quinta-feira, 12 de abril de 2018

No âmbito de uma sessão sobre o IFRRU Câmara de Cantanhede incentiva candidaturas ao financiamento para reabilitação urbana




Cerca de 100 pessoas participaram na sessão de esclarecimento sobre o IFRRU 2020 – Instrumento Financeiro de Reabilitação e Revitalização Urbanas realizada na Câmara Municipal de Cantanhede, em 10 de abril. A forte participação de promotores e agentes imobiliários, projetistas e proprietários foi sublinhada pela presidente da autarquia, Helena Teodósio, que na intervenção abertura se congratulou “pelo interesse suscitado por esta iniciativa sobre os procedimentos a adotar nas candidaturas a um programa que contempla a concessão de financiamento em condições vantajosas para obras de reabilitação em prédios inseridos nas Áreas de Reabilitação Urbana (ARU)”.
Segundo a líder do executivo camarário “a presença de tanta gente ligada ao setor indica que há da sua parte predisposição para tirarem partido das oportunidades que se abrem no âmbito do IFRRU 2020. Para a autarca, “a valorização do espaço urbano é um processo que também diz respeito aos proprietários e a todos os agentes do ramo imobiliário. Sendo certo que à Câmara Municipal cabe fazer os investimentos nas infraestruturas e nos equipamentos coletivos, além da sua função reguladora, também o investimento dos particulares na recuperação dos prédios é um fator determinante na criação de um ambiente urbano de qualidade”.
Para já, o acesso aos benefícios do IFRRU 2020 só são possíveis para imóveis da cidade de Cantanhede, onde existe a única Área de Reabilitação Urbana do concelho, mas “a Câmara Municipal pretende criar outras no concelho, adiantou Helena Teodósio.
Terminada a alocução da presidente da autarquia, a sessão prosseguiu com duas exposições técnicas, uma do diretor do Departamento de Obras e Urbanismo, António Coelho de Abreu, sobre “a estratégia adotada pelo Município de Cantanhede relativamente ao regime de reabilitação urbana”, com enfoque nos instrumentos específicos de gestão urbanística nesse âmbito, outra da chefe da Divisão de Urbanismo e Reabilitação Urbana, Isabel Matos, a respeito da “delimitação da Área de Reabilitação Urbana de Cantanhede”.
Depois, seguiu-se a apresentação das representantes da Estrutura de Gestão do IFRRU sobre as vantagens deste instrumento financeiro “orientado para reabilitar e revitalizar as cidades”. Teresa Mouro Ferreira e Ana Sofia Pais explicaram que ao IFRRU pode candidatar-se ao IFRRU qualquer entidade, singular ou coletiva, pública ou privada, com ou sem fins lucrativos, e enunciaram os termos das condições financeiras favoráveis para “a reabilitação integral de edifícios destinados a habitação ou a outras atividades, incluindo as soluções integradas de eficiência energética mais adequadas no âmbito dessa reabilitação”.
O vice-presidente da Câmara Municipal, Pedro Cardoso, interveio na qualidade de responsável pelo pelouro do urbanismo, tendo insistido “na importância da reabilitação urbana e do papel fundamental que os proprietários dos prédios podem e devem ter a esse nível. Como constatámos, o IFRRU facilita a participação nesse processo, abre oportunidades que os agentes locais certamente saberão aproveitar em seu benefício, mas também em benefício da comunidade”, concluiu.


Helena Teodósio confirma Museu das Artes
e do Colecionismo na Casa da Cultura e edifício contíguo

O Museu das Artes e do Colecionismo ficará instalado na Casa da Cultura e no imóvel contíguo, onde funcionou durantes muitos anos a ERTPC – Escola Técnico-Profissional de Cantanhede”, confirmou a presidente da Câmara Municipal no decurso da sessão de esclarecimento sobre o IFRRU. A declaração de Helena Teodósio surgiu a propósito dos projetos previstos no PEDU – Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano, no âmbito do qual a autarquia contratualizou o financiamento comunitário para obras de regeneração urbana que ascendem a mais de cinco milhões de euros, com comparticipação dos fundos comunitários em 85%.
O investimento mais relevante diz respeito à reabilitação e adaptação da Casa Municipal da Cultura e das antigas instalações da ETPC, no sentido de dotar os dois imóveis das condições adequadas para exposição das coleções de Cândido Ferreira, médico natural de Febres que protocolou com a autarquia a cedência do seu espólio para criação do Museu das Artes e do Colecionismo. “São coleções muito valiosas e a nossa expetativa é a de que Cantanhede passará a ter um equipamento cultural estruturante para a região e que vai certamente atrair muitos visitantes”, referiu Helena Teodósio, manifestando-se “particularmente satisfeita por esta valorização e promoção do território incluir uma reabilitação urbana marcante para a cidade”.
Com início previsto para o final deste ano, a obra deverá ascender a mais de dois milhões de euros e será realizada nos termos de um projeto arquitetónico e de engenharia selecionado entre as 22 propostas concorrentes ao concurso realizado para o efeito.
Dos outros projetos a executar no âmbito do Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano (PEDU) de Cantanhede destacam-se a criação de uma rede clicável urbana, que tem a sua primeira fase já está adjudicada por 499.487 euros, a requalificação das ruas D. Afonso Henriques, também já adjudicada por 381.722 euros, e Marquês de Pombal, cuja empreitada, no valor de 462.952 euros, está em fase adiantada de execução, bem como como a reabilitação, prevista para breve, do Mercado Municipal e das habitações do Bairro Vicentino e do espaço envolvente.


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