quinta-feira, 28 de maio de 2020

Livro de sinólogo suíço afirma que a luta insanável entre as tradições políticas chinesa e europeia vai definir o futuro do mundo

Enquanto a população mundial tenta sanar a maior crise sanitária do século, Jean François Billeter olha para o futuro com expectativa. Mas que futuro?  Quem vai liderar o mundo nesse futuro? A China? Que perigos antidemocráticos encerra hoje a poderosa China? Questões emergentes no debate global abordadas pelo reputado sinólogo suíço no livro Porquê a Europa: Reflexões de Um Sinólogo. A ameaça do gigante do Extremo Oriente, os alertas de Hong Kong e Taiwan e o desafio da Europa de travar o regime de Xi Jinping, inspirado pela história de imperialismo milenar da China, numa obra vibrante que chega a Portugal no próximo dia 2 de Junho, com a chancela da Guerra e Paz, Editores.

Numa altura em que se discute a origem do novo coronavírus, o sinólogo suíço Jean François Billeter afirma que a ameaça da China é política e não sanitária. Uma tradição histórica imperial que oprime as forças de progresso chinesas e ameaça a democracia europeia. Esta é uma das conclusões a tirar do ensaio Porquê a Europa: Reflexões de Um Sinólogo, que chega agora às livrarias portuguesas.
Este livro, afirma Billeter, está «ao lado dos Chineses, inaudíveis hoje, que pensam que a China não avançará se não efectuar um balanço crítico do seu passado». Porquê a Europa mostra o conflito entre dois sistemas inconciliáveis, o chinês e o europeu, que nós europeus corremos o grave risco de perder com consequências graves, tanto para nós, como para as forças progressivas chinesas.
O livro condensa, com brilhantismo, três milénios de história e de tradição filosófica chinesas. O actual poder invoca o grande passado do Império do Meio e procura bloquear qualquer crítica com o argumento de que a China só pode ser julgada pelos critérios das suas próprias tradições.
Tradições das quais as forças do progresso chinesas se tentam afastar há mais de um século, baseando-se na tradição europeia de liberdade e de democracia. O sucessivo esmagamento dessas forças é a tragédia da China, que uma vez mais o actual poder de Pequim repete, fazendo com que a obediência se converta na segunda natureza dos seus súbditos.
O que pedem as forças do progresso na China, em Hong Kong, na democracia de Taiwan, é que a Europa resista à armadilha desse relativismo cultural. «Se a Europa fracassar, estamos perdidos» é o grito de alarme lançado pelos chineses que querem liberdade e democracia.
Um livro conciso, bem fundamentado e de fácil leitura: o melhor retrato da China, feito por um especialista, resumindo, com uma clareza exemplar, a história da China desde 1050 antes de Cristo, data da fundação da dinastia dos Zhou, que sucedeu à dos Shang, inaugurando na China do Norte a monarquia, até à républica hoje dirigida por Xi Jinping.
Porquê a Europa: Reflexões de Um Sinólogo chega às livrarias de todo o país no próximo dia 2 de Junho. O livro pode ser encomendado desde já, através de pré-compra, no site oficial da editora. 
                                                                                                                                             
Jean François Billeter
Não-Ficção / Ensaio
144 páginas · 15x20,5 · 13,00 €
Nas livrarias a 2 de Junho

Guerra e Paz, Editores

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