Mira vai investir 243 mil euros na limpeza e restauro ecológico das áreas florestais atingidas pelos incêndios de outubro de 2017, fruto de duas candidaturas ao programa PDR 2020, disse hoje o presidente da Câmara.
"Numa altura em que passam seis meses sobre os trágicos acontecimentos de 15 de outubro a Câmara quer deixar um sinal claro aos mirenses de que continua empenhada na recuperação das riquezas do nosso concelho", explicou o presidente do município, Raul Almeida.
A Câmara de Mira e a Junta de Freguesia de Mira apresentaram duas candidaturas complementares a fundos comunitários, através do recurso à ação 8.1 (Silvicultura Sustentável) da Medida 8 (Proteção e Reabilitação dos Povoamentos Florestais) do Programa de Desenvolvimento Rural do Continente (PDR 2020).
Esta medida é destinada ao "restabelecimento da floresta afetada por agentes bióticos e abióticos ou por acontecimentos catastróficos", como foi o caso dos incêndios de 15 de outubro, que consumiram mais de mais de 6.775 hectares de área florestal do concelho.
Em ambos os casos, as candidaturas tiveram uma taxa de apoio ao investimento de cem por cento. A candidatura da Câmara Municipal foi contemplada com 198.684,40 euros e da Junta de Freguesia com 43.000 euros.
Este dinheiro vai agora ser investido em ações de limpeza e restauro ecológico, nomeadamente na recuperação de troços de rede primária e secções da rede secundária das chamadas faixas de gestão de combustível e na substituição de sinalização danificada de informação florestal.
Irão ser levadas a cabo também medidas de prevenção da contaminação e assoreamento e recuperação de linhas de água e de combate à diminuição da perda de biodiversidade.
Uma vez que grande parte da mancha florestal atingida pelos incêndios pertence às matas nacionais, a Câmara de Mira assinou com o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas um acordo de parceria que lhe permite intervir temporariamente no Perímetro Florestal das Dunas e Pinhais de Mira.
Com financiamento assegurado pelas duas candidaturas, a autarquia vai poder intervir no corte e estilhaçamento de material lenhoso sem valor comercial, cortando madeira queimada e removendo árvores que tombaram em cursos de água. Vai ainda instalar abrigos e comedouros para a fauna selvagem e colocar sinalização de risco de incêndios.
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