terça-feira, 10 de maio de 2016

“Interesses” alegados por Pedro Passos Coelho referiam-se ao poder da Fenprof

Passos Coelho ficou ensombrado desde que saiu da cadeira do posso e mando. Demonstrava até uma alguma afinidade com a sua arrogância.
Alegado poder da Fenprof no seio do Ministério da Educação está na base das declarações enigmáticas de Pedro Passos Coelho nos 42 anos do PSD sobre Tiago Brandão Rodrigues, Ministro da Educação.
Depois de, no sábado, no jantar dos 42 anos do PSD, Pedro Passos Coelho ter falado do ministro da Educação, dizendo "começamos a ter dúvidas que ele seja mesmo o Ministro da Educação, parece que ele representa outros interesses que não os da comunidade em geral", todo o Governo saiu em defesa do Ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, exigindo explicações ao líder do PSD.
O partido, através do gabinete de comunicação, disse que o presidente do partido mantinha tudo o que disse.

Ora, segundo a investigação da TVI, Pedro Passos Coelho referia-se ao alegado poder da Fenprof no seio do Ministério da Educação.
O que é certo é que está aberta a guerra na Educação a propósito da decisão do Governo de deixar de financiar novas turmas em colégios privados em zonas onde haja escola pública.
O despacho do Ministério da Educação sobre o fim dos contratos de associação que tem gerado contestação por parte dos colégios privados de todo o país.
Há cerca de 1.700 turmas de 86 colégios que são financiadas, e o Governo quer reduzir o financiamento e anunciou que deixará de pagar as turmas de inicio de ciclo em colégios se estiverem em zonas onde existam escolas públicas.
Para além de acções judiciais - providências cautelares - que pelo menos dez colégios estão a preparar contra o Governo por quebra de um contrato de 3 anos, assinado há oito meses, hoje saíram dos colégios privados e dos vários stake holders (professores e encarregados de educação de escolas particulares e cooperativas) 100 mil cartas destinadas ao Primeiro-Ministro e ao Presidente da República a pedir a anulação do despacho. Cerca de 48 mil cartas foram para a Presidência da República, e 52 mil para António Costa. Marcelo Rebelo de Sousa diz-se ter dificuldade de perceber "certos afrontamentos no sector, quando a finalidade é a mesma, e a causa a prosseguir é a mesma", e voltou a apelar à convergência.
Em resposta a Pedro Passos Coelho o secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, Pedro Nuno Santos veio reagir no imediato, realçou que o líder da oposição fez um tipo de "declarações [que] não é compatível com a função que Pedro Passos Coelho ocupa". O socialista considerou serem "acusações e insinuações graves sobre a idoneidade de um membro do Governo”.
Fonte: economico


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