado e a menina estará em avançado processo de adoção".
Paulo Fernandes não aceita e diz-se disposto a morrer: "a minha menina saberá um dia que o pai cumpriu o seu dever e deu a vida por ela à porta do tribunal que a arrancou à família".
O processo teve início em 2010, altura em que a menina tinha dois anos e vivia com os pais em Ovar. Em maio desse ano, Paulo Fernandes, agora com 42 anos, foi preso. Apanhado várias vezes a conduzir sem carta, acabaria condenado a 3 anos de cadeia efetiva. Psicologicamente frágil, a mulher fez uma tentativa de suicídio em setembro, o que levou a Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ) de Ovar a retirar a menina de dois anos que colocou em instituição de acolhimento. A mulher de Fernando, entretanto internada e tratada em psiquiatria, saiu do hospital e quis recuperar a menina, o que não logrou. Ameaçou matar-se se não lhe dessem a filha de volta, mas o tribunal manteve-se irredutível. A mulher acabaria por suicidar-se meses antes do marido sair da cadeia, em 2013.
Daí para cá, Paulo Fernandes diz ter feito tudo para recuperar a filha que foi mandada para adoção em julho de 2015. Findos e perdidos os recurso, o pai não se conforma e diz que prefere morrer a viver sem a menina.
Fonte: JN
Foto: Tony Dias/Global Imagens

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