segunda-feira, 13 de fevereiro de 2023

Barcelos | SEGUNDA-FEIRA, 13 DE FEVEREIRO Como dizer “não” à violência no namoro?


No mês do amor, o IPCA vai promover uma campanha de sensibilização para a prevenção da violência no namoro.

Os dados mais recentes são preocupantes. Um estudo realizado pela Associação Plano i sobre a violência no namoro no ensino superior em Portugal refere que quase 10% dos estudantes já foram fisicamente magoados, empurrados, pontapeados, esbofeteados ou alvo de murros ou cabeçadas.
Considerando estes e outros números igualmente inquietantes, o IPCA reconhece a necessidade de combater a violência no namoro no ensino superior e quer fazer parte desse combate, pelo que irá desenvolver um conjunto de iniciativas a decorrer este mês de fevereiro.

Liberdade, consentimento, amor-próprio, necessidade de estabelecer limites, são alguns dos conceitos-chave que vão ser apresentados ao longo da campanha DIGITAL #NamoroSemViolencia. Durante 14 dias serão lançados vários tópicos com o intuito de desconstruir crenças que legitimam a violência e de reforçar a promoção de relações saudáveis.

Esta campanha termina com a tertúlia “Como dizer “não” à violência no namoro”, que vai ocorrer no dia 28 de fevereiro das 10h30 às 12h00. A iniciativa, contará com a participação da Associação Plano i e terá como objetivo criar um espaço de reflexão, partilha e informação sobre os fatores da violência no namoro e formas de quebrar o ciclo de violência e do silêncio.

“Esta não é, felizmente, uma realidade com que tenhamos de lidar no IPCA, no entanto, não somos alheios aos estudos que nos indicam que o fenómeno da violência no namoro tem vindo a aumentar, pelo que, sendo esta uma instituição frequentada maioritariamente por jovens consideramos que faz todo o sentido abordar o assunto e sensibilizar para o tema”, refere Carla Cruz, diretora dos Serviços de Ação Social do IPCA (SASIPCA).

Outros dados estatísticos referentes ao estudo sobre a violência no namoro no ensino superior em Portugal, desenvolvido pela Associação Plano i:
  • 23.2% dos/as estudantes afirmam já ter sido culpados/as, criticados/as, insultados/as, difamados/as ou acusados/as sem razão, e 20.5% afirmam já ter sofrido e praticado estes mesmos atos;
  • 19.3% relatam que já foram alvo de controlo na sua forma de vestir, penteado ou imagem, locais frequentados ou amizades ou companhias;
  • 16% afirmam que as suas coisas pessoais já foram mexidas sem autorização (e.g., conta de e-mail, perfil das redes sociais, bolsos do casaco, telemóvel, carteira, agenda);
  • 15.7% afirmam já ter sido ameaçados/as verbalmente ou através de comportamentos que causem medo (e.g., gritando, partindo objetos, rasgando a roupa);
  • 12.6% relatam que já foram impedidos/as de trabalhar, estudar ou sair sozinhos/as;
  • 9.4% reportam que já foram fisicamente magoados/as, empurrados/as, pontapeados/as, esbofeteados/as ou alvo de murros ou cabeçada


Ana Reis


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