sábado, 25 de março de 2017

Milhares de pessoas contestam o Brexit nas ruas de Londres

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Dezenas de milhares de pessoas manifestaram-se em Londres pelo direito a serem ouvidas sobre os termos de saída do Reino Unido da União Europeia, cujo processo começará na quarta-feira.
A marcha esteve junto ao Parlamento onde há dias se registou um atentado terrorista. O protesto envolve muitos emigrantes, entre eles vários portugueses que residem em Inglaterra.
Os organizadores, um grupo intitulado "United for Europe", reivindica o direito de a "sociedade civil britânica ser consultada e onde o parlamento ou a população tenha a palavra final sobre o nosso futuro".
Entre as reivindicações, enumeraram a permanência no mercado único europeu, os direitos oferecidos pela cidadania de um país da União Europeia (UE) e a garantia de que os cidadãos europeus estrangeiros poderão continuar a residir no Reino Unido.
A marcha, que começou junto a Hyde Park e seguir até à praça de Westminster, junto ao parlamento, começou por fazer um minuto de silêncio em memória das vítimas do atentado de quarta-feira que matou cinco pessoas (incluindo o atacante) e feriu 50.
A maioria das pessoas apresentaram-se de bom espírito, com cartazes feitos em casa com ou envergando bandeiras da União Europeia, que hoje comemora o 60.º aniversário do Tratado de Roma.
No protesto participaram também alguns portugueses, vários com bandeiras nacionais às costas. Júlio da Cunha, um serralheiro mecânico há dez anos em Londres, participou para mostrar o "descontentamento com a situação criada pelo Brexit", declarou à agência Lusa.
"Temos de ser unidos, lutar pelos nossos direitos. Temos de nos juntar e dizer à [primeira-ministra] Theresa May que também temos uma voz neste país, que também somos uma grande influência na economia deste país e todos juntos podemos fazer força para evitar que o Brexit não seja tão rigoroso", defendeu
Também Lionel Pinheiro, cantor de ópera igualmente há cerca de uma década no Reino Unido, está empenhado em que o acordo de saída da UE não seja severo. "Se for um Brexit que seja soft. Como português, tanto posso trabalhar em Braga como em Munique ou Atenas. Mas eu vim para aqui estudar e estou a fazer cá a minha vida. Será muito mais difícil no futuro se precisar de fazer alguma coisa como europeu estando cá", lamentou.
O governo britânico anunciou pretender acionar na quarta-feira o artigo 50 que determina a saída do país da UE, respeitando assim o resultado do referendo de 23 de junho de 2016.
Fonte: TSF com Lusa
Foto: TSF

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