segunda-feira, 11 de setembro de 2017

Distribuidora da Urbanos fecha e deixa “dívida de milhares” a várias editoras

A distribuidora de publicações do grupo Urbanos decidiu suspender a sua atividade e pedir insolvência. Para trás deixa as editoras em situação difícil
Venda de Jornais
A MTC Edições é mais uma pequena editora a sofrer as consequências da falta de pagamentos da Urbanos Press/ Dstrinews II. Tal como a Motorpress – que acaba de entrar em liquidação -, também a MTC, está a sofrer consequências financeiras resultantes da falta de pagamentos que já se verifica há vários meses.
“Infelizmente, também somos mais uma editora em situação muito difícil devido aos problemas financeiros causados pela distribuidora DistriNews II. Também fomos ‘obrigados’ a transitar para a VASP e a DistriNews II tem uma dívida para connosco que ascende a milhares de euros e não temos qualquer previsão de pagamento”, avançou ao Dinheiro Vivo, Francisco Andrade, da direção desta editora.
A MTC detém revistas de passatempos como ‘Cruzadas Directas’, ‘Especial Cruzadas’, ‘Sopa de Letras’, ‘Hiper Sopas’ ou ‘Mindulness Mandalas’. Há 12 anos que todas as publicações eram distribuídas pela DistriNews II, a Urbanos Press; agora a distribuição vai passar para a VASP.
Não é a única. A Motorpress anunciou esta quarta-feira que a distribuição vai passar para a VASP, uma decisão que também foi tomada pela Edigrama, de passatempos; a Moon Media, que edita revistas como a Casas de Portugal; Masemba, dona da Lux; e Goody que publica a TopGear ou Quero Saber.
“Vai restar apenas uma distribuidora de publicações em Portugal o que não vai ser positivo para os editores nem para o mercado”, salienta Francisco Andrade.
Esta semana a Distrinews II anunciou em nota aos clientes que vai suspender definitivamente a sua atividade. Na comunicação feita, e que tomava efeitos a 5 de setembro, a administração da empresa adiantava ainda que “tendo em conta a atual situação financeira da sociedade é forçosa a apresentação da mesma a processo de insolvência”.
A distribuidora alegou “degradação do setor associada à mudança de hábito de leitura dos consumidores, que preferem edições ‘online’ em detrimento de edições impressas” e uma “repercussão deste comportamento na atividade comercial” que, terá levado a uma redução de 80% no total de faturação média mensal nos últimos nove anos.

Fonte: Dinheiro vivo

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