segunda-feira, 12 de fevereiro de 2018

Conselho de Arbitragem reconhece erro no golo anulado ao Sporting

Conselho de Arbitragem admite "interpretação desajustada" do vídeo-árbitro
O Conselho de Arbitragem admitiu em comunicado, divulgado esta terça-feira, que o golo marcado por Doumbia no Sporting-Feirense de domingo, e que foi anulado pelo vídeo-árbitro (VAR), não deveria ter sido anulado. O Conselho de Arbitragem refere que houve um erro na aplicação do protocolo do VAR e, por isso, divulgou um esclarecimento na página da Federação Portuguesa de Futebol, remetendo para a definição da "fase de ataque".
"O Protocolo VAR define que se uma equipa cometer uma infração na fase de ataque e, como resultado dessa ação, obtiver golo ou beneficiar de um pontapé de penálti o lance deve ser revertido. Ou seja, o golo ou pontapé de penálti deverão ser anulados e assinalada a falta. O IFAB, num recente esclarecimento feito aos árbitros portugueses, definiu que a fase de ataque consiste numa jogada que vá rapidamente na direção da baliza adversária. Quando a equipa que desenvolve uma fase de ataque decide recuar em direção ao seu meio-campo ou a defesa adversária joga a bola passa a ser uma nova jogada, eliminando-se as eventuais infrações técnicas cometidas na anterior fase de ataque". Assim, prossegue o comunicado, "na 22ª jornada da Liga NOS verificou-se um lance em que a equipa de arbitragem teve uma interpretação desajustada desta indicação do protocolo VAR, o que conduziu à errada anulação de um golo".
No domingo, no encontro em que o Sporting bateu o Feirense por 2-0, o árbitro Luís Ferreira anulou um golo ao costa-marfinense Seydou Doumbia por indicação do videárbitro, Manuel Oliveira, que alertou para uma falta anterior de um jogador 'leonino', mas entre a infração e o golo o Feirense teve a posse de bola, pelo que a decisão contraria as indicações do protocolo.
A anulação do golo, ao minuto 20, que teria permitido ao Sporting inaugurar o marcador, foi muito contestada pelos 'leões', nomeadamente pelo treinador, Jorge Jesus, que acusou o VAR de induzir o árbitro em erro e violar o protocolo, e pelo presidente do clube, Bruno de Carvalho.
O esclarecimento sobre o protocolo do VAR acontece de forma excecional: "O Conselho de Arbitragem entende divulgar este esclarecimento para não restarem quaisquer dúvidas sobre a definição de fase de ataque à luz do protocolo VAR. O CA recorda que a implementação do projeto VAR se encontra em ano de testes, pelo que se torna especialmente relevante a partilha de informação. Só assim todos os agentes e adeptos terão ao seu dispor os dados que lhes permitam compreender esta nova ferramenta ao serviço do futebol", informa a nota no site da Federação Portuguesa de Futebol.
Lusa / DN

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