domingo, 11 de junho de 2017

Viagem em executiva pela gastronomia mundial

Fica nos Salgados, é a primeira unidade hoteleira da Herdade a ser reconhecida com a classificação “cinco estrelas”, e abre hoje, oficialmente, as suas portas. Dine Around é a grande novidade e o conceito eleito para marcar a diferença.
A classificação oficial “cinco estrelas” enquadra-se no reconhecimento das características do VidaMar Resort Hotel Algarve, o maior hotel da Herdade dos Salgados e o único na frente de mar, com 21 mil metros quadrados de espaço ao ar livre, 260 quartos, três piscinas de água salgada, e um vasto conjunto de serviços.
No que à criação do VidaMar Resort Hotel Algarve diz respeito, tudo começou com o desafio lançado por Carlos Saraiva, em 2012, após a venda da CS Hotels & Golf Resorts (hoje Nau Hotels & Resorts), “motivado pelo desejo de criar uma nova marca e um novo projeto turístico e hoteleiro. E para tal convidou o Brian Eustace e eu para o acompanharmos”, recorda João Cardoso, administrador do empreendimento. O convite foi prontamente aceite e a primeira aplicação da nova marca viria a acontecer no Funchal, seguindo-se esta aposta no Algarve.
Com um investimento de aproximadamente 70 milhões de euros, João Cardoso garante que o projeto assenta num conjunto de premissas fundamentais: “vida (juventude, animação, intensidade); mar (relaxante, exclusivo, singular); diferenciação (instalações e serviços para várias faixas etárias e estilos de vida); internacional e cosmopolita; hospitaleira (foco no aumento da experiência do cliente); e financeiramente eficiente”.
O VidaMar Resort Hotel Algarve distingue-se também pelo conceito Dine Around, o qual permite uma viagem pelos sabores do mundo, dando a experimentar diferentes gastronomias, disponíveis nos vários restaurantes temáticos do hotel. O “Sunset” oferece grelhados da região, tendo no peixe e marisco o seu ex-líbris; o “Mamma Mia” permite uma viagem pelos paladares italianos; o “AJI” apresenta a genuína cozinha oriental e o “Ocean Buffet” possibilita uma rotatividade gastronómica de 12 noites temáticas. Sobre esta aposta, João Cardoso afirma que visa, essencialmente, oferecer um conceito novo na chamada meia pensão, permitindo ao hóspede múltiplas experiências gastronómicas, e a fruição de espaços e ambientes diferenciados. “Apesar da oferta gastronómica exterior ao resort ser abundante e variada, nem sempre é de acesso fácil ou cómodo”, reforça ainda.De forma complementar o grupo disponibiliza ainda as VidaMar Resort Villas. As 66 Villas com piscina privativa, são uma outra tipologia do Resort já que são contíguas ao hotel. Embora sejam comercializadas em regime de self-catering, os hóspedes podem optar por acrescentar o pequeno-almoço ou a meia-pensão no hotel. Recorde-se que o VidaMar Resort Hotel Algarve e as VidaMar Resort Villas Algarve são as únicas unidades da Herdade dos Salgados que não pertencem ao fundo de investimento turístico, que tem como sociedade gestora a ECS Capital, que adquiriu os hotéis anteriormente explorados pela CS Hotels&Resorts, atualmente sob a marca NAU Hotels&Resorts. A marca VidaMar Hotels&Resorts, que integra três resorts, registou uma faturação de 30 milhões de euros em 2016, prevê expandir a sua dimensão em Portugal nos próximos anos e vir a atingir um volume de negócios superior a 50 milhões de euros até 2020.
Sazonalidade ensombra sucesso
Ao analisar os últimos resultados do setor do Turismo em Portugal, João Cardoso não deixa de sublinhar que mostram um “franco crescimento” tanto em quantidade, número de turistas, dormidas, como na melhoria dos preços e da totalidade dos proveitos. “O impacto do setor na economia tem sido extraordinariamente relevante, sendo um dos setores que mais contribuiu para o crescimento económico registado”, frisa ainda. Quanto a explicações para esta fase, aponta, sobretudo, o aumento da atratividade de Portugal, das suas principais cidades e das diferentes regiões turísticas, para a qual, defende, “muito contribuiu o esforço de modernização e capacidade de reinvenção do setor privado na oferta turística e hoteleira; a capacidade do setor para aumentar a sua visibilidade e exposição nos vários mercados emissores, utilizando os mais variados canais, sobretudo no mundo digital; e no aumento do investimento na divulgação e promoção interna e externa por parte das entidades oficiais. No caso das regiões turísticas vocacionadas para o produto sol e mar, como é o caso do Algarve, também beneficiou da instabilidade política e insegurança vividas nalguns destinos turísticos, concorrentes diretos”, conclui. Por outro lado, em seu entender, e apesar da melhoria da performance, o Algarve continua a sentir os efeitos de uma “forte” sazonalidade que está a ser combatido com o “esforço da indústria turística da região que se multiplica em ofertas competitivas e atrativas, caso do golfe ou das convenções e congressos, e do emergente turismo de natureza, também as entidades oficiais regionais do setor, quer a nível do mercado interno como dos mercados internacionais”.

Neste capítulo, o VidaMar Resort Hotel Algarve apostou em potenciar a oferta de serviços que satisfaçam as diferentes necessidades e expectativas dos hóspedes que vão variando ao longo do ano, nomeadamente nas épocas baixas, com respostas complementares, como o wellness, bird watching, natureza, entre outros, mas também estabelecendo parcerias comerciais estratégicas com alguns importantes players nos mercados emissores que apostam no Algarve durante a época baixa.

Fonte: Jornal Económico

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