segunda-feira, 7 de março de 2022

Cantanhede | Helena Teodósio vai pedir ao Primeiro-Ministro que autorize IPSS e bombeiros a utilizarem gasóleo verde

A presidente da Câmara Municipal de Cantanhede, Helena Teodósio, vai enviar ao Primeiro-Ministro uma carta a pedir que o Governo aprove a utilização de gasóleo verde por parte das IPSS e Bombeiros Voluntários.

A iniciativa foi anunciada na reunião camarária de hoje, 7 de março, no período antes da ordem do dia, e foi consensualizada entre todos os membros do executivo. O objetivo é “sensibilizar o chefe do Governo para a necessidade de serem encontradas soluções que permitam aliviar da asfixia em que se encontram as instituições que prestam inestimáveis serviços de carácter social, muito particularmente depois da recente escalada do preço dos combustíveis para valores absolutamente insuportáveis”.

Segundo Helena Teodósio, “a situação dessas instituições tem vindo a agravar-se dramaticamente desde há algum tempo com a subida generalizada dos bens e serviços, mas esta última subida do preço do gasóleo e da gasolina deixou os seus responsáveis em pânico, sem saberem o que fazer para garantir a prestação dos serviços para que foram criadas, o que, a continuar assim, pode vir a redundar numa verdadeira catástrofe social”.

Não é um problema do concelho de Cantanhede, é um problema geral do país e eu defendo que o Governo tem na mão a chave para pelo menos o mitigar, permitindo a utilização combustível mais barato, nomeadamente de gasóleo verde, às IPSS e Bombeiros Voluntários, cujo estatuto e missão de resto o justificam plenamente”, sublinha a líder do executivo camarário cantanhedense, adiantando que “uma solução desta natureza não é apenas necessária, é urgente, muito urgente, ainda que transitoriamente”.


Executivo municipal reuniu com comunidade ucraniana

Município de Cantanhede cria plataforma online para ajuda aos refugiados ucranianos

O Município de Cantanhede acaba de criar uma plataforma online https://ecosol.pt para agilizar o apoio aos refugiados ucranianos que pretendam instalar-se no concelho, gerir a disponibilidade de pessoas que queiram colaborar nesse processo, a vários níveis, bem como organizar a recolha e envio de bens para a Ucrânia.

Desenvolvida em tempo recorde pelos serviços de informática da Divisão de Modernização, Inovação e Qualidade, a aplicação foi apresentada pela presidente da autarquia, Helena Teodósio, durante uma reunião com a comunidade ucraniana local.

O encontro serviu também para avaliar o estado de espírito dos cidadãos ucranianos residentes no concelho de Cantanhede, perceber as dificuldades com que se debatem por estarem agora impedidos de voltar ao seu país, e também para definir um plano de atuação tendo em vista o acolhimento dos seus familiares fugidos da guerra.

É neste contexto que a plataforma online se afigura como uma ferramenta útil, uma vez que permite o registo dos pedidos de ajuda num campo escrito em ucraniano e, noutro, as ofertas de apoio organizadas por tipologia. Paralelamente está ativa também uma linha de apoio através do número (telemóvel e Watsapp: 00351 964 469 157) e de email: ecosol@cm-cantanhede.pt.

Através do cruzamento destes dados será possível organizar melhor a resposta às necessidades em função dos recursos que vierem a ser canalizados para esse fim, operação que será assegurada pelos serviços da Divisão de Ação Social e Saúde, em articulação com as juntas de freguesia, associações e grupos de cidadãos ativos organizados em movimentos de voluntariado, mobilizando ainda os agentes económicos e sociais.

Na reunião com a comunidade ucraniana local, Helena Teodósio descreveu em traços gerais o teor das medidas que “a Câmara Municipal está já a acionar para auxílio ao povo da Ucrânia, de acordo com a deliberação que o executivo camarário aprovou por unanimidade. No âmbito dessas medidas, está previsto o apoio a todas as entidades na recolha de bens a enviar para a Ucrânia, não só nos aspetos logísticos, mas também na implementação de ações que venham a ser consideradas úteis para minimizar o sofrimento de um povo que está a viver uma dilacerante tragédia humanitária”, refere a presidente da autarquia.

Segundo Helena Teodósio, a autarquia propõe-se providenciar habitação a refugiados, colaborando na agilização dos processos necessários à fixação de residência no concelho.

A “concertação de uma estratégia com a Associação Empresarial de Cantanhede, para estimular as empresas do concelho a contratarem os refugiados, assegurando-lhes formação em língua portuguesa e em outras matérias consideradas úteis para a sua integração social é outro dos objetivos que constam de uma lista que inclui também “a realização de diligências junto das escolas dos diferentes graus de ensino para que sejam proporcionadas às crianças condições de aprendizagem específicas para atender à sua condição em que se encontram”.

Os ucranianos presente na reunião com Helena Teodósio transmitiram à autarca que segundo as informações que lhes chegam dos familiares que se encontram no seu país de origem, os que mais precisam de ajuda são os militares que estão na linha da frente e as crianças, pelo que o que faz mais falta nesta altura são medicamentos (sobretudo analgésicos e anti-inflamatórios), soro, compressas, ligaduras e desinfetante, mas também alimentos como enlatados, barras energéticas, suplementos alimentares e leite em pó. Luvas, meias, t-shirts, sacos-cama, tendas de pequena dimensão, edredons, pilhas e lanternas são outros artigos que estão a ser pedidos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário