David Dinis, Director
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Michel Temer voltou a respirar de alívio: o PSDB, principal aliado do Presidente brasileiro, garantiu-lhe o seu apoio político, argumentando com o seu compromisso com as reformas que o Governo está a implementar.
Theresa May pediu desculpa aos conservadores. “Meti-nos nesta confusão, vou tirar-nos dela”, disse a primeira-ministra, numa reunião onde pediu apoio e ganhou tempo para o seu novo governo. Diz a Maria João Guimarães que May foi convincente. Mas, acrescenta a Ana Fonseca Pereira, no Brexit nem a data para lançar as negociações é ainda garantida.
Para Trump, "as coisas estão a correr bem". Garantia do Presidente, que aproveitou uma reunião normal do Governo para mostrar uma equipa unida - isto na noite em que teve mais um revés no decreto anti-imigração. A sua filha Ivanka foi à Fox deixar um lamento: “É difícil e há um nível de maldade de que não estava à espera”.
Os Golden State Warriors são campeões da NBA, batendo os Cleveland Cavaliers nas finais. A super-estrela Kevin Durant entregou aos "guerreiros" o seu segundo título em três épocas - e tornou-se o sexto jogador da história a fazer mais de 30 pontos em cada um dos jogos da final.
Por cá, Fernando Santos mostrou fé na selecção. Mas preferiu outra palavra: "Fé tenho sempre, mas fé e futebol não jogam uma com a outra, não casam. Tenho é uma confiança plena na equipa. Logo quando chegámos, disse sempre que Portugal ia entrar em cada jogo para vencer e é isso que vamos fazer".
E nas marchas de Lisboa, Alfama ganhou outra vez. E não foi só nas marchas, que foram a alegria de sempre: como diz a reportagem, de Alfama e por Alfama, as bifanas da Suzana.
As notícias do dia
António Costa deu por encerrado o caso Lacerda Machado. "A decisão sobre a administração da TAP está tomada”, disse esta noite o primeiro-ministro, garantindo que "não há polémica nenhuma". A nossa manchete de hoje explica como há - e como Costa a tenta resolver: dispensando Lacerda de fazer mais consultorias para o Governo. Há dossiês que ficam por fechar, mas também perguntas da oposição (e dos parceiros) que ficam por responder. Para não falar também das do João Miguel Tavares.
Quente, também, está o dossiê da energia - onde o PS admite já voltar às tarifas reguladas - mas “sem beneficiar a EDP”. A pressão veio do PCP, que pediu que os consumidores possam optar por regressar às tarifas reguladas da luz. Se os comunistas já dão como certo o apoio do PS, os socialistas dizem que é preciso afinar “metodologias”. Se clicar no link, a Ana Brito explica bem as dificuldades e consequências.
... E também o das secretas. Mas com uma luz ao fundo do túnel: os pareceres que chegaram à Assembleia mostram que o projecto para dar acesso de metadados aos serviços de informação ganhou consenso, mas com uma limitação: a PGR não quer as secretas com acesso a dados sobre processos ligados a crimes económicos. Mas mesmo que a lei avance (e que passe no TC), há ainda três dossiês em aberto que envolvem os nossos "espiões".
... e o das offshores, onde o CDS desafia o Governo a chumbar um projecto para repor Man, Jersey e Uruguai na lista negra. Poderá haver aqui uma coligação negativa? - pergunta o Eco.
Quanto ao Governo, resolveu fazer um perdão de multas nos transportes públicos: quem pagar o que está em atraso, fica livre de 75% dos custos, diz o JN.
Custo certo continua a ter o BPN - mas este ano com uma factura menor do que o costume. Mesmo assim, o que é que nós podíamos fazer com 420 milhões de euros?
Os sindicatos estão preocupados com a fraca adesão ao programa de integração de precários. E juntam mais uma greve, agora na área da Saúde.
Falando em preocupação, Rui Moreira não terá gostado da 1ª página do DN de hoje, que lhe aponta a ausência de referências à Selminho na declaração que entregou no TC. E Isaltino Morais também não terá amado a do jornal i, que diz que ainda deve ao Estado uma centenas de milhares de euros de indemnização.
