domingo, 11 de junho de 2017

França: Partido de Macron ganha com 32% dos votos

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O partido do Presidente Emmanuel Macron venceu hoje a primeira volta das eleições legislativas em França, com cerca de 32% dos votos, segundo projeções divulgadas pelos media.
De acordo com as mesmas projeções, o partido A República em Marcha! obteve cerca de 32% dos votos - o que corresponde a entre 390 e 455 assentos dos 577 da Assembleia Nacional -, Os Republicanos entre 20 a 21%, a Frente Nacional entre 13 e 14%, a França Insubmissa quase 11% e o Partido Socialista 9%.
O Partido Socialista, que controlava metade da Assembleia Nacional, sofreu uma nova derrota eleitoral, mantendo apenas entre 15 e 40 cadeiras. O partido do ex-presidente François Hollande tinha cerca de 300 deputados.
O primeiro turno foi "marcado por um retrocesso sem precedentes da esquerda no seu conjunto e em particular do Partido Socialista" (PS), que sofre um revés histórico, admitiu neste domingo o primeiro-secretário do PS, Jean-Christophe Cambadélis.
O partido de direita, Os Republicanos, deve terminar com entre 80 a 132 lugares na Assembleia Nacional.
A Frente Nacional, de Marine Le Pen, que terminou em segundo nas eleições presidenciais, deve obter apenas entre um e dez deputados. Atualmente conta com dois.
O vice-presidente da Frente Nacional, Florian Philippot, disse que está "dececionado" pelos resultados nesta primeira volta. "Talvez estejamos dececionados com o resultado e acredito que pagamos o preço da forte abstenção", disse Philippot.
O movimento de esquerda radical, França Insubmissa, de Jean-Luc Mélenchon, pode ter conseguido entre 10 e 23 cadeiras.
As mesas de voto para as eleições legislativas de hoje em França encerraram nas grandes cidades como Paris, Lyon, Lille e Marselha, depois de os outros municípios terem fechado às 18:00 (menos uma hora em Lisboa).
Mais de 47 milhões de franceses foram chamados a escolher os 577 deputados da Assembleia Nacional.
Ao todo, concorreram 7.878 candidatos, de acordo com a lista definitiva publicada pelo ministério francês do Interior.
A participação na primeira volta das eleições legislativas francesas era de 40,75% às 17:00 locais, 16:00 em Lisboa, uma taxa muito inferior às votações de 2007 e 2012 à mesma hora.
O Ministério francês do Interior indicou que a primeira contabilização nas votações antecedentes registou uma participação de 48,3% em 2012 e 49,2% em 2007.
Caso não haja candidatos com mais de 50% dos votos, aqueles que tiverem, pelo menos, 12,5% dos votos dos eleitores inscritos passam à segunda volta.
Na segunda volta, agendada para 18 de junho, vence o partido que obtiver mais votos, qualquer que seja a participação do eleitorado.
As eleições decorrem sob fortes medidas de segurança, estando mobilizados cerca de 50 mil polícias e 'gendarmes', dado que a França registou, desde 2015, uma vaga de atentados que resultaram em 239 mortos.
Nas eleições de hoje houve, pelo menos, 24 candidatos de origem portuguesa.
De acordo com a lista definitiva publicada pelo ministério francês do Interior, 7.878 candidatos concorrem na primeira volta, tendo a agência Lusa contactado 24 candidatos de origem portuguesa, ainda que haja acima de uma centena de apelidos com grafia portuguesa, entre os quais haverá candidatas francesas casadas com portugueses e candidatos de origem espanhola com apelidos semelhantes aos portugueses.
A associação de eleitos de origem portuguesa Cívica contabilizou um mínimo de 63 candidatos de origem portuguesa, tendo excluído da contagem apelidos como Garcia, Domingos e Costa, disse à agência Lusa o presidente da associação Paulo Marques.
Com a etiqueta ‘A República em Marcha!’, do presidente Emmanuel Macron, candidatam-se, por exemplo, Dominique da Silva, na 7.ª circunscrição do Val d´Oise, Ludovic Mendes, na 2ª circunscrição de Moselle, e, também, Otília Ferreira, na primeira circunscrição de Charente-Maritime, que é candidata do partido centrista MoDem aliado a Macron.
Na corrida eleitoral de Os Republicanos, estão, entre outros, Alexandra Ribeiro Custódio, na segunda circunscrição de Loire, e Bruno Leal, na primeira circunscrição de Charente-Maritime, enquanto, entre os socialistas, a lusodescendente Christine Pires Beaune recandidatou-se a um cargo de deputada pela segunda circunscrição de Puy-du-Dôme e Nathalie de Oliveira concorreu na terceira circunscrição de Moselle.
A França Insubmissa contou, por exemplo, com Virginie Araújo na 3ª circunscrição de Essonne, e o Partido Comunista Francês com Patrice Carvalho, na sexta circunscrição de Oise. Fabienne dos Santos apresentou-se na 4ª circunscrição de Paris e Catherine dos Santos na 11a circunscriçao de Val-de-Marne.
Pela Frente Nacional concorreram a franco-portuguesa Lucinda Carvalho na terceira circunscrição de Pyrinées-Atlantiques e Franck Beeldens-da Silva na 4.ª circunscrição de Essonne, entre outros.
Lusa

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