quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

CÂMARA DE LISBOA DISFARÇA ATRASOS NAS OBRAS MUDANDO AS DATAS NO SITE


 
nicolasnova / Flickr
A cidade de Lisboa está com obras por toda a parte e a derrapagem nos prazos previstos de conclusão é uma realidade à vista de todos, mas a autarquia está a tentar esconder os atrasos procedendo à mudança de datas no seu site.
Diário de Notícias refere os casos das obras no Largo de Santos, no Largo da Graça e na Rua de Campolide, cuja previsão inicial era estarem concluídas até ao final de Outubro, mas que, afinal, só ficarão terminadas no primeiro trimestre de 2017. A informação consta do site da Câmara de Lisboa, onde, contudo, já não consta “a informação de que a obra está atrasada“, refere o DN.
O jornal nota que detectou que a autarquia retirou do site “os dados sobre os prazos que não iam ser cumpridos”, inserindo apenas a nova data de conclusão das obras.
Esta circunstância não espanta os vereadores da oposição, nomeadamente João Gonçalves Pereira, do CDS, que diz ao DN que a autarquia tem actuado deste modo em “inúmeras situações”, “alterando as datas no site à medida que lhes é conveniente”.
António Prôa, do PSD, fala ao diário de uma “predisposição para encobrir a verdade” que diz que “já aconteceu com a suspensão das obras na segunda circular, onde se tentou disfarçar a situação para não assumir erros”. O social-democrata considera que são demasiadas obras ao mesmo tempo, com a autarquia a ter “mais olhos que barriga” e a ir “além da sua capacidade” de as acompanhar.
Já o vereador do PCP, Carlos Moura, considera no DN que “só por muita ingenuidade é que se poderia pensar que estas obras iam estar concluídas nestes prazos”.
Para João Gonçalves Pereira, está em causa um “calendário eleitoralista”, com vista às legislativas do próximo ano.
Os comerciantes, por seu turno, estão preocupados que as obras lhes afectem os lucros esperados com as vendas de Natal. “A cidade está caótica para chegar de um lado ao outro, há sempre imenso trânsito, há zonas onde não há estacionamento, onde não há cargas e descargas”, queixa-se ao DN Carla Salsinha, da União de Associações do Comércio e Serviços.
ZAP

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