Outras leituras
1. Voltamos a França: no rescaldo da 1ª volta das legislativas, a Teresa de Sousa escreveu um Comentário para nos explicar que "a culpa não é de Macron". O texto começa assim: "Foi quase patética a noite eleitoral em França. As justificações dos partidos derrotados (todos) perante a vaga de fundo de Emmanuel Macron foram a prova, se ainda faltava, do estado a que chegou o velho sistema político francês. Não se ouviu um só “Je vous ai compris”, a célebre frase de De Gaulle em Argel, que a classe política francesa gosta de repetir em momentos de convulsão. O desespero com que se agarraram ao nível elevado da abstenção, como se fosse essa a “razão” da hecatombe, apenas significa que ainda não querem perceber o que se passou em França nos últimos seis meses." Se quiser complementar a leitura, passe pelo texto da Rita Siza: a batalha dos partidos tradicionais vai para além da segunda volta.
2. A Al-Qaeda tem um príncipe herdeiro cujo rosto se desconhece. Chama-se Hamza bin Laden, é o 15.º filho do terrorista que planeou o 11 de Setembro e tem aproveitado os reveses do Estado Islâmico no Iraque e na Síria para oferecer aos jihadistas uma nova alternativa. As suas mais recentes gravações áudio mostram a voz de um jovem calmo de 28 anos, mas cuja mensagem é um clássico de Osama bin Laden, dando ordens para matar. Quando a gravação áudio começou a aparecer em sites jihadistas, há duas semanas, parecia que o terrorista falecido estava a comunicar através do seu filho preferido. A reportagem é um exclusivo do Washington Post e PÚBLICO.
3. Há uma cidade romana à beira da Ria Formosa que está reduzida a cacos. Um holandês comprou, por 1,2 milhões de euros, uma quinta onde antes estavam os subúrbios da antiga cidade de Balsa. Arrasou tudo e a obra acabou embargada. O problema é que tarda a protecção - e um estudo aprofundado - da antiga urbe. A história é do Idálio Revez.
4. A música de Mallu Magalhães não é do passado nem do futuro. "Eu só gosto do agora", diz-nos ela, que quis fazer um álbum "sobre o mundo de todos", influenciado pelo samba e pela música popular brasileira. Chama-se Vem e é apresentado hoje ao vivo, no Porto, num concerto de entrada gratuita. O Pedro Rios falou com ela (e fez-me uma inveja danada).
A agenda de hoje
- Theresa May encontra-se com Emanuel Macron, ainda sem poder adiantar o processo do Brexit, mas com a defesa comum na agenda;
- O procurador-geral dos EUA vai ao Senado para responder a duas perguntas difíceis: se a Administração Trump tem ou teve relações menos apropriadas com a Rússia; e se o Presidente está a tentar bloquear as investigações;
- O Podemos leva a votos uma moção de censura a Rajoy - ainda sem o apoio do PSOE de Sanchez e dividido pelo referendo na Catalunha (diz o El Pais);
- António Costa passa da Argentina para o Chile, na sua viagem pela América Latina;
- A Associação de Municípios toma posição sobre a descentralização proposta pelo Governo.
Só mais um minuto...
para lhe deixar uma boa notícia: se tem problemas de insónia, a culpa não é da psicologia - é mesmo dos seus genes.
A propósito, sabia que já há robôs psicólogos no Facebook? Para já, têm funções limitadas, mas os resultados são promissores.
Melhor ainda é quando a tecnologia nos traz milénios de memória. O Google digitalizou 30.000 itens de vestuário, o equivalente a 3000 anos de história, para que fiquemos a saber o que se vestia noutros tempos. O projecto veste-se bem...
... e o PÚBLICO também, mas de notícias, reportagens, fotogalerias, análises e opinião. Aqui estaremos, na ressaca do Santo António e à espera do São João, sempre prontos a contar-lhe tudo - porque para nós há festa, mas não há segredos.
Tenha um dia feliz. Até já!
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