quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

TWITTER DA MENINA SÍRIA FOI REATIVADO MAS O SEU PARADEIRO AINDA É INCERTO


 
Bana Al-Abed / Twitter
Bana, menina síria de 7 anos, relata no Twitter que está "a ler para esquecer a guerra".
Bana, menina síria de 7 anos, relata no Twitter que está “a ler para esquecer a guerra”.
Esta segunda-feira, a conta do Twitter de Bana Alabed, de 7 anos, que relatava diariamente a guerra em Aleppo, foi reativada. No entanto, o paradeiro da menina ainda é incerto.
A conta terá sido apagada temporariamente mas, agora, a mãe de Bana voltou a fazer uma publicação na qual descreve a situação da sua família.
“Sob ataque. Não temos para onde ir e cada minuto parece a morte. Rezem por nós. Adeus”, escreveu Fatemah no Twitter.
De acordo com uma fonte da BBC, a mãe e a filha encontram-se “numa localização secreta”.
No domingo, Fatemah partilhou uma mensagem de despedida na altura em que as tropas sírias estavam a invadir o leste de Aleppo para expulsar os rebeldes.
“Temos a certeza que o exército vai capturar-nos. Vemo-nos noutro dia, querido mundo. Adeus”, afirmou a mãe de Bana.
A conta de Twitter foi desativada nesse mesmo dia e, desde então, várias pessoas têm mostrado preocupação com o paradeiro da família síria, com a hastag #Whereisbana.
Seguida por mais de 200 mil pessoas, Bana escreveu textos a pedir ajuda e partilhou vídeos onde se observa claramente o cenário de guerra e as ruínas da cidade síria.
Numa das publicações na rede social, a menina conta como uma bomba caiu mesmo ao lado da sua casa e como outra destruiu a casa da sua melhor amiga, matando-a.
“Ainda estamos vivos” lê-se numa publicação da mãe de Bana no Twitter, a par de um vídeo com os seus filhos a acordarem.
A família, que inclui os dois irmãos mais novos de Bana, estará na zona oriental de Aleppo, que tem sido bombardeada com ataques aéreos, bombas e fogo de artilharia.
Desde o início da última ofensiva do regime sírio em Aleppo, a 15 de novembro, morreram cerca de 311 civis. A guerra na Síria começou em 2001 devido à repressão de manifestações a exigir reformas e já causou mais de 300 mil mortos.
BZR, ZAP

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