sábado, 15 de maio de 2021

Maldade da Covid – Maldição do Petróleo

Por que bastou Trump sair da presidência dos Estados Unidos, para o bicho do vírus ser exorcizado na voz da mídia?

  • Hélio Brambilla

Por uma controversa mutação do vírus (de longa data esperada, e desejada por alguns como uma covid-21), já apontada como mais mortífera que a primeira, estamos em pleno aumento de contaminados e óbitos da ‘peste chinesa’. O assunto é controvertido, e sobre ele se multiplicam até as postagens sobre ‘fake-óbitos’ e dúvidas sobre as vacinas.

Em meio à tragédia, é estimulante ouvir a voz arguta do valente Nordeste brasileiro, onde a intuição de uma criança inocente nos ensina a sopesar e avaliar corretamente algo do que acontece: “Eita, bichinho ensinado! Quando vem o Carnaval, o bicho não pega; mas quando vem a Semana Santa, o bicho pega; quando a gente vai à escola, o bicho pega, e quando a gente vai à igreja, o bicho pega; mas quando a gente vai ao supermercado ou shopping, o bicho não pega”.

Poderíamos completar: quando vem a eleição, o bicho não pega; no Natal e Ano Novo, aí pega; basta chegar a Semana Santa, e o bicho pega outra vez. Parece até que o tal bicho tem algum canal direto de comunicação com as autoridades, sem excluir as religiosas. Enquanto isso, o vigor do catolicismo vai minguando… Será este o objetivo?

Vamos falar claro: nas igrejas, as normas serão sempre muito mais respeitadas do que nos ‘pancadões’, nas praias, nos trens, nos ônibus e metrôs lotados. Ou será que estamos a caminho de nos submeter ao que o comunismo impõe à Igreja chinesa, onde o fiel só pode rezar trancado em casa? Pode até haver algo de maldoso na nossa suposição, mas ‘perguntar não ofende’.

Alongar-me-ia demais (e talvez não chegasse a uma conclusão segura) se fosse analisar outro assunto: por que bastou Trump sair da presidência dos Estados Unidos, para o bicho ser exorcizado na voz da mídia? Só em países com governos de direita (Brasil e Hungria, por exemplo) a preferência midiática do bicho insiste em pegar mais a população? Curioso, mas é um dado para não se esquecer.

Ninguém pode negar que, além dessa recente tenaz que é a pandemia, outra questão tenta estrangular o mundo, em particular o Brasil: o poderio do petróleo. É comum esta última ‘commodity’ ser incriminada como portadora da ‘maldição do petróleo’, e podemos pensar logo em tipos como Kadafi, Chávez, Maduro etc.

Os dados oficiais estimam que nossas divisas com etanol ultrapassem 1,3 trilhão. Vamos produzir nesta safra 34 bilhões de litros, mas a meta era chegar a 50 bilhões

No Brasil não é muito diferente. Tivemos de suportá-la em 1967 e 1973, quando as guerras árabe-israelenses fizeram o preço do petróleo subir vertiginosamente, multiplicando nossa dívida externa com as importações. A Petrobras também passou a cobrar preço muito alto pelos combustíveis, com o pretexto de atingir autossuficiência na produção e refino.

Felizmente, apesar de alguns equívocos, começamos a produzir o etanol anidro adicionado à gasolina; e também o hidratado, colocado diretamente no tanque. É um combustível renovável, não poluente, gerador de riquezas e milhões de empregos. Ocupa uma porção mínima de terras agricultáveis, produzindo diariamente mais de 420 mil barris equivalentes ao de petróleo. Se a Petrobras produz 2,8 milhões de barris/dia, não esqueçamos, na comparação, que esses barris têm de ser refinados. E isso custa caro, muito caro, onerado ainda por superfaturamentos ‘majestosos’.

 Os dados oficiais estimam que nossas divisas com etanol ultrapassem 1,3 trilhão. Vamos produzir nesta safra 34 bilhões de litros, mas a meta era chegar a 50 bilhões. Lula pontificou que seríamos a Arábia Saudita do combustível verde, mas em seguida abandonou o projeto; e Dilma fez seu tabelamento branco, a pretexto de evitar a inflação, levando 100 usinas a fechar. Só agora retornamos aos patamares anteriores.

O etanol de cana é altamente competitivo, ao contrário do extraído do milho nos Estados Unidos, muito subsidiado. De acordo com o boletim Safra Money Cepea de 20-3-21, as usinas entregam o litro, com os impostos pagos na fonte, a R$ 2,657; o mesmo acontece com a gasolina, que sai das refinarias a R$ 2,590 o litro, também com impostos primários pagos (“Reuters” 25-3-21). Por diversas razões, o diesel sai um pouquinho mais caro, a R$ 2,75 (idem).

A tragédia é que o ‘maldito’ petróleo arrasta novamente atrás de si o etanol, nesse uso político feito por governadores irresponsáveis que decretam o fechamento de tudo a pretexto da pandemia. Com isso as empresas não produzem, portanto não recolhem impostos. Governadores fazem a loucura de taxar os combustíveis, chegando a até 100%, para tapar o buraco nas contas estaduais.

Num país já combalido pela pandemia, pode-se considerar uma traição à Pátria aumentar o preço dos combustíveis, pois nosso transporte é predominantemente rodoviário.

Num país já combalido pelo outro braço da tenaz, que é a pandemia, pode-se considerar uma traição à Pátria aumentar o preço dos combustíveis, pois nosso transporte é predominantemente rodoviário. E o aumento dos fretes repercute sobre os alimentos, sem contar os custos dos produtores rurais, que também aumentam porque tudo é movido a diesel.

Os combustíveis inflacionam tudo, e quem paga a conta é o tão sacrificado povo brasileiro. Portanto, é preciso colocar um freio nesses péssimos governadores, que sob o olhar complacente do STF estão arruinando o País.

Uma das propostas, de alcance parcial, seria a venda direta do etanol pelas próprias usinas, ou para as distribuidoras próximas ao local de produção, evitando assim o chamado ‘etanol turístico’. O que é isso? O exemplo mais citado é o de uma usina do Grupo Matarazzo, situada perto de Montes Claros (MG), cujo etanol ‘passeava’ 400 km em caminhões até a refinaria de Contagem, na grande Belo Horizonte, e depois voltava mais 400 km até os postos da região, situada no Norte de Minas. Exemplo anedótico da ‘burrocracia’ brasileira.

Temos o dever de abrir bem os olhos e aplicar em favor do Brasil todos os nossos esforços. Não esquecendo que fazem parte desses esforços as nossas orações a Nossa Senhora Aparecida, Rainha e Padroeira do País. Assim Ela terá pena do nosso povo, contribuindo para cessar a pandemia, iluminando também os nossos governantes para cumprirem corretamente os seus deveres.


ABIM

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