sexta-feira, 12 de maio de 2017

O Papa, o Benfica, o Salvador... e o resto do mundo, que continua a girar

P
 
 
Enquanto Dormia
 
Diogo Queiroz de Andrade, Director adjunto
 

Olá bom dia,

Está preparado para o fim de semana mais mediático dos últimos tempos? Aqui deste lado estamos a postos para a visita do Papa, a possível entrega da Liga Nos e a esperança numa boa prestação de Salvador Sobral no Festival da Eurovisão. Mas já aí vamos.
Lancemos a sexta-feira com notícias um bocadinho mais mundanas, mas não menos importantes. Agora são os juízes a ameaçar fazer greve, caso o Governo não ceda às suas pretensões salariais. Ainda na justiça, importa estar atento a um parecer da Comissão Nacional de Proteção de Dados, que contraria o regime aprovado ontem em conselho de ministros sobre o acesso das polícias secretas a metadados de comunicações.
E daqui podemos passar para uma outra questão de cidadania, que tem a ver com os direitos dos passageiros no transporte aéreo. Há direito a indemnizações, mas os portugueses pouco reclamam, porque desconhecem os seus direitos – por isso, sugiro que aproveite este trabalho da Cláudia Carvalho Silva e do Luís Villalobos para ver se pode ser compensado por alguma falha das companhias aéreas.
E o Diário de Notícias noticia um relatório sobre queixas por violência doméstica, em que ficamos a saber que mais de dois terços dos casos são arquivados.
Lá fora, a relação de Donald Trump com a Rússia e a investigação do FBI continuam no centro das atenções. Atenções essas que foram reforçadas esta noite com duas novidades: uma entrevista do Presidente americano à NBC e um relato do New York Times sobre o encontro na Casa Branca entre Trump e Comey, o director do FBI. A Liliana Borges já leu o que interessa saber e conta-lhe tudo aqui. Na Europa, a Política com P maiúsculo volta a ganhar importância: Emmanuel Macron já apresentou as listas para as legislativas, onde cumpriu as promessa de incluir muitos independentes e assumiu a paridade absoluta entre homens e mulheres; no Reino Unido, a fuga de informação que pôs a esquerda a discutir o programa eleitoral de Corbyn está a ajudar a transformar a pré-campanha eleitoral num pesadelo para o líder dos trabalhistas. 
O fim de semana alucinante  
começa mesmo com o Papa, que está prestes a pisar solo português. A Natália Faria tira o retrato à visita, a Patrícia Carvalho conta o clima de expectativa para a recepção em Fátima e a sua agenda, e o jornalista Nello Scavo enumera os inimigos do Papa. Daqui saltamos para o profano futebol, onde a fé também conta muito, e por isso mostramos como o Benfica tem lidado com a expectativa do tetra. Quanto ao Salvador, onde os portugueses também depositam a esperança de um fim-de-semana feliz, fique a saber que será o 11º a actuar e já tem os concorrentes todos definidos.

Pronto para respirar fundo? 

Óptimo, porque também temos muito para descontrair do ritmo urgente da informação. Começo pela reportagem do João Pedro Pincha sobre a universidade sénior que é tanto um centro de saber como um porto de abrigo e que está em risco. Mas porque é sexta-feira passo já ao ipsílon, que é sempre incontornável e onde destaco a entrevista de Isabel Lucas a Ali Smith onde esta assume que estamos entre a Ilíada e a Odisseia. Das letras para os sons, vale a pena seguir o Vitor Belanciano na viagem pela música ambiental – porque deixar que seja Ryuichi Sakamoto a lançar o seu fim-de-semana é a melhor maneira de garantir alguma tranquilidade.
Ainda no primado da audição, recomendo também o primeiro podcast feito em parceria entre o PÚBLICO e a Fundação Francisco Manuel dos Santos, Com Tempo e Alma. Nele a jornalista Clara Barata conversa com Pedro Magalhães e Catherine Moury sobre o rescaldo das eleições francesas.
Ainda fujo das nossas fronteiras para recomendar uma única leitura em inglês, porque o Guardian discute a inevitabilidade de termos de aprender a redefinir a vida num mundo sem trabalho. Quem escreve é Yuval Noah Harari, autor do muito importante livro Homo Deus.
Na segunda-feira a Enquanto Dormia volta a receber a escrita atenta do David Dinis, como é de direito. Aqui pelo Público, vamos todos continuar a trabalhar, para dar a informação de que necessita durante este fim de semana que vai mesmo ser um bocadinho alucinante. Por isso, até já.

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