domingo, 2 de abril de 2017

Fotorreportagem | Os Paraquedistas e a sua história na Base Aérea de S. Jacinto


Vídeo demonstrativo do cenário que se viveu em Aveiro

























“O espaço onde se encontra hoje o aquartelamento do regimento de infantaria n.º 10 é, por força do seu passado militar, um caso especial único das forças armadas portuguesas”.

De facto, ao longo das décadas, desde 1 de abril de 1918 até aos nossos dias, aquartelaram sucessivamente em s. jacinto tropas dos três ramos das forças armadas portuguesas, tendo, em várias épocas, desempenhado papéis relevantes, e muitas vezes decisivos, em matéria de defesa dos interesses da nação e de Portugal”.

Base Aeronaval Francesa
Durante a 1ª grande guerra, o governo francês solicita a portugal a instalação de uma pequena esquadrilha da sua aviação naval na região de aveiro, para poder efectuar a vigilância dos submarinos alemães que cruzavam a costa atlântica do território europeu.

Esta instalação concretizou-se em 1 de abril de 1918, com a chegada a s. jacinto de oito hidroaviões franceses com os respectivos pilotos e pessoal de apoio.

Em dezembro de 1918 os franceses entregam as instalações e os hidroaviões que aí mantinham, à aviação naval portuguesa.

Aviação Naval Portuguesa
O centro de aviação naval de s. jacinto inicia um período de expansão e em 1933 é criada a escola de aviação naval «almirante gago coutinho»,

Em 1952, com a criação da força aérea, a escola passa para o controlo deste novo ramo das forças armadas portuguesas e passa a designar-se base aérea n.º 5.

Força Aérea Portuguesa
A base aérea n.º 5 era uma unidade especialmente vocacionada para a instrução de pilotagem, que em 1956 passa a designar-se aeródromo-base n.º 2, e em 1957 base aérea n.º 7, mantendo-se sempre vocacionada para as missões de instrução de pilotagem.

Em 1977, fruto da reestruturação das tropas páraquedistas, a força aérea desactiva a base aérea n.º 7, cedendo grande parte das suas instalações à base operacional de tropas pára-quedistas n.º 2 (botp2).

Com a redução de unidades-base efectuada no início dos anos 90, em 1992, a força aérea desactiva totalmente o aeródromo de manobra n.º 2, passando todas as instalações militares de s. jacinto, para o controlo do corpo de tropas pára-quedistas.

Exército
Em 1 de janeiro de 1994 no âmbito do processo de reorganização das forças armadas portuguesas, dá-se a extinção do corpo de tropas pára-quedistas na força aérea e a criação do comando de tropas aerotransportadas no exército português.

Com esta alteração é extinta a base operacional de tropas paraquedistas nº2 e criada a 1 de janeiro de 1994, na dependência do comando das tropas aerotransportadas, a área militar de s. jacinto (amsj).

Desde 01 de julho de 2006, com a nova lei orgânica do exército aprovada, a area militar de s. jacinto passou a designar-se regimento de infantaria nº 10 (ri10), sendo uma das unidades regimentais da brigada de reacção rápida (brigrr).


Quase um século de história, a ostentação de ser a única unidade das forças armadas portuguesas que pertenceu aos seus três ramos, assim como o singelo garbo, da condição única de presença em todos os teatros de operações em que estas estiveram envolvidas. 

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