quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

Na banca, voltámos ao mesmo. No Governo, mais do mesmo

P
 
 
Enquanto Dormia
 
David Dinis, Director
 
Viva!
Aqui estão as últimas notícias:

Trump escolheu Israel e o mundo virou-lhe as costas. A confirmação chegou ontem, de viva voz. E provocou um coro de condenações de rara unanimidade, conta a Maria João Guimarães.
Descobriu-se o comprador do quadro mais caro de sempreNew York Times investigou e descobriu que o homem que comprou Salvator Mundi, de Leonardo da Vinci, foi um príncipe saudita, amigo do actual regente do reinoO quadro vai ficar no Louvre de Abu Dhabicomo jóia da coroa.
Os bonecos de Estremoz viraram Património da HumanidadeA UNESCO classificou, nesta quinta-feira, como Património Cultural Imaterial esta arte popular em barro, com mais de três séculos de história. Se não os conhece, bastaentrar por aqui.
Do futebol também veio uma boa notícia: Aboubakar não quis esperar pelos amigos turcos e pôs o FC Porto entre os 16 melhores da Europa (sendo estes os possíveis adversários). Registe ainda mais uma proeza de Ronaldo. E foi a noite em que Paulo Fonseca se mascarou de Zorro (literalmente).

O que marca o dia 

Um aviso à banca, na nossa manchete: quem facilitar no crédito à habitação vai ter um problema com o Banco de Portugal. A ameaça de intervenção chegou ontem - e a Rosa Soares conseguiu concretizar o que pode acontecer, se os bancos voltarem (como parece acontecer) aos maus vícios de antes da crise.
Um ministro contra CentenoManuel Heitor está surpreendido com a recusa das Finanças em reforçar orçamento das universidades. É mais um caso para ao último na Educação. E para juntar às trapalhadas que ontem... atrapalharam António Costa.
Um recuo socialista, na defesa comum europeia, para conseguir o apoio do PSD. Isto depois de termos percebido que o ministro da Defesa não sabia que o plano ia ser secreto, como explica o Observador.
Um dossier parado. A Uber continua a andar, apesar de um novo processo da Protecção de Dados (via ECO), e com decisões contraditórias dos tribunais (viaJornal Económico). Mas o processo de legalização só avança no Parlamento em 2018 (será?).
Uma ameaça de greve no Estadosem acordos, os professores voltam às ruas em 2018.
E outra na TAPos tripulantes podem parar no Natal, diz o Jornal Económico.
Um apelo à paz na Autoeuropavindo de... Marcelo Rebelo de Sousa. A empresa disse ontem aos trabalhadores que, se o acordo não vai a bem, vai de outra forma.
Na Europa, o tema é a reforma do euro. A proposta da Comissão está a meio da ponte entre Macron e Merkel. E sobre isso é bom ler a Teresa de Sousa: "A Comissão já não é o que era. Nem voltará a ser".

Ler para reter

1. António morreu em Angola em 1963 e voltou agora a casa. Morreu em combate em Angola, ainda na fase inicial da Guerra Colonial, e foi sepultado em Luanda. E só ontem, depois de 54 anos, de um regime ter caído e um país novo se ter levantado, os seus restos mortais voltaram a casa. A sua filha não o deixou para trás.A reportagem no dia do regresso é do Camilo Soldado.
2. “Nunca encontrámos políticas que resolvessem a pobreza nas crianças”, alerta Carlos Farinha Rodrigues, professor universitário, uma das vozes mais reconhecidas na análise da pobreza em Portugal. Ao PÚBLICO e Renascença, entre elogios ao Governo actual, vai deixando alguns avisos: é preciso uma política integrada e não “medidas avulsas”. E era bom ser mais selectivo nos apoios sociais, para canalizar recursos para quem efectivamente precisa. A entrevista está aqui, para nos pôr a pensar.
3. O feminismo é para toda a gente. Está-se a tentar recuperar o tempo perdido. Os anos, as décadas, em que o assédio e o abuso sexual de mulheres foram relegados para segundo plano, aligeirados, ignorados. “Erguemos vidas inteiras, famílias e comunidades em torno do buraco deixado pela ausência desta conversa”, sintetizou a escritora e activista feminista inglesa Laurie Penny. Agora a discussão está em cima da mesa, vinda de Hollywood. Olhá-la de frente é também reconstruir sociedades mais justas, defende a Mariana Duarte, no texto que fez a capa do P2. 
4. “Queríamos ser soldados das ruas e usar o nosso corpo até morrer. Foi incrível.” Estreia hoje  120 Batimentos por Minuto, uma visão épica dos activistas da luta contra a sida. Cheios de energia, de desejo, intencionalmente sensuais, ainda que a morrer. O filme de Robin Campillo é a geração dos seropositivos a falar dela e de uma época gloriosa, ainda que rodeada por doença e morte. O Bruno Horta falou com alguns desses activistas para perceber o que diz este filme sobre o presente. O Vasco Câmara deu-lhe umas raríssimas 4 estrelas

Agenda do dia

Vamos ouvir falar de economia, porque o FMI divulga o relatório sobre a sexta avaliação pós-programa de Portugal - e porque o Eurostat actualiza os dados sobre o crescimento da economia da zona euro. Também vamos ouvir os políticos, ainda a discutir os SMS de António Domingues para Centeno (lembra-se?). E ouviremos cantar parabéns ao Cartão do Cidadão, que faz 10 anos e ganha agora novas funcionalidades no telemóvel, segundo conta o JN.
Lá por fora, Erdogan visita a Gréciade costas voltadas para o resto da Europa, num dia que será marcado por protestos na Palestinacontra a decisão de Donald Trump de levar para Jerusalém a embaixada americana.
Por fim, é mais um daqueles dias para Cristiano Ronaldoouro, outra vez?
Se ainda tiver tempo, recomendo-lhe um dos nossos podcast. Este é sobre o papel dos homens na igualdade (por que raio é que os rapazes "não podem chorar, não podem ter medo, não devem demonstrar fraqueza?", pergunta a Aline Flor). Mas há outras conversas, ou notícias feitas à sua medida no P24, que pode ouvir enquanto segue viagem no carro, autocarro, comboio - ou enquanto corre. 
As notícias escritas ficam por aqui, a toda a hora, à distância de um clique.
Dia feliz, bom fim-de-semana! 

Nenhum comentário:

Postar um comentário