sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

Caos catalão. Prenda para os partidos. E um guia para últimas prendas

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Enquanto Dormia
 
David Dinis, Director
 
Bom dia!
Estamos mesmo quase no Natal, mas as notícias não param:

As eleições catalãs foram um contra-senso: ganhou Arrimadas, mas também os independentistas; perdeu Rajoy, mas também os mais ferozes dos separatistas. No essencial, aparentemente ficou tudo na mesma, mas mudaram muito os equilíbrios. E na verdade ninguém faz a menor ideia de como se sai desta embrulhada. É como diz o Diogo Queiroz de Andrade, no Editorial: "A maravilhosa democracia tem destas coisas".
A ONU reprovou a declaração de Trump sobre Jerusalém. A votação na assembleia-geral não é vinculativa, mas nem a ameaça dos EUA de um corte nos apoios impediu uma censura à passagem da embaixada para Jerusalém. Mas também não houve um apoio esmagador aos palestinianos, anota a Maria João Guimarães.
O Congresso americano evitou uma ruptura. Aprovando uma linha de financiamento até meio de Janeiro, a maioria republicana deu tempo a Trump para conseguir um acordo que evite cortes automáticos na despesa. E deixou matérias sensíveis pendentes para o início de 2018, explica o The New York Times.
O Presidente do Peru escapou à destituição. Por apenas oito votos, Pedro Pablo Kuczynski escapou ao voto que declarava a sua “incapacidade moral permanente” pelas suas ligações à construtora brasileira Odebrecht.
Por cá, o FC Porto acabou bem o ano: com uma vitória fácil contra o Rio Ave, o clube ficou na pole position na Taça da Liga.

O que marca o dia

Os partidos deram a si próprios uma prenda de Natal: com a lei aprovada esta quinta-feira no Parlamento, ficam sem limites para angariar fundos e garantem uma devolução total do IVA. Como explica a Maria Lopes, a prenda é para todos, maso menino Jesus foi especialmente bom para PS e PCP.
O Governo quer acabar com a "festa" na segurança privada. Com o casoUrban Beach bem presente, o Governo avança com uma proposta que lhe permite ter mais poder para encerrar discotecas e controlar seguranças. A Ana Henriques conseguiu a versão preliminar da lei e conta-nos o que muda.
A mulher do ministro estará sob investigação. No caso Raríssimas, Paula Brito e Costa é a primeira arguida. E o Ministério Público está a analisar as viagens de titulares de cargos públicos. O PÚBLICO ainda não conseguiu confirmar, mas oCorreio da Manhã e o Jornal Económico põem um nome na lista de suspeitos: a deputada Sónia Fertuzinhos, mulher de Vieira da Silva (que garantiu ter pago a viagem que fez a convite da Associação). O jornal i acrescenta mais um problema: a mãe da deputada terá recebido um apoio do Ministério para a sua IPSS.
Vieira da Silva não sabe se os recibos verdes vão pagar menos. Com as novas regras, assumiu ontem o ministro, “não é fácil antecipar quem vai pagar mais ou menos". O caso é complicado, de facto.
Os manuais escolares gratuitos não estão a ser pagos. Como eles não caem das árvores (nem das de Natal), o Governo terá que passar às livrarias e editoras um cheque que ainda não foi assinado, diz a TSF.  
Marcelo traçou um caderno de encargos a Costa. Nos cumprimentos de ontem, o primeiro-ministro foi natalício: deu ao Presidente um défice abaixo do previsto. Mas o Presidente deu-lhe uma lista extensa de pedidos, que começa pela paz social na Autoeuropa, segue pelos incêndios e acaba na relação institucional.
A paz social não está fácilNa Autoeuropa há uma greve à vista para Fevereiro; nos CTT a administração diz que não há "assédio", mas uma inevitabilidade; e até nos supermercados, o Natal passou a ser uma incógnita.  
Mas há um problema que o Presidente não antecipa. Se a Santa Casa ainda não entrou no Montepio, então não há drama.
Bruxelas deu uma "prioridade" ao líder do Eurogrupo. O Conselho Europeu escreveu a Mário Centeno, dizendo-lhe que o melhor será deixar para mais tarde as ideias de criar uma capacidade orçamental da zona euro ou a mudança das regras orçamentais. Para já, o essencial é a união bancária. A notícia é do Sérgio Aníbal.
A Câmara de Lisboa ganhou um problema: o anúncio de uma gestão privada para o Teatro Maria Matos já pôs a correr uma lista de assinaturas zangadas.  

Para um Natal especial   

O ípsilon fez um guia para as últimas compras. Basta correr o best of de 2017, nos livros (ficção e não ficção), na música (seja popjazz ou clássica) e nocinema, para fazer alguém feliz. O balanço, claro, passa também em revista as exposições, peças de teatro e melhores espectáculos de dança - mas essa é uma prenda para a nossa memória.
A Fugas também nos deu uma lista. Tem, por exemplo, presentes para oferecer a foodies (muita comida, claro, mas também vouchers para restaurantes, workshops de culinária e utensílios de cozinha); uma belíssima carta para apreciar vinho (feita à medida pelo Manuel Carvalho); ou uma lista de prendas para quem adora viajar (pelo Luís Octávio Costa).
E, falando em festas felizes, uma notícia com certeza científica: os nossos picos de interesse sexual coincidem com o Natal.

Agenda do dia

A GNR inicia a Operação "Natal Tranquilo", para nos ajudar a chegar bem ao destino. A greve nos correios termina ao final do dia, a dos supermercados só amanhã (mas não nos haverá de tirar a consoada). As boas notícias, esperamos nós, podem vir do INE, que nos mostra o défice até Setembro. E também da Síria, onde termina uma ronda de negociações de paz. Os benfiquistas esperam, igualmente, ter razão para respirar fundo, mas vão ter que esperar pelo Setúbal-Braga deste noite para saber se podem seguir na Taça da Liga.
Eu vou despedir-me por aqui, com sinceros desejos de que tenha um Natal feliz. O PÚBLICO estará amanhã e domingo nas bancas, descansando no dia 25 - como sempre. Mas estará em permanente actualização por aqui, porque as notícias não têm dia Santo.
Para si, segue um abraço amigo - e um enorme sorriso.
Até já!

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