quinta-feira, 21 de setembro de 2017

UM AZAR DO KRALJ Rafa é uma espécie de Yupido e Rúben Dias uma lasca de presunto Izidoro, numa casa que já esteve habituada a 5 Jotas (por Um Azar do Kralj)

Vasco Mendonça e Nuno Dias questionam-se se o Benfica tem vivido acima das possibilidades, habituados que estavam a centrais tão bons quanto os melhores presuntos ibéricos. Por outro lado, congratulam-se com o regresso de Júlio César à baliza do Benfica, alguém capaz de garantir os empates que a equipa precisa para recuperar a confiança e lutar pela Liga Europa

JÚLIO CÉSAR

Finalmente voltámos a ter na baliza alguém capaz de garantir os empates de que a equipa precisa para recuperar a confiança e lutar pela Liga Europa.

ANDRÉ ALMEIDA

Às tantas Carlos Manuel dizia na Sport TV que talvez Salvio fosse uma alternativa a André Almeida na posição de lateral direito. Nenhuma outra posição neste plantel é tão sintomática da atitude do Benfica esta época. Parece uma eleição para pior lateral da década. Nomeados: Pedro Pereira, Aurélio Buta, André Almeida e em breve Douglas. Vai ser renhido.

JARDEL

Chegou ao fim com a camisola rasgada, num lance disputado segundos antes do apito final. Boa tentativa, meu caro. O Jardel que eu aprendi a admirar teria levado 10 pontos ao intervalo, perdido 3 dentes na segunda parte e ganho o último lance do jogo já em coma. Camisolas rasgadas. Isso é para meninos.

RÚBEN DIAS

Cruzei-me duas vezes com João Vale e Azevedo e quis o destino que em ambas as ocasiões o encontrasse a comprar presunto. A primeira vez comprou uma pata 5 Jotas. Na segunda, já depois da prisão, vi-o com 150 gramas de Izidoro. Sem ofensa para os produtores nacionais. Aliás, quem nunca comeu Izidoro que atire a primeira pedra. Mas é muito mais difícil apreciar as suas qualidades depois de tanto tempo a enfardar 5 Jotas. Teremos nós vivido acima das possibilidades? Mas como, se até temos um lucro de 45 milhões? Mistérios do benfiquismo.

ELISEU

Boa exibição. Foi dos poucos a exibir aquela desenvoltura e irreverência características de alguém que joga numa equipa matematicamente despromovida.

FILIPE AUGUSTO

Saiu a passo para ceder o lugar a Jonas e aplaudiu os adeptos, que retribuíram com assobios. O amor é lindo.

SAMARIS

Desunhou-se para ser expulso e não conseguiu melhor do que um amarelo. Fez alguns passes razoáveis no entretanto. Fez um ou outro passes razoável, mas peca por excesso no último terço do terreno e por defeito nos restantes. Não sobra muito mais.

KROVINOVIC

O seu corte de cabelo faz lembrar Nuno Assis. Por enquanto, o seu futebol também. Há ali qualquer coisa em forma de suplente de Pizzi.

GABRIEL BARBOSA

Exímio em todos os lances que não o envolvam diretamente. Não é bem um futebolista. É um negócio. Mais do que um extremo, um prodigioso criativo ou um avançado possante, tudo coisas que ainda não demonstrou ser, Gabriel Barbosa é um sudoku financeiro para o Inter de Milão, que pagou 30 milhões, e para o seu empresário, um proxeneta qualquer capaz de convencer meio mundo de que estávamos perante o novo Neymar ou qualquer coisa que nos valha. É assim que a viagem de Gabriel Barbosa vai fazendo escala em algumas cidades europeias, desta vez em Lisboa. O portento brasileiro que só consegue passar a bola em condições se for para trás trouxe cinco colaboradores consigo para Portugal, entre os quais um fisioterapeuta (inteligente) e um assessor de imprensa para gerir a sua presença nas redes sociais. Devemos desconfiar cada vez mais de jogadores que parecem passar tanto tempo no Facebook ou no Instagram como nos relvados do Seixal. Parece um detalhe, mas é importante. Cortem-lhes o acesso à internet.

RAFA

Está aqui outro negócio prodigioso. Rafa é a Yupido dos futebolistas. Foi avaliada em sabe Deus quantos milhões de euros, mas ninguém percebe exactamente o que faz, para que serve, porque é que precisamos dele, que penteado é aquele, e se conseguiremos algum dia recuperar o dinheiro que já gastámos.

RAÚL JIMÉNEZ

A par de Jonas, é dos poucos que parece ter mantido as funções cognitivas intactas neste início de época. O remate do golo foi uma das melhores articulações gestuais da expressão “epá, chutem-me essa merda” que o Benfica teve ao longo de toda a partida. Celebrou o golo desejando força ao México. Nada contra, pelo contrário, mas uma pequena parte de mim desejou que as costas da t-shirt dissessem “Fuerza adeptos de lo Benfica”. Por um lado porque precisamos desse apoio psicológico, por outro porque não sei falar espanhol.

ZIVKOVIC

Evitou o pior através de um rol de lances bem intencionados. Não nos deu a vitória, mas salvou muitas pessoas de uma trágica morte por tédio.

JONAS

Péssima entrada. Obrigou André Moreira à defesa da noite, relembrando a novela patética que o afastou do Benfica.

PIZZI

Felizmente não teve tempo para se cansar.

Fonte: Tribuna Expresso

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