Grupo nasceu há 8 meses e conta já com 11 elementos, onde nenhum é alentejano e há apenas dois portugueses. A maioria das vozes são francesas, mas também há representação italiana e alemã.
O solo da italiana Júlia Alimasi é uma das 11 vozes que internacionalizam o Cante Alentejano à boleia do projeto do ator e encenador Carlos Balbino. Este português de Cascais vive há seis anos em Paris, mas deixou-se seduzir pelos encantos do cante, depois de ter levado à cena uma peça de teatro sobre forcados alentejanos.
Para já o Rancho de Cantadores de Paris é formado por 11 vozes, mas Carlos Balbino quer ultrapassar as 20. E não será difícil. Dentro de três semanas abre as portas a novos elementos e até já tem alentejanos na fila, anunciando o ator português que a ideia é que haja lugar para todos os que queiram cantar.
Nesta altura já se ensaia duas horas todas as terças-feiras, mas uma vez por mês o grupo sai da sala de ensaio e reúne-se num restaurante de Paris à volta de comida e bebida. É por ali que canta, à boa maneira alentejana.
"Não quero que vás à monda" é apenas uma das modas do repertório, todo ele cantado à capela, mas o ensaiador não exclui a possibilidade de poder vir a musicar algumas modas. Mas a prioridade do momento passa por conhecer melhor o cante, o que levou Carlos Balbino a visitar várias vezes o Alentejo nos últimos tempos.
O lançamento da escola do cante está agendado para dia 27 de junho, em Paris, com um casting na Casa de Portugal - Residência André de Gouveia que vai ser filmado pelo realizador Tiago Pereira, fundador do projeto "A Música Portuguesa a Gostar Dela Própria".
TSF
Imagem: Museu da Fala
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