Cerca
de 100 pessoas participaram na sessão de esclarecimento sobre o
IFRRU 2020 – Instrumento
Financeiro de Reabilitação e Revitalização Urbanas realizada na
Câmara Municipal de Cantanhede, em 10 de abril. A forte participação
de promotores e agentes imobiliários, projetistas e proprietários
foi sublinhada pela presidente da autarquia, Helena Teodósio, que na
intervenção abertura se congratulou “pelo
interesse suscitado por esta iniciativa
sobre os
procedimentos a adotar nas candidaturas a um programa que contempla
a concessão de financiamento em condições vantajosas para obras de
reabilitação em prédios inseridos nas Áreas de Reabilitação
Urbana (ARU)”.
Segundo
a líder do executivo camarário
“a presença de tanta gente ligada ao setor indica que há da sua
parte predisposição para tirarem partido das oportunidades que se
abrem no âmbito do IFRRU
2020. Para a autarca,
“a valorização do espaço urbano é um processo que também diz
respeito aos proprietários e a todos os agentes do ramo imobiliário.
Sendo certo que à Câmara Municipal cabe fazer os investimentos nas
infraestruturas e nos equipamentos coletivos, além da sua função
reguladora, também o investimento dos particulares na recuperação
dos prédios é um fator determinante na criação de um ambiente
urbano de qualidade”.
Para
já, o acesso aos benefícios do
IFRRU 2020 só são
possíveis para imóveis da cidade de Cantanhede, onde existe a única
Área de Reabilitação Urbana do concelho,
mas “a
Câmara Municipal pretende criar outras no concelho,
adiantou Helena Teodósio.
Terminada
a alocução da presidente da autarquia, a sessão prosseguiu com
duas exposições técnicas, uma do diretor
do Departamento de Obras e Urbanismo, António Coelho de Abreu,
sobre
“a estratégia adotada pelo Município de Cantanhede relativamente
ao regime de reabilitação urbana”,
com enfoque nos instrumentos específicos de gestão urbanística
nesse âmbito, outra da chefe da Divisão de Urbanismo e Reabilitação
Urbana, Isabel Matos, a respeito da
“delimitação da Área de Reabilitação Urbana de Cantanhede”.
Depois, seguiu-se a
apresentação das representantes da Estrutura de Gestão do
IFRRU sobre as vantagens deste instrumento financeiro
“orientado para reabilitar e revitalizar as cidades”.
Teresa Mouro Ferreira e Ana Sofia
Pais explicaram que ao IFRRU pode candidatar-se ao IFRRU qualquer
entidade, singular ou coletiva, pública ou privada, com ou sem fins
lucrativos, e enunciaram os termos das condições financeiras
favoráveis para “a
reabilitação integral de edifícios destinados a habitação ou a
outras atividades, incluindo as soluções integradas de eficiência
energética mais adequadas no âmbito dessa reabilitação”.
O
vice-presidente da Câmara Municipal, Pedro Cardoso, interveio na
qualidade de responsável pelo pelouro do urbanismo, tendo insistido
“na importância da
reabilitação urbana e do papel fundamental que os proprietários
dos prédios podem e devem ter a esse nível. Como constatámos, o
IFRRU facilita a participação nesse processo, abre oportunidades
que os agentes locais certamente saberão aproveitar em seu
benefício, mas também em benefício da comunidade”,
concluiu.
Helena
Teodósio confirma Museu das Artes
e
do Colecionismo na Casa da Cultura e edifício contíguo
“O
Museu das Artes e do Colecionismo ficará instalado na Casa da
Cultura e no imóvel contíguo, onde funcionou durantes muitos anos a
ERTPC – Escola Técnico-Profissional de Cantanhede”,
confirmou a presidente da Câmara Municipal no decurso da sessão
de esclarecimento sobre o IFRRU. A declaração de Helena Teodósio
surgiu a propósito dos projetos previstos no PEDU – Plano
Estratégico de Desenvolvimento Urbano,
no âmbito do qual a autarquia contratualizou o financiamento
comunitário para obras de regeneração urbana que ascendem a mais
de cinco milhões de euros, com comparticipação dos fundos
comunitários em 85%.
O investimento mais relevante diz respeito
à reabilitação
e adaptação da Casa Municipal da Cultura e das antigas instalações
da ETPC, no sentido de dotar os dois imóveis das condições
adequadas para exposição das coleções de Cândido Ferreira,
médico natural de Febres que protocolou com a autarquia a cedência
do seu espólio para criação do Museu
das Artes e do Colecionismo. “São
coleções muito valiosas e a nossa expetativa é a de que Cantanhede
passará a ter um equipamento cultural estruturante para a região e
que vai certamente atrair muitos visitantes”, referiu
Helena Teodósio, manifestando-se “particularmente
satisfeita por esta valorização e promoção do território incluir
uma reabilitação urbana marcante para a cidade”.
Com
início previsto para o final deste ano, a obra deverá ascender a
mais de dois milhões de euros e será realizada nos
termos de um projeto arquitetónico e de engenharia selecionado entre
as 22 propostas concorrentes ao concurso realizado para o efeito.
Dos
outros projetos a executar no âmbito do Plano Estratégico de
Desenvolvimento Urbano (PEDU) de Cantanhede destacam-se a criação
de uma rede clicável urbana, que tem a sua primeira fase já está
adjudicada por 499.487 euros,
a requalificação das ruas D. Afonso Henriques, também já
adjudicada por 381.722 euros, e Marquês de Pombal, cuja empreitada,
no valor de 462.952 euros, está em fase adiantada de execução, bem
como como a reabilitação, prevista para breve, do Mercado Municipal
e das habitações do Bairro Vicentino e do espaço envolvente.
Nenhum comentário:
Postar um comentário