segunda-feira, 8 de novembro de 2021

PJ faz buscas nos Comandos por suspeita de tráfico de diamantes, ouro e droga em missões da ONU

A grande operação de buscas ocorre na grande Lisboa, mas também no Norte do país, com buscas no Porto, Bragança ou Vila Real.

Mais de 200 inspetores da Polícia Judiciária estão envolvidos, esta manhã, numa grande operação que abrange buscas em todo o país. A TVI avança que se trata da maior operação do ano, tendo a PJ emitido mandados de detenção para comandos e ex-comandos das Forças Armadas, devido a suspeitas de terem operado em associação criminosa em contexto das missões portuguesas, ao abrigo da Organização das Nações Unidas, na República Centro Africana. Tráfico de diamantes, de ouro e de guerra, com transporte a partir do Estado africano para o continente europeu, a bordo de aeronaves militares, estão na base das suspeitas.

A carga de diamantes, ouro e droga não terá sido fiscalizada. A somar a esse crime, a PJ suspeita de que tenham ocorrido crimes de branqueamento de capitais, entre os quais com a compra de bitcoins sem qualquer controlo financeiro.

TVI ainda avança que deverão acontecer detenções, em consequência de uma investigação da Unidade Nacional de Combate à Corrupção da PJ, acompanhada por Carlos Alexandre, presidindo o juiz a várias buscas.

Um dos locais por onde passam as buscas é o regimento de Comandos do quartel da Carregueira. Há suspeitas de que as práticas criminosas se desenrolem há já vários anos. Alguns dos ex-comandos sob os quais pairam as suspeitas são hoje agentes da PSP e militares da GNR.

Ainda de acordo com o canal televisivo, o esquema assenta no tráfico de pedras preciosas, os denominados diamantes de sangue, cuja extração muitas vezes é feita recorrendo ao trabalho forçado de menores. Os comandos terão alegadamente aproveitado o facto de a carga dos aviões militares não ser fiscalizada para transportar diamantes, droga e ouro do país africano. Esses produtos seriam depois levados para a Bélgica, onde eram vendidos a preços avultados. Acresce ainda a ocultação destes valores obtidos - crime de branqueamento de capitais -, com recurso a testas de ferro que abriam contas bancárias em outros nomes bem como adquiriam bitcoins.

TSF

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