sexta-feira, 22 de setembro de 2017

Mãe do menino que morreu atropelado na Guarda foi detida

A mãe do menino de dois anos que morreu atropelado, quinta-feira, por um comboio na Guarda foi detida.
A mulher, de 23 anos, foi indiciada pelo crime de exposição ou abandono, confirma a Polícia Judiciária.
A criança foi colhida mortalmente, pelas 13.30 horas de quinta-feira, por um comboio Intercidades no apeadeiro de Sobral da Serra, na Guarda.
O Ministério Público ainda vai decidir se leva a mulher à presença do juiz de instrução.
Mal saiu do hospital, onde chegou a meio da tarde de quinta-feira em estado de choque, Ana Sofia Francisco respondeu a questões nas instalações da Polícia Judiciária da Guarda.
A investigação às circunstâncias da morte de Rafael Sobral ainda não terminou, mas a convicção das autoridades judiciárias é de que a mãe do menino negligenciou a guarda do filho "com quem devia ter especial cuidado" por viver perto de uma linha de caminho de ferro.
Soube o JN que várias testemunhas, entre familiares e vizinhos, disseram à Polícia que não era a primeira vez que o pequeno Rafael "aparecia sozinho e bem cedo no café da povoação". Por outro lado, a confirmar-se a criminalização do alegado comportamento negligente da mãe, ficará a dever-se à necessidade de acautelar comportamentos idênticos no futuro, atendendo a que se encontra grávida de três meses. O pai da criança que traz no ventre encontra-se ausente em Espanha, tal como o do bebé colhido mortalmente pelo comboio na linha da Beira Alta.
O maquinista da composição que se dirigia à Guarda ainda viu o menino no meio da linha, mas circulava a uma velocidade próxima dos 150 km/hora, pelo que não conseguiu travar a tempo de evitar a tragédia.
Segundo Fernando Sequeira, o bombeiro que comandou as operações no apeadeiro do Sobral, concelho da Guarda, "foram precisas buscas de 15 minutos para encontrar o corpo que estava a cerca de 60 metros do local do embate". Com a ajuda de 8 homens e algumas viaturas, os bombeiros encaminharam o corpo da vítima mortal para o Gabinete Medico Legal do Hospital distrital e a mãe para o serviço de urgências da mesma instituição hospitalar. "Estava em choque", recordou ainda Fernando Sequeira.

Fonte: JN

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