sexta-feira, 27 de maio de 2016

Matou os pais e a avó a tiro e depois suicidou-se

Um homem que matou os pais e a avó em Montemor-o-Velho com tiros de caçadeira suicidou-se. Operações das forças de segurança prolongaram-se durante a madrugada.

O crime ocorreu na casa onde o suspeito residia com os pais e a avó, no lugar de Faíscas, freguesia de Arazede, naquele concelho do distrito de Coimbra, pouco antes das 21 horas de quinta-feira, adiantou fonte do Comando Territorial de Coimbra da GNR à agência Lusa.

Segundo apurou o JN, foram ouvidos pelo menos seis tiros de caçadeira. Terá sido por esta altura que o suspeito, Paulo da Cruz, de 41 anos, divulgou uma mensagem no seu perfil do Facebook em tom de despedida.

Agentes da GNR e elementos do corpo de intervenção foram mobilizados para o local. O dispositivo foi reforçado ao início da madrugada desta sexta-feira com uma equipa proveniente de Lisboa. Durante a noite as forças de segurança tentaram localizar o presumível atirador, que não respondeu às diversas tentativas de contacto.

Pelas 4.30 horas da madrugada, elementos do corpo de intervenção ainda não tinham entrado na habitação. Havia três hipóteses: o suspeito poderia estar em casa morto; poderia estar em casa barricado com vida ou já poderia ter fugido. No entanto, de acordo com as movimentações e cautelas que as forças de segurança manifestavam no local, tudo indicava que o homem estaria no interior da habitação.

Às 5 horas foi cortada a energia elétrica na via pública e em seguida as forças de segurança entraram na habitação. A iluminação pública foi restabelecida dez minutos depois. Chegou então a confirmação de que o suspeito do triplo homicídio estava morto numa das divisões da casa.

Segundo declarações do comandante da GNR de Coimbra, João Seguro, o homem ter-se-á suicidado pouco depois dos homicídios, com um tiro de caçadeira. "Era o cenário mais provável", reconheceu. Este responsável confirmou ainda que o homem não tinha um histórico de violência mas sofria problemas de depressão.

Discussão, agressão e disparos

Paulo da Cruz matou os pais - Antero Gomes Margato, de 70 anos, e Marília Cruz, de 64 - e a avó, de 91 anos. As autoridades encontraram os corpos no pátio da habitação.

Segundo testemunhos recolhidos pelo JN, a família estaria a jantar com outros dois familiares quando teve início uma discussão, que levou Paulo da Cruz a agredir o pai fisicamente. O suspeito saiu e quando voltou trazia uma caçadeira. Mandou embora os outros dois familiares antes de disparar.

Na localidade, vizinhos e amigos falam que a família se dava bem e consideram o suspeito uma pessoa "cinco estrelas" e "pacífica".

O alegado homicida, antigo caçador, esteve emigrado no Luxemburgo, onde era motorista de transporte de passageiros, mas terá sido despedido e regressou recentemente a Portugal, soube o JN. Os pais também tinham estado emigrados naquele país e estavam a residir em Faíscas há menos de cinco anos. No Luxemburgo ainda vivem duas irmãs de Paulo da Cruz.

No local foi montado um perímetro de segurança. Além dos vários meios das forças de segurança, muitos populares assistiram às operações no local, que se prolongaram pela madrugada, durante mais de sete horas.

Perto das 6 horas, peritos das Polícia Judiciária procediam à recolha de indícios e provas.

Fonte: JN, edição do dia 27/05/2016
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J. Carlos



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