domingo, 3 de janeiro de 2021

Pescadores britânicos sentem-se traídos pelo Brexit


Depois de muita expectativa, é grande a insatisfação entre os pescadores britânicos. A indústria pesqueira do Reino Unido esperava o controlo das águas locais já em 2021, mas agora sente-se traída, depois o acordo comercial estabelecido com a União Europeia continuar a permitir aos Estados-membros pescar ao largo da costa britânica, nos próximos anos.

Para Aaron Brown, porta-voz da campanha "Fishing for Leave", em nome dos pescadores favoráveis à saída do espaço comunitário, o pós-Brexit é uma rede que pouco ou nada traz à superfície.

"Não temos a capacidade de acabar com o acesso da União Europeia às nossas águas, e nem sequer conseguimos recuperar o limite exclusivo de 12 milhas apenas para os barcos britânicos. Portanto, estamos a ganhar muito pouco e é claro que, ao final destes cinco anos, vai ser extremamente difícil mudar para algo diferente porque o governo está sempre desesperado para não perturbar a União Europeia e não vai enfrentá-la em relação a estas cláusulas de punição e de não-regressão".

A 1 de janeiro, foram concedidas 1500 "licenças provisórias" aos navios de pesca europeus para entrar na Zona Económica Exclusiva (ZEE) do Reino Unido.

O acordo comercial prevê o acesso às águas britânicas até junho de 2026. Durante este período transitório, a União Europeia vai ter de renunciar gradualmente a 25% do valor das capturas comunitárias, num total de 650 milhões de euros por ano.

Se o Reino Unido restringir o acesso ou as capturas comunitárias, Bruxelas pode tomar medidas de retaliação desde tarifas aos produtos britânicos até à suspensão de grande parte do acordo comercial.

Euronews

